Não deixe de conferir nosso Podcast!

A História do RPG no Brasil 2/3: O Império

A era de ouro do RPG no Brasil foi grandiosa.

Talvez eu possa parecer que estou exagerando ao falar isso, mas não estou. Com editoras lançando material internacional ao mesmo tempo que RPGs nacionais faziam sucesso e eram lançados e analisados, o Hobby definitivamente foi bem popular.
Mesmo o HeroQuest e o DragonQuest, que são jogos de tabuleiro com a temática RPG deram suas caras em território brasileiro pela Estrela. Era definitivamente algo consideravelmente grande.
Certamente não demorou até que eventos de jogadores de RPG fossem organizados, e tal era a popularidade do hobby, que era relativamente fácil conseguir patrocínio de diversas marcas como Coca-Cola, e até de Bancos.
A grandiosidade desses eventos poderia ser comparada ao que hoje é a BGS ou um AnimeFriends da vida. Editoras menores tentavam seu melhor para conseguir público, e gráficas rápidas tornavam fáceis a criação de diversos materiais pequenos e autorais.
TaleSpire_Screenshot02-1024x576
Com a ascensão de outro estilo de RPG, conhecido como storyteller, mais focados em suas tramas e interpretação de personagens (do que em suas dungeons, armadilhas e inimigos) fez com que em diversas ocasiões, pessoas se empenhassem para se vestir como seus personagens, dando origem à duas tradições que hoje são muito bem conhecidas: A do Cosplay e a do Live-Action.
Óbvio que nem tudo são flores no mundo, existiram alguns casos onde pessoas não-envolvidas com o evento do RPG acabaram envolvidas com alguma briga com o pessoal que estava atuando. Por exemplo, um nerd que apanhou por estar fazendo cosplay de seu personagem que era Punk, e entrou no “bar errado“. Ou mesmo dentro do grupo, onde pessoas terminam em tretas sérias por estarem extremamente dentro do personagem.
A popularidade do hobby aumentou consideravelmente nos anos 90, assim como outros produtos relacionados ao RPG, como o jogo de cartas Magic: the Gathering, que acabou se tornando uma febre que até hoje perdura, apesar dos pesares.
Para finalizar a segunda parte dessa pequena série, eu gostaria de deixar algo explícito: RPG é um jogo estranho. Ele mistura criatividade, teatro, literatura e dados estranhos com números estranhos que nos leva a aventuras ainda mais estranhas. O jogo, para o bem ou para o mal, chamou atenção do público.

LEIA TAMBÉM:  Resenha: O Universo de Trevas e Arkanun

A História do RPG no Brasil 1/3: A Ascenção

A História do RPG no Brasil 3/3: A Queda

Cortador de cana na empresa Quinta Capa