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Crítica | “Bohemian Rhapsody” emociona até quem nunca ouviu o Queen

O filme “Bohemian Rhapsody” pode ser encarado de diversas formas. O que vai pesar mais é com qual espírito o expectador vai ao cinema. Há quem não goste das músicas e vai apenas por curiosidade da história da banda, como também tem milhares de fãs fervorosos do Queen que já chegam cantando alto e empolgado.

Independente do espírito preponderante, antes de apagaram as luzes, vai aproveitar mais aquele que entrar de “peito aberto” e receber o grande impacto de uma história extremamente emocionante. Claro que quem é fã e se arrepia já com os primeiros acordes de canções como Bohemian Rhapsody ou Love of My Life, não tem jeito, o choro vem ainda mais fácil.

Bohemian Rhapsody conta a história de um jovem de origem indiana que foi morar com a família em Londres e desde muito cedo sabia para que tinha vindo ao mundo – “nada menos que ser uma estrela”. Ao lado de Brian May, Roger Taylor e John Deacon, também artistas de primeira linha, Freddie Mercury sempre acreditou que o “Queen” seria uma banda que faria história no mundo da música e arriscou tudo em nome disso. Chegou a desafiar grandes empresários da indústria da música que não tinham a mente aberta à necessidade do Queen de experimentar, de apresentar coisas novas… de arriscar.

(Reprodução)

E o sucesso veio, e foi estrondoso. E com ele vieram as grandes festas, as drogas e muito mais, que chegaram quase ao topo pelo jeito agitado e extravagante de ser de Freddie. Como não poderia deixar de ser, vieram também os aproveitadores e os falsos amigos, como Paul Prenter, uma verdadeira serpente na vida de Freddie.

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Tudo isso poderia ser meio óbvio, já que é exatamente igual a trajetória de pelo menos 9 entre 10 estrelas do rock. O que tornaria essa diferente e tão emocionante? Principalmente pelo fato de que diante de tanta turbulência mental por conta de suas escolhas e desejos pessoais, pelas transformações geradas pela fama e até pelas escolhas erradas, Freddie nunca deixou de ser sensível e de amar. Nunca deixou de amar muito Mary Austin, seus verdadeiros amigos e sua família. A maior prova disse é que quando voltou a enxergar quem verdadeiramente importava na sua vida o perdão veio fácil, de todos.

Infelizmente quando isso aconteceu Freddie não tinha mais muito tempo. Morreu aos 45 anos vítima de uma pneumonia gerada pela Aids. Mas nunca quis ser visto com pena e aproveitou muito bem seus últimos anos ao lado dessas pessoas. A maior prova disso foi a apresentação apoteótica do Festival Live Aid (em prol das vítimas da fome na África), em 13 de julho de 1985.

Essa história foi muito bem dirigida por Brian Synger em Bohemian Rhapsody (X-Men, Os Suspeitos). Tudo ficou muito bem equilibrado. Em duas horas e quinze minutos de filme o expectador é apresentado a origem a banda, ao sucesso, aos excessos, canta muito vários hits e tem conhecimento da doença, sempre precisa “explorar” isso. Tudo muito bem pesado. Junte a isso ainda a fantástica interpretação de Rami Malek (Freddie Mercury).

E para o verdadeiro fã da banda, o filme termina de forma espetacular, diria com um “show”.

 

Texto Marcelo Costa

Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.