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Crítica: Tom Clancy´s Jack Ryan (Primeira Temporada)

Em Jack Ryan da Amazon, de Tom Clancy, a sexta adaptação live-action do herói, os criadores Carlton Cuse (Lost) e Graham Roland (Fringe), dão nova vida a uma franquia que não lembrada desde o início 90, quando o personagem foi retratado por atores como Harrison Ford (Jogos Patrióticos) e Alec Baldwin (A Caçada ao Outubro Vermelho).

Desta vez, temos uma versão muito mais nova de Jack Ryan, interpretado por John Kransinki (Um Lugar Silencioso), que vai de um humilde analista de contas bancárias suspeitas para um agente de campo que tenta salvar o mundo de terroristas.

O barato dessa série é que ela consegue se diferenciar de outros títulos dentro do gênero, dando a história um antagonista convincente, chamado Suleiman (Ali Suliman), e dois heróis agradáveis, Ryan de Krasinski e James Greer de Wendell Pierce – O novo chefe de Jack na CIA. Ela dá uma caída no final da temporada porque entra naquele padrão “vamos matar os terroristas malignos” e esquece o que tornou os 6 primeiros episódios tão agradáveis.

Uma grande razão para a série ser bem legal, com certeza, é Suleiman, um extremista islâmico que está determinado a fazer o Ocidente pagar por um crime que cometeram contra seu país quando ele era menino. Em vez de simplesmente transformá-lo em uma caricatura, os escritores Cuse e Roland constroem uma intrigante história de fundo em torno dele, através do uso de flashbacks e das interações que ele tem com sua esposa e filhos.

Dina Shihabi interpreta Hanin, esposa de um terrorista.

Destaco a personagem Hanin, interpretada pela atriz saudita Dina Shihabi (Madame Secretary). Hanin nos dá uma perspectiva interna de como é ser casada com um terrorista. Ela também ajuda a humanizar o marido, que às vezes é muito carinhoso, mas também pode ser assustador quando precisa.

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Por melhor que seja o núcleo Suleiman, poderiam ter dado mais ênfase em certos aspectos da formação de grupos terrorista e suas intenções. Não há nada de errado com um pouco de ambiguidade, mas os episódios finais tiram uma folga do desenvolvimento do personagem de Suleiman e se concentram mais em Jack Ryan salvando o dia, o que é emocionante de assistir, mas não tem a profundidade narrativa estabelecida nesses primeiros episódios.

Falando de Jack, Kransinki enfatizando a juventude com uma relativa inexperiência. Mostra que irão usá-lo por algumas temporadas. Mas achei o personagem Greer melhor e o mais cativante desta temporada.

É mostrado que Ryan tem alguma formação militar, mas, ao mesmo tempo, ele não sabe nada sobre política, então sempre que Greer e Ryan estão em uma reunião, é parte onde o tom fica mais leve na série. Claro, existem algumas tiradas bem legais durante a série, mas não vou estragar para vocês.

(Reprodução)

Jack Ryan é sinônimo de ação, então a série tem algumas sequências espetaculares. Mesmo que os poucos episódios finais possam ter usado um foco maior nas motivações dos vilões, os diretores, dublês e coreógrafos de luta entregam combate corpo-a-corpo limpo e frenético e sequências de lutas que aumentam a gravidade da cena. Até mesmo os locais parecem ter saído diretamente de um filme de grande orçamento, deixando claro que a Amazon não poupou gastos para entregar uma experiência verdadeiramente cinematográfica para sua série.

Tom Clancy´s Jack Ryan acerta diversas nesta primeira temporada, especialmente quando se leva em consideração o desenvolvimento de personagens. A série também oferece sequências de ação que geralmente só é vista em filmes caros. Por enquanto isso, foi suficiente para mim recomendar essa nova aposta de séries de ação.

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Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.