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Resenha | Demolidor 3 Temporada: Marvel/Netflix buscam em suas raízes algo realmente incrível

Resenha sem spoiler e baseada nos seis primeiros episódios da temporada.

O Demolidor sempre foi o personagem principal e mais conhecido do Universo Marvel/Netflix. A primeira temporada contou as histórias da origem da dupla Matt Murdock e Wilson Fisk, além de definir  as regras como seria a Cozinha do Inferno. A segunda temporada foi uma boa diversão, mas se viu desviada pela necessidade de introduzir não apenas Justiceiro e Elektra, mas expandir a mitologia da Mão e definir um cenário para os Defensores, e sofreu um pouco (mas apenas um pouco) por causa disso.

Mas chegamos na terceira temporada do Demolidor, a quarta temporada que apresenta Matt Murdock como personagem principal, além de disso, é estréia de Erik Oleson como homem forte da franquia, se você não sabe quem é ele, procura Man in The High Castle. Oleson trouxe Demolidor de volta às raízes, pedaços que ficaram da primeira temporada, com menos ninjas místicos,zero heróis convidados ou anti-heróis, e um desejo aparente de reconstruir a partir do zero o universo do Homem Sem Medo. Então vamos lá, senta aí que lá vem história.

A terceira temporada de Demolidor começa com o mundo pensando que ele estava muerto del silva, além disso traz um Wilson Fisk todo mudado por causa de seu tempo na prisão. Matt retorna enfadonho, pior que o Danny Rand. Mas você não seria muito divertido se tivesse perdido o amor de sua vida, além de um prédio ter caído em sua cabeça. O cara voltou cheio de crises, sua fé, suas habilidades e qual é sua missão. Demolidor é um herói da Marvel que realmente tem fé em Deus, é até uma parte importante de sua identidade. Os dois primeiros episódios são cansativos, porém necessários até mesmo para quem nunca assistiu as primeiras temporadas.

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Mas não se preocupe, a coisa melhora bastante nos episódios seguintes, principalmente o retorno de Vincent D’Onofrio como Wilson Fisk. Ele incorpora o vilão dos vilões, era algo que estávamos esperando, incrível em todas suas aparições durante esta temporada. Além dele, apareceu a misteriosa Irmã Maggie (que pode ser menos misteriosa para os fãs de quadrinhos), interpretada por Joanne Whalley. Irmã Maggie está aqui para trazer Matt  de volta, ela á a calmaria que ele precisava. Whaley é muito divertida, com um humor seco e mordaz que brinca lindamente com Matt Murdock quando este começa a fraquejar. Além disso, Cox e ela tem uma química genuína.

O outro é Jay Ali interpretando Ray Nadeem, o agente do FBI. Nadeem é uma criação original da série e passa a maior parte de seu tempo interagindo com outros personagens que não são da Marvel. Um dos momentos que os criadores da série tiveram que fazer diversas linhas de roteiro para que cada momento tivesse uma conexão com todo o universo já criado com as séries da Marvel/Netflix. Todos esperavam uma presença maior daquele quadrinho lá que falei semana passada, mas nem usaram tanto ele para construir a base da história. Ray é um exemplo disso, que se tornou maior e mais legal em importância que a Karen Page e Foggy Nelson. Ele poderia ter sua própria série policial se a Netflix quiser.

A terceira temporada é arriscada, mas possui um ritmo muito bom de acompanhar. Não tem pontas soltas ou momentos para preencher buracos. Em vez disso, há muitos peças que devem ser colocadas em prática, desde o retorno de Matt Murdock, como isso afetará Karen e Foggy, os planos dentro dos planos que Wilson Fisk está fazendo. A coisa não ficou rasa, mesmo sem a história de origem do vilão que apenas vista de leve. Este temporada vale muito a pena assistir.

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Mas tem ação, Pikachu? Meu irmãozinho, minha irmãzinha,  tem bastante. Lembra daquela luta no corredor da primeira temporada? Pois então, eles deram uma nova perspectiva sobre uma série de herói com viés policial. E eu quase esqueci de falar do Benjamin Poindexter interpretando Wilson Bethel, o Mercenário. Os primeiros seis episódios desta temporada funcionam essencialmente como sua história de origem, e seu primeiro confronto com Matt é tudo que os fãs poderiam ter esperado. Ele causa uma forte primeira impressão, além  muitas promessas para o futuro. Eu acho que ele não vai morrer no final, alguém sabe me dizer se morreu? Se não morreu, ele vai aparecer de novo, certeza.

Mas no centro de tudo, há o Rei do Crime de Vincent D’Onofrio. Como Matt, Fisk está mais uma vez começando do fundo, aprisionado em um hotel de luxo ao sabor de uma equipe de agentes do FBI. Falar mais sobre ele é estragar sua diversão assistindo. D’Onofrio é atualmente o melhor vilão da Marvel tanto no cinema como na Netflix.

Mas todos os sinais, comentários e resenhas apontam para a 3ª temporada do Demolidor é incrível. Embora seja um começo lento, parece que tem um propósito, ganhando força no terceiro. O final do episódio 6 é um fan service, mas todos nós merecemos isso. Mesmo sem seu traje vermelho, o Demolidor ainda é o centro do Universo Marvel Netflix, e esta temporada parece ser um bom lembrete do porquê.

Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.