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Resenha | Vingadores – Sem Rendição (Os Vingadores Nº 25 – 28)

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VINGADORES – SEM RENDIÇÃO é uma daquelas sagas publicadas em edições regulares que diverte o leitor que está atrás de uma história cheia de ação e bons desenhos. Mas decepciona quem espera um roteiro melhor, principalmente pelo time de roteiristas envolvidos.

 

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Os Vingadores são o carro-chefe da Marvel. Desde que o roteirista Brian Michael Bendis assumiu a franquia em 2004 e a transformou em um fenômeno de vendas, a editora tem investido mais e mais nos heróis, principalmente pelo grande sucesso que a equipe tem no cinema.

Então, os títulos dos Vingadores são o destaque da editora, promovendo seus maiores heróis e com excelentes roteiristas? A resposta é complicada. Pois, desde o fim de Guerras Secretas, de Jonathan Hickmann, um evento que é o conjunto de tudo que o roteirista fez com os Vingadores, os heróis mais poderosos da Terra perderam seu destaque de protagonismo nas vendas e no boca a boca dos fãs.

Com o título principal sob a batuta de Mark Waid, um gigante dos quadrinhos, a equipe pareceu não mais ser o destaque que era antes. E assim aconteceu com os outros títulos, como em Fabulosos Vingadores escrito por Gerry Dungan. Não que as histórias fossem ruins, mas diferente das passagens de Bendis e Hickmann, que realmente mudaram os heróis, a equipe parecia ter perdido seu brilho para com os fãs de quadrinhos.

 

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Os Vingadores de Mark Waid.

 

Mas tudo muda no universo das HQs. E, para finalizar essa passagem na história dos Vingadores, a Marvel, sob a batuta do editor-chefe C.B. Cebulski (contratado para dar um novo caminho para a editora, que vinha sofrendo crises de vendas), resolveu lançar a mega saga em 16 partes chamada VINGADORES – SEM RENDIÇÃO.

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Reunindo os 03 roteiristas dos títulos da equipe (Mark Waid, Jim Zub e Al Ewing) e 05 desenhistas (Pepe Larraz, Kim Jacinto, Paco Medina, Stefano Caselli e Sean Izaakse), com capas de Mark Brooks, a história empolga pelas cenas de ação e os belos desenhos, porém, o roteiro não se destaca.

 

 

A Terra foi sequestrada e a maioria dos heróis e todos os vilões foram colocados em êxtase (leia-se congelados). Apenas uma pequena parcela de heróis ficou para resolver a situação. Tudo isso enquanto ocorre uma grande disputa pessoal entre Anciões do Universo, seres dotados de imenso poder, que usarão vilões cósmicos para alcançar troféus espalhados pela Terra. Cabe aos Vingadores se intrometer na luta entre esses vilões e salvar o planeta.

 

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Para começar, VINGADORES – SEM RENDIÇÃO é um reflexo do que estava ocorrendo nos títulos dos heróis. Não espere a formação clássica da equipe ou personagens como Homem de Ferro participando da história. Tudo é centrado em heróis como Vampira, Falcão, Vespa (a filha de Hank Pym, não a clássica), Mercúrio, entre outros.

Ou seja, se o leitor não vinha acompanhando a revista desde o fim de Guerras Secretas, espere ficar perdido pela presença de personagens como Tocha Humana (membro do Quarteto Fantástico) na trama dos Vingadores.

Para piorar tudo, surge a Viajante, personagem criada por Waid, que afirma que faz parte da cronologia da editora desde o começo, tendo o universo esquecido dela. O desenvolvimento da heroína e a revelação sobre ela é muito confuso, principalmente, em uma história mais focada na ação e com múltiplos personagens.

 

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O grande acerto da história é fazer com que cada capítulo seja narrado por um herói e a presença do Hulk clássico na história, que, quando aparece, rouba a cena, prometendo história interessantes para o futuro.

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O leitor desatento pode pensar: Quem são esse heróis ou por que heroínas como a Vampira, uma X-men, está na equipe dos Vingadores?

 

Porém, se a história não empolga tanto e os heróis envolvidos não são os medalhões da equipe, os desenhos estão ótimos. A equipe criativa que assumiu a tarefa de lançar as 16 partes da história, que nos EUA saiu de forma semanal, representa que há excelentes talentos na parte de arte da Marvel, em especial, o desenhista Pepe Larraz, mesmo que na última edição ele já mostre fadiga, com desenhos não tão bonitos quanto no começo da saga.

 

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A decisão da Panini em lançar a história em 04 partes dentro da revista mensal de Os Vingadores foi acertada, já que a trama é uma conclusão de tudo que vinha sendo feito com os outros títulos dos heróis ali publicados, não necessitando de edições especiais para lançar VINGADORES – SEM RENDIÇÃO.

 

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VINGADORES – SEM RENDIÇÃO não é daquelas histórias que vão entrar pro rol de maiores histórias dos heróis mais poderosos da Marvel, porém, ela diverte e é um fim de um ciclo de histórias, podendo ser lido de forma independente. Os bons desenhos da trama salvam a história e tornam a leitura melhor.

 

 

Ficha Técnica:

  • Capa mole, com 100 páginas por edição;
  • Editora Panini;
  • Lançamento: de novembro de 2018 até fevereiro de 2019;
  • Preço de capa: R$ 15,90;
  • Tamanho: 17 x 26.
Thiago de Carvalho Ribeiro. Apaixonado e colecionador de quadrinhos desde 1998. Do mangá, passando pelos comics, indo para o fumetti, se for histórias em quadrinhos boas, tem que serem lidas e debatidas.