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Coluna | Tecnologia e filhos – Videogame (Timeu Oliveira)

Crianças e o Videogame
Jogos Eletrônico e filhos pequenos.

Um certo dia você está ali tranquilo jogando seu videogame quando de repente seus dois filhos (carinhosamente chamados de monstrinhos) saem do quarto gritando eufóricos porque derrotaram o último chefão!

Não paravam de pular, sorrir e pensando bem, não consigo mensurar se já ficaram tão felizes assim com a chegada dos presentes de natal ou aniversário.

Num momento desses você começa a pensar “acho que acertei quando decidi liberar o videogame e computador para meus filhos usarem… olha como se divertem!” e logo em seguida vem a dúvida se aquilo ali é realmente o que eles precisam já que eles não estão brincando como crianças da minha época, jogando futebol na rua ou outra coisa com as crianças da vizinhança.

Quando se é da área de tecnologia e se tem um conhecimento e vivência maior do que o resto da população de áreas diferentes, o sentimento padrão, ao menos para mim, é que temos que fazer o máximo para afastar nossos filhos do que há de ruim na tecnologia, principalmente na Internet, porém sem privá-los dos benefícios da rede.

Em conversas de barzinho ou em reuniões com amigos sempre surge a ideia de que antigamente (não tão antigamente assim né… não sou um Matusalém… AINDA!) o acesso à informação era bem menor, tínhamos conhecimento dos fatos através de vizinhos, amigos e colegas de trabalho/escola ou na TV. Hoje em dia essa informação chega a todo momento nas redes sociais ou nos smartphones e tablets explodindo de notificações a cada minuto principalmente para quem adere aos grupos de aplicativos de mensagens.

Desse modo acaba gerando uma falsa impressão de que as coisas pioraram e muito do nosso tempo para cá. A outra linha de pensamento é que as coisas realmente pioraram. Drogas, violência, pedofilia, bullying e por aí vai.

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É aí que vem o dilema, deixar nossos filhos irem brincar na rua como fazíamos antigamente levando em consideração que tudo que existe hoje também existia na mesma proporção antigamente e nada nos aconteceu? Ou nos aproveitar da tecnologia para que nossos pequenos possam se divertir na segurança do lar?

Filhos usando notebook

Aqui em casa tomamos uma decisão que eu espero ser mais benéfica do que prejudicial. As crianças não vão para a rua brincar sozinhas, normalmente as levamos para andar de bicicleta ou passear e brincar com os cachorros mas em casa ambos usam o videogame com jogos selecionados e offline e a “mais velha”, de 7 anos, usa o computador com acesso somente ao que foi pré-definido por nós, pais, como desenhar, digitar textos (já que ela está aprendendo a ler), alguns joguinhos adequados à idade dela e internet somente para Netflix Kids. A mesma coisa se aplica aos tablets e smartphones que por ventura usaram e sempre com horário para tudo, afinal, eles precisam também exercitar a criatividade com seus brinquedos.

Até agora eles parecem estar se saindo muito bem, são saudáveis (para quem diz que criança que não vai para a rua brincar fica sedentário e obeso) e socializam muito bem. Mas não há como saber o que o futuro nos reserva, cada geração é diferente das anteriores, cada criança é diferente uma da outra, cada ser humano é único e levando em consideração tudo isso a equação para a criação perfeita só vai ficando cada vez mais complicada e cada vez mais próxima de uma sopa de letrinhas.

Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.