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The Umbrella Academy: conheça a série da Netflix, ouça nosso podcast!

Conheça o gibi de Umbrella Academy, de Gerard Way e Gabriel Bá que será adaptado para uma série no Netflix, e ouça nosso podcast sobre essa obra.

Você conhece Gerard Way? Ele é o vocalista da banda My Chemical Romance e, mesmo se você não for fã da banda, que é o meu caso, não por não gostar, mas por desconhecer mesmo. O fato é que a banda tem seus sucessos. Eu pesquiei na net: as duas primeiras que apareceram no you tube foram “Helena” e “Welcome To The Black Parade” e me pareceu algo como Blink 182 dark ou um Green Day estranho. Não faz meu tipo, mas essa é a primeira curiosidade que se deve colocar no parágrafo inicial quando se pretende falar sobre Umbrella Academy, o gibi que ele escreveu.

O autor com a a obra

A segunda coisa importante a se citar em qualquer resenha série sobre esse quadrinho é que ele é desenhado pelo brasileiro Gabriel Bá (Daytripper, Dois Irmãos, Casanova) e que isso já é motivo mais que suficiente para você conhecer o material e se surpreender, porque ele não é apenas belissimamente bem desenhado, pois Gerard Way, apesar da sonoridade de sua banda, criou uma história muito boa!

O gibi foi originalmente lançado pela Dark Horse Comics como duas mini-séries (The Apocalypse Suite e Dallas) em 2007 e 2008, pouco depois a Devir lançou no Brasil. O quadrinho ganhou o Eisner Award em 2008 (a maior premiação dos quadrinhos nos EUA) como melhor série. Isso é a terceira coisa que você deve saber. A quarta coisa é do que trata o gibi, mas antes disso é importante colocar que a Netflix anunciou uma série adaptando o título para 2019.  Ela será escrita por Jeremy Slater (The Exorcist) e o no elenco já confirmaram Kate Walsh (a Dr.ª Addison Montgomery de Grey’s Anatomy e Olivia Baker, de 13 Reasons Why interpretando), Ellen Page (Juno, Inception, X-Men), Tom Hopper (Game of Thrones), Emmy Raver-Lampman (Hamilton), David Castaneda (El Chicano) e Mary J. Blige, só para citar alguns.

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Robert Sheehan (o Nathan de “Misfits”) estará na série como Klaus, o telecinético Nº 4.

Agora que, talvez, você tenha se interessado, do que trata exatamente o gibi? Grant Morrison (que é amigo de Gerard e até participou do clip da música Sing) disse, na introdução de Suíte do Apocalipse, que a história começa com uma cotovelada voadora atômica e termina com um sanduíche. Então, é isso. Esse é o clima: algo meio estranho, que sabe usar a linguagem pop e anárquica típica das animações loucas do canal Cartoon Network, mas na linha de desconstrução de super-heróis. É pouco convencional, apesar de termos alienígenas, macacos inteligentes, robôs, viagens no tempo,Torre Eiffel voadora, problemas familiares, presidente Kennedy, muita violência, doses de terror e investigação policial meio noir. Assa tudo no liquidificador, rende duas porções e funciona muito bem! Mas o que é exatamente? No mesmo instante da cotovelada atômica (e não lembro se uma coisa tem a ver com a outra) nascem quarenta e três crianças ao redor do mundo, sem que qualquer uma das mães mostraram qualquer sinal de gravidez. Sir Reginald Hargreeves, cientista, alienígena e prêmio Nobel, decide adotar sete desses, segundo ele, para “salvar o mundo, é claro”. As crianças são treinadas de forma fria, calculista e distante. Hargreeves reitera que nunca deve ser chamado de “pai”, deixando claro que sua acedemia passa longe de uma família. Disso, desenrola toda a trama da HQ que é justamente a relação (ou a falta dela) entre os “irmãos”, que se descobrem super-poderosos, cada um com uma habilidade especial, menos a coitada da número 7, Vanya, que desperta apenas talento para a música. E quem precisa de artistas para salvar o mundo?

Quem são os sete:

00.01 (Space Boy): Um tipo de líder estilo capitão-América forte e resistente, com corpo de gorila.

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00.02 (Kraken): O rebelde do grupo, um detetive estilo “Batman” ou “Rorschach” do grupo, que usa faca e com capacidade de prender a respiração indefinidamente.

00.03 (Rumor): Uma garota com a habilidade de alterar a realidade contando mentiras. Isso é muito útil.

00.04 (The Séance): telecinético com a capacidade de falar com os mortos.

00.05 (sem nome de código): Um garoto com habilidades de saltar no tempo.

00.06 (The Horror): Um menino com tentáculos saindo do estômago.

00.07 (sem codinome): Uma garota com algum talento musical.

A “família” se reúne por conta do funeral de Hargreeves e toda a história para salvar o mundo começa a partir da necessidade desse reencontro. O que os aguarda? Só saberá lendo o gibi antes de ser um poser que só lerá após a serie virá o maior sucesso da Netflix em 2019, porque isso acontecerá. Eu sei. A história termina assim: sucesso mundial e eu comendo um sanduíche em frente à TV.

Atualizando: Essa semana (25 de janeiro de 2019) saiu o segundo trailer da série e também nosso podcast, comigo, Pikachu e Thiago Ribeiro, abordando tudo que podemos sobre esse gibi, que dará uma série incrível.

 

Sou desenhista, criador do Máscara de Ferro e autor do quadrinhos Foices & Facões. Sou formado em história e gerente da livraria Quinta Capa Quadrinhos