A AT&T anunciou o início dos primeiros testes para popularizar a Internet via rede elétrica na última quarta-feira (13). Chamada de AirGig, a tecnologia disponibilizada pela operadora americana tem potencial para atingir mais de 1 Gb/s de velocidade. O experimento, inicialmente, ocorre em uma pequena área no estado da Georgia, nos Estados Unidos.
A principal vantagem é levar Internet para locais remotos, usando os cabos elétricos das companhias de energia já existentes. Por enquanto, a empresa ainda não divulgou os planos ou pacotes que vão utilizar a rede.
A ideia de usar a rede elétrica para entregar Internet não chega a ser novidade. No Brasil, a Anatel regulamentou o uso em 2009, porém poucas operadoras venderam planos com a tecnologia. A mais conhecida foi a Intelig, em 2010, que chegou a disponibilizar conexão pela rede elétrica em alguns bairros de São Paulo.
Por aqui, ficou mais conhecido o uso de repetidores domésticos, como o N150 da D-Link, que utilizam a rede elétrica para ampliar o sinal Wi-Fi pela casa.
Velocidade é o diferencial
O diferencial da tecnologia da AT&T fica por conta da velocidade. Ao chegar a mais de 1 Gb/s, a Internet pela rede elétrica se equipara à fibra ótica. O Google Fiber, por exemplo, oferece essa potência nos Estados Unidos.
Chamada de AirGig, a tecnologia utiliza sinais de onda milimétricas conhecidas como mmWave. Com isso, ela é capaz de transferir dados em uma frequência muito maior do que os cabos de cobre, entre 30 GHz e 300 GHz. De acordo com a empresa, a instalação na residência de um cliente leva apenas poucos minutos.
Usar a infrestrutura já existente traz um custo menor para as operadoras, já que não é preciso passar cabos pela cidade. No entanto, traz o problema de ter que negociar com cada empresa de distribuição. A Intelig no Brasil, por exemplo, usava os cabos da Eletropaulo.
Os principais favorecidos seriam pessoas que moram em locais remotos, como em áreas rurais. É muito mais fácil ter um um cabo de energia passando próximo da residência do que uma rede de fibra ótica. Na cidade, a Internet pela rede elétrica pode ajudar pessoas que moram em bairros afastados, onde a rede de cobre/fibra ótica está sobrecarregada.
Via AT&T e Android Authority
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