Se você já pegou algum livro de D&D na vida e observou com a devida atenção, as chances são que você viu um Elfo Negro como a imagem arquetípica de um Ranger. Este é Drizzt. Mas quem diabo ele é de verdade?
Drizzt é um personagem que faz parte do cânone de Forgotten Realms. Sua primeira aparição foi em um dos romances do clássico cenário, “A Estilha de Cristal” que faz parte da trilogia do Vale do Vento Gélido (que vocês podem conhecer como “Icewind Dale”) escrita por R.A. Salvatore, uma das mentes brilhantes por trás da profundidade do cenário através da literatura.
Em A Estilha de Cristal e todo o resto da trilogia, Drizzt aparece como um personagem secundário: Um Drow que, diferentemente dos outros de sua espécie, escolheu viver na superfície e em paz. Ele é amigo de Bruenor Battlehammer (que vocês também devem conhecer de alguma figura do livro de vocês), o anão, e treina o protagonista da série: O Bárbaro Wulgar.
De longe, Drizzt é o personagem mais interessante da série, tendo como companheira uma pantera negra chamada Gwenyfar e usando duas cimitarras. Drizzt, apesar de sofrer bastante preconceito por causa do resto de sua raça, constantemente ajuda os humanos a resolverem situações periclitantes. Sabemos também que ele vem da cidade subterrânea de Mezonberranzan, uma cidatela drow que ele escapou anos antes.
Mas quem realmente é ele?
Depois do sucesso da trilogia do Vale do Vento Gélido e do personagem de Drizzt, ficou óbvio que o personagem seria muito melhor explorado no futuro. Dito e feito: R.A. Salvatore iniciou a Saga do Elfo Negro, que seria finalizada como uma trilogia: “Pária“, “Exílio” e “Refúgio” (que podem ser adquiridos na loja da Jambô Editora).
A partir de então, Drizzt se tornaria o personagem principal de muitas das novelizações de Dungeons & Dragons escritas pelo R.A. Salvatore ao longo da Costa da Espada.
R.A. Salvatore ficou famoso por seu estilo rápido e descritivo de escrita durante as lutas, fazendo com que cada personagem se tornasse único em sua forma de agir e se comportar não somente durante os momentos de calmaria, como também dentro de combate.
O que Drizzt Do’Urden tem a nos ensinar?
Apesar de achar “A estilha de Cristal” um livro relativamente genérico, é dentro dele que podemos encontrar a lição que Drizzt tem a nos dizer como leitores: Durante o treinamento de Wulfar a pedido de Bruenor, o anão; Drizzt se viu na difícil tarefa de explicar porquê ele continuava a ajudar a vila de Três-Burgos enquanto tudo que ela fazia era desprezá-lo e desconfiar dele.
Com isto, no meio da noite, Drizzt o leva para espionar em um pequeno casebre, onde ambos tiveram visões extremamente acalentadoras do comportamento humano: Wulfgar, assim como o resto dos Drow, foram levados a acreditar que qualquer um alheio a suas tribos e costumes eram ruins ou de alguma forma não mereciam viver. Mas quanto mais perto nós olhamos, quanto mais individual tornamos nossa análise, vemos que não é possível acreditar nisso.
Drizzt também é ele próprio um exemplo disso, pois sendo um Drow, além das inúmeras penalidades de caminhar na luz do dia (pois o corpo dos elfos negros foram acostumados à viver os escuros ambientes do subterrâneo) ele também sofre numa base frequente as desconfianças do povo da superfície, e apesar de não apreciar as eventuais pedradas que leva, ele compreende que é o preço que deve pagar por ser um pária de Menzoberranzan.
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