Comemore o Mês do Orgulho com os filmes LGBTI+* mais importantes, íntimos e oportunos já feitos.
Junho de 2019 marca mais um ano para o Mês do Orgulho (Pride Month) comemorando as conquistas da comunidade LGBTI+*, incluindo sua batalha contínua pela igualdade de direitos, sua autoafirmação e sua diversidade, enquanto aumenta sua visibilidade na sociedade através de desfiles, marchas e outros eventos globais.
2019 é também o 50º aniversário do que ficou conhecido como Stonewall Riots (Tumultos de Stonewall), uma ação espontânea que aconteceu em junho de 1969 no bairro de Greenwich Village, em Manhattan, Nova York. Muito mudou na paisagem cultural desde que os distúrbios ocorreram e, com o Pride Month mais forte que nunca, que melhor maneira de marcar a ocasião do que dar uma olhada nos últimos cinquenta anos no cenário sempre mutante da representação LGBTI+ * no cinema?
As questões LGBTI+* estão presentes nos filmes há muitas décadas, com temas de sexualidade sendo contrabandeados nos primeiros filmes antes que a aceitação de outras orientações sexuais se tornasse mais difundida, levando a um retrato cada vez mais aberto dos temas LGBTI+ *. Alguns desses filmes explicitamente exploraram as ramificações sociais e políticas do movimento, enquanto outros aprofundaram o lado íntimo dessas relações e como a discriminação pode ser uma influência tóxica.
Esta lista foi baseada e elaborada por diversas pessoas pelo mundo, pelos meus seguidores e colegas do twitter e diversos sites e especialistas de cinema. Alguns filmes ficaram de fora, ficava inviável escrever uma lista grande, mas todos que foram mencionados e indicados estarão no final da postagem.
Desde a exploração da cultura gay underground do final dos anos 60 em Tóquio até os jovens que aceitam a sexualidade, aqui estão os filmes essenciais para nós darmos uma olhada e entender melhor o que é LGBT I+* que você deve assistir.
15.Funeral das Rosas (Funeral Parade Of Roses, 1969)
Funeral das Rosas de Toshio Matsumoto é uma das joias ocultas do que ficou conhecido como “Japanese New Wave”; um trabalho cinematográfico refrescante, dissimulado e transgressivo. Estrelado pelo andrógino artista japonês e travesti chamado Peter, o filme o mostra explorando a subcultura gay do final dos anos 60 em Tóquio.
Vagamente baseado na tragédia grega Édipo Rei, até mesmo para os padrões de hoje é uma espécie de trabalho ousado e um ponto de entrada de destaque para os primeiros anos do que se chama hoje International Queer Cinema. Representa a convergência de duas comunidades distintas – travestis e gays –, com os artistas de vanguarda da época formando um triunvirato de energia criativa, capturado pela lente grandiosa e angulosa de Matsumoto.
Um fato pouco conhecido sobre Furneral das Rosas é sua influência em Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, embora se possa argumentar que o filme de Kubrick compartilha pouco com o filme, além do desejo de ser provocativo e que esteja querendo quebrar os paradigmas da sociedade da época.
14.Multiple Maniacs (1970)
John Waters ganhou sua reputação como o Pope of Trash (Papa do Lixo). Com filmes como Pink Flamingos – pessoas comendo fezes reais em cena – para sua sátira gloriosa e obsessão aos temas suburbanos, seus filmes têm desbravado um caminho através do lado decadente e de confronto do cinema até hoje.
Seu filme de baixo orçamento de 1970, Multiple Maniacs, oferece um vislumbre de seu processo cinematográfico em sua forma mais bruta, explorando as artimanhas de uma trupe de artistas que levam as coisas para um lado sórdido e acabam matando os participantes de seu programa. A estrela de Multiple Maniacs é Harris Milstead, também conhecida como Divine, uma drag queen extravagante e excêntrica, com uma queda pela depravação e um talento especial para cortar as pessoas no meio de suas falas e vestidos elegantes.
A filmagem em preto-e-branco granulada e o improviso de Multiple Maniacs criam uma vibração anárquica que é contagiante e muitas vezes divertida. É também uma vitrine maravilhosa para os talentos de Divine, que permaneceu um ícone da comunidade LGBTI+* décadas depois, com uma recente retrospectiva da Netflix que relembrou sua ilustre carreira.
13.As lágrimas amargas de Petra von Kant(The Bitter Tears Of Petra Von Kant, 1972)
As lágrimas amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder, narra o estado evolutivo da mente de seu personagem-título de dentro dos limites de seu apartamento, cada ato representado pela peruca que ela veste quando se apaixona pelas mulheres que passaram por sua vida.
De todos os diretores que explodiram no cinema alemão, que começou no final da década de 1960 e incluía Wim Wenders e Werner Herzog, Fassbinder era o que mais se preocupava com os detalhes íntimos das relações humanas, seus filmes explorando a dinâmica das pessoas no mundo e aqueles que ficam a borda da sociedade. Com As Lágrimas amargas de Petra Von Kant, ele fez um de seus estudos mais marcantes sobre os personagens; um melodrama teatral que examina o amor narcisista e a autoconsciência (ou falta dela).
É uma vitrine para algumas das artistas femininas mais famosas da época na Alemanha, incluindo Margit Carstenesen, Hanna Schygulla e Irm Hermann, que ocupam os limites claustrofóbicos do apartamento que Fassbinder fotografa com uma série imaginativa de encenações e bloqueios sutilmente complexos. Não é um filme fácil de assistir, mas que deveria ser estudo de caso.
12.Um Dia de Cão(Dog Day Afternoon , 1972)
Um Dia de Cão, de Sidney Lumet, é talvez o filme mais ousado e enérgico do diretor. Inspirado em eventos reais, relata a tentativa de assalto a banco de Sonny Wortzik para pagar a cirurgia de mudança de gênero de seu parceiro transgênero.
Estrelado por Al Pacino, após seu papel em O Poderoso Chefão 1 e 2, consolidou seu status como um dos melhores atores de sua geração em um papel que o crítico Roger Ebert descreveu como “um dos filmes mais interessantes do mundo”. Se você estuda cinema, sabe de quem estou falando. Lumet equilibra sem esforço os elementos farsescos com um drama sério, usando um subtexto subversivo entremeado na narrativa.
Enquanto nos filmes de Sidney Lumet os roteiros mudam dependendo do seu humor, com Um Dia de Cão ele ofereceu aos atores mais espaço para improvisar o diálogo e insistiu em filmar tudo dentro de um banco, em vez de montar sets. É um dos filmes mais bem criticados da história do cinema.
11.Minha Adorável Lavanderia(My Beautiful Laundrette , 1985)
Minha Adorável Lavanderia, de Stephen Frears, é um filme sobre ultrapassar barreiras em mais de um sentido: com um recorte histórico durante a era Thatcher, que funciona como um comentário sobre as divisões raciais, de classe e sexuais da Londres dos anos 80 e ilustra como categorias e identidades aparentemente simples contrastam com a complexidade da própria vida.
Daniel Day-Lewis interpreta o punk Johnny, que vive com seu amigo de infância Omar (Gordon Warnecke), um jovem paquistanês que luta para se libertar das obrigações familiares. Juntos, eles trabalham na reconstrução da lavanderia que dá nome ao título do filme, à medida que sua amizade evolui para algo mais em desacordo com as expectativas das pessoas e da sociedade ao seu redor. Um filme revolucionário na época de seu lançamento para a representação do relacionamento gay entre Johnny e Omar, também é uma peça de destaque para a fase inicial da ilustre carreira de Day-Lewis.
O autor e roteirista Hanif Kureishi (que também escreveu os excelentes romances O Buda do Subúrbio e Intimidade, o último dos quais foi adaptado para a tela por Patrice Chéreau), lida com a interação social e cultural complexa habilmente, e Minha Adorável Lavanderia é agora amplamente considerado entre os filmes britânicos mais importantes da década de 1980.
10. Corações Desertos (Desert Hearts, 1985)
Filmado com um orçamento de apenas alguns milhares de dólares e no calor intenso de Nevada, Corações Desertos continua sendo o único longa-metragem de ficção da diretora Donna Deitch, e foi frequentemente ignorado pelos fãs do cinema por anos. Mais recentemente, as reavaliações registraram-no corretamente como uma das obras mais significativas do cinema LGBTI+ * dos anos 80.
Um conto de romance apaixonado e inesperado, Helen Shaver é uma professora universitária que chega em Reno para pedir o divórcio, e Patricia Charbonneau é uma jovem que entra em sua vida e a vira de cabeça para baixo com um caso imprevisto. Se passando durante o final dos anos 1950, Corações Desertos foi o trabalho mais importante da vida de Deitch, que levou seis anos para fazer o filme. Ela gravou e produziu tudo com seu próprio dinheiro.
O resultado final de seus esforços é um dos filmes gays mais memoráveis que surgiram na América nos anos 80, reforçado pela cinematografia de Paul Thomas Anderson.
9.Felizes Juntos (Happy Together, 1997)
O inebriante e delirante filme de 1997, Felizes Juntos, de Wong Kar-wai, explora o tempestuoso caso amoroso entre dois homens gays buscando o exílio em Buenos Aires, seu título chinês traduzindo o mais próximo do português fica “a exposição de algo íntimo”.
Estrelado por Tony Leung Chiu-wai e Leslie Cheung, o filme retrata um ciclo de abuso e reconciliação que eventualmente leva ao colapso do relacionamento entre os protagonistas, enquanto eles tentam e não conseguem manter a paixão entre si. Filmado pelos diretores Wong Kar-wai com ajuda de Christopher Doyle, Felizes Juntos está repleto de imagens sensuais, com o uso ousado de alta saturação misturada com preto e branco e gloriosas tomadas mostrando a atividade noturna da cidade.
O destino da estrela Leslie Cheung adiciona uma camada de melancolia. Gay na vida real, Cheung se tornou um nome famoso em Hong Kong, trabalhando com diversos diretores famosos da época. Sofrendo de intensa depressão, ele se suicidou em 2003 pulando do 24º andar do Mandarin Hotel.
8.Amigas do Colégio(Show Me Love, 1998)
A muito popular e premiada estreia na direção de Lukas Moodysson, Amigas do Colégio é um exame compassivo e sensível da sexualidade adolescente, acompanhando o florescimento da relação lésbica entre duas adolescentes, Agnes (Rebecka Liljeberg) e Erin (Alexandra Dahlström).
Apesar de suas personalidades contrastantes (Erin é viva, mas indiferente, enquanto Agnes é quieta e reservada), as duas garotas formam um vínculo depois que Erin impede Agnes de tentar o suicídio, e um romance floresce entre elas. Moodysson retrata suas vidas em uma cidade sueca tipicamente monótona, e também aborda temas reais da época dos jovens que entram na universidade, de se sentirem perdidos com a aproximação da idade adulta, além das lutas enfrentadas pelos jovens gays quando eles saem para a sociedade.
Lançado no final da década de 1990, Amigas do Colégio foi um filme inovador para a comunidade LGBTI+*, reforçado pela abordagem naturalista do cineasta que nunca cai em sentimentalismo, enquanto se recusa a encobrir as preocupações de seus protagonistas.
https://youtu.be/fr_3Gy3gEEQ
7.Mal dos Trópicos (Tropical Malady, 2004)
Mal dos Trópicos, de Apichatpong Weerasethakul, foi o segundo filme do diretor/roteirista a ter sucesso no Festival de Cannes e o primeiro a explorar sua própria homossexualidade por meio do cinema. Ele também garantiu seu lugar no cenário internacional e consolidou a nova indústria cinematográfica tailandesa emergente em escala global.
Um filme de metades, a primeira parte relacionada a um florescente romance gay entre dois homens e o segundo sobre um soldado perdido vagando pela floresta, marca a preocupação de vários temas que viriam a dominar o trabalho de Weerasethakul (simplesmente impossível falar o nome dele em português). O reino dos sonhos, a vida espiritual e a sexualidade fundem-se num drama langorosamente repleto de imagens cheia de reservas.
Se você está esperando uma narrativa forte e um diálogo pesado, Mal dos Trópicos irá, sem dúvida, decepcionar; em vez disso, o que o filme oferece é um fluxo de imagens elusivas na melhor tradição do cinema lento e uma estranheza subjacente que fica sob sua pele como um sonho vagamente lembrado, mas poderoso.
6.Shortbus (2006)
A comédia erótica de John Cameron Mitchell, de 2006, é talvez um dos filmes mais poderosos e violentos sobre a sexualidade de todos os tempos – um mergulho hedonista na cena alternativa de Nova York apresentando cenas de sexo que conseguem excitar e divertir em igual medida. Esse é pesado e não pode assistir com crianças por perto.
Apresentando um elenco sólido de personagens coloridos, Shortbus leva a terapeuta sexual Sofia Lin (Sook-Yin Lee) como personagem principal, tecendo seu conto sobre ex-prostitutas, ex-estrelas infantis, travestis e uma série de outros personagens que frequentam o salão sexualmente liberado no coração da cidade de Nova York. É um olhar livre em uma miscelânea de questões de relacionamento e referências maliciosas a outras contribuições notáveis ao cinema queer, que é agradavelmente sincero e muito divertido.
Os fãs de John Cameron Mitchell saberão o que esperar do criador de Hedwig: Rock, Amor e Traição e da canção Angry Inch; O Shortbus compartilha a generosidade de espírito e tem um respeito pelos personagens e a revigorante sagacidade que vale a pena assistir.
5.Um Estranho no Lago (Stranger By The Lake, 2013)
O filme Um Estranho no Lago, de Alain Guiraudie, é o que acontece quando o cinema queer se encontra com o suspense hitchcockiano – a tensão erótica se confunde com um mistério sombrio, sendo o produto final um dos filmes mais surpreendentemente eficazes e sombriamente hilários dos últimos anos.
Ocorrendo inteiramente ao redor das margens de um lago para nudistas no sul da França, Um Estranho no Lago se desdobra no tipo de ritmo que você esperaria para um filme com um sol quente em toda cena. A princípio, vagarosamente, torna-se cada vez mais enigmático quando o protagonista testemunha um homem afogando outro no lago, mas ao invés de reagir com medo, ele se torna atraído pelo assassino, estimulado pelo ato que testemunhou.
Vencedor de vários prêmios, incluindo o prêmio Queer Palm no Festival de Cinema de Cannes, Um Estranho no Lago é um thriller fascinante, com uma narrativa apertada e cenas sexualmente explícitas que falam sobre os perigos ocultos da luxúria irrestrita.
4.O Duque de Burgundy (The Duke of Burgundy, 2014)
O Duque de Burgundy, de Peter Strickland, foi fortemente influenciado por As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, de Rainer Werner Fassbinder lá em cima, e está claro pelo foco central do filme quem é a mulher dominadora e afluente: Cynthia, que faz jogos de punição com a submissa Evelyn . Como no filme de Fassbinder, Strickland está tão interessado em jogos de poder quanto em jogos sexuais.
Submissão e dominação são os temas centrais de O Duque de Burgundy, com a dominante Cynthia jogando junto com as fantasias de Evelyn até que ela inventa novas formas de punição para saciar seus próprios desejos. Strickland é famoso por ter um olhar aguçado para a poesia visual. Além disso, o filme tem cenas com mariposas e borboletas que são obras-primas visuais.
Outro bom exemplo de cinema erótico que estimula a mente, bem como a libido, O Duque de Burgundy é um filme que provoca maior profundidade na visualização repetida.
3.Carol (2015)
O cineasta independente americano Todd Haynes surgiu no início dos anos 90 como uma figura de destaque no movimento New Cinema Queer, e passou a dirigir uma série de filmes aclamados pela crítica desde então. Famoso por suas imagens exuberantes e coloridas – muitas vezes comparadas aos grandes melodramas dos anos 50 de Douglas Sirk, com quem ele compartilha preocupações temáticas – ele é considerado o queridinho do cinema americano transgressor.
Carol, estrelando Cate Blanchett como uma mulher mais velha que passa por um divórcio e começa um caso com uma aspirante a fotógrafa(Rooney Mara), combina todos os elementos que tornam o trabalho de Haynes tão atraente. O tabu da sexualidade lésbica explorado no romance homônimo de Patricia Highsmith, no qual o filme é baseado, ocupa o espaço central do filme, desdobrando-se no final dos anos 1950 na América suburbana. Haynes o fixa em um lugar e tempo específicos, o que oferece contraste com os valores do público contemporâneo.
Tal como acontece com os filmes anteriores de Haynes, Carol apresenta cinematografia deslumbrante; uma bela evocação do período que é ampliada pelo excepcional design de produção de Judy Baker, que também trabalhou em outro importante filme queer produzido em Hollywood, Brokeback Mountain.
2.Tangerine (2015)
O advento dos telefones celulares capazes de filmar imagens de alta definição pode não ter anunciado uma revolução na produção cinematográfica, mas Tangerine é um exemplo que podemos fazer um longa metragem todo filmado pelo celular e o transformar numa obra-prima do cinema atual.
Filmado usando 3 celulares iPhone 5S pelo diretor Sean Baker, o filme Tangerine de 2015 segue as aventuras de uma prostituta transgênero pelas ruas ensolaradas de Los Angeles. Depois de descobrir que seu cafetão a estava traindo, ela decide enfrentá-lo e reafirmar sua validade na comunidade em que vive e trabalha. Tangerine é um filme incrível e com uma vitalidade inquietante que raramente é vista mesmo em filmes contemporâneos de baixo orçamento, filmados com momentos de pura comédia. Um detalhe para quem mora em Teresina: ele passou em nosso cinema meses atrás.
É um filme inspirador para cineastas amadores, e é também um testemunho das provações e tribulações da vida nas ruas caóticas de Los Angeles para as trabalhadoras do sexo, e os amigos e familiares em suas vidas.
1.Moonlight – Sob A Luz Do Luar (2016)
Barry Jenkins fez uma pausa de oito anos no cinema após seu filme de estreia, Remédio Para Melancolia de 2008, retornando em 2016 e apresentando um dos melhores filmes do ano e um importante filme recente no panteão do cinema LGBTI+*: Moonlight.
Moonlight é um daqueles filmes raros que consegue explorar uma série de assuntos complexos e delicados sem nunca deixar de fazer justiça a eles. Da identidade negra à masculinidade e sexualidade, Jenkins aborda os temas e os une ao mostrar seu protagonista, Quíron, desenvolvendo-se desde a infância até a idade adulta.
Ajuda que o personagem seja tocado por artistas capazes – um ator diferente retrata Quíron em cada ponto de sua vida – mas nunca há uma sensação de que estamos observando pessoas diferentes, e Jenkins lida com a continuidade do desenvolvimento do personagem com a mesma segurança como seu domínio dos tempos e lugares em que ele se move.
Como a maioria do melhor cinema LGBT * – e, na verdade, o cinema em sua totalidade – Moonlight é criado a partir dos aspectos incidentais da vida, que se acumulam para se tornar algo profundo e significativo.
Outros filmes que poderiam entrar na lista facilmente:
Stonewall: Onde o orgulho começou (2015), indicado pelo meu querido amigo, Michell Ed , Pariah (2011), indicado pela querida Comunista de Xiaomi e Milk: A Voz da Igualdade (2008), pelo amigo de longa data (Anderson Fernando).
Esse texto teve a revisão do Érico Campos.
* Segundo A Aliança Nacional LGBTI e a Rede GayLatino, LGBTI+ significa lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e outras identidades de gênero e sexualidade não contempladas na atual sigla adotada, representadas pelo “+”. Maiores informações, clique aqui.
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