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A Metamorfose do Mito – Uma Análise da Evolução da Origem do Superman

Um pequeno copilado da história do super-herói mais importante da cultura pop mundial. 

Superman Capa
Cena do filme: Superman , James Gunn, 2025.

Um pequeno copilado da história do super-herói mais importante da cultura pop mundial.

Este material faz parte do especial sobre o lançamento do Superman de James Gunn. O filme chega hoje aos cinemas de todo o Brasil. Então espero que se divirtam e usem esse texto (uma pesquisa bem profunda que me tomou dias de leituras) quantas vezes acharem possível. Boa leitura.

Introdução: O Arquétipo em Constante Reinvenção

 

O Superman, introduzido ao mundo em 1938, transcende a definição de personagem de quadrinhos para se tornar o arquétipo fundamental do super-herói e um ícone cultural de resiliência inigualável.  Sua história de origem, a narrativa da criança de um mundo condenado que se torna o maior protetor da Terra, funciona como um palimpsesto, reescrito por sucessivas gerações para refletir as ansiedades, aspirações e a própria definição de heroísmo de cada época. A evolução da gênese do Superman não deve ser vista como uma série de contradições editoriais, mas como um diálogo contínuo com a sociedade. Cada alteração, cada reboot, cada acréscimo à sua mitologia responde a uma questão fundamental e recorrente: “De que tipo de Superman precisamos agora?”.

Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, dois jovens de Cleveland que vivenciaram a Grande Depressão, o Superman original foi concebido como um campeão para os oprimidos, uma fantasia de poder para uma nação que se sentia impotente. Desde essa humilde estreia, sua história de origem foi expandida, racionalizada, desconstruída e reconstruída, servindo como um barômetro para as mudanças na indústria de quadrinhos e no imaginário coletivo. Este relatório analisa essa metamorfose cronológica, examinando como a origem do Homem de Aço foi moldada em cinco eras distintas, desde a Era de Ouro até o cenário contemporâneo.

Capítulo 1: A Gênese na Era de Ouro (1938 – 1955) – O Campeão Social

A Origem Utilitária de Action Comics #1

A primeira aparição do Superman, na capa de Action Comics #1 em abril de 1938, marcou o início da Era de Ouro dos quadrinhos. No entanto, a história de origem que acompanha essa estreia é notável por sua brevidade e funcionalidade. Em uma única página, Jerry Siegel e Joe Shuster estabelecem os fundamentos mais básicos: um planeta distante e anônimo está “morrendo de velhice”; um cientista, também anônimo, coloca seu filho em uma “nave espacial improvisada” e a lança em direção à Terra. A criança é encontrada por um “motorista de passagem” que, sem cerimônia, a entrega a um orfanato.

Cover of Action Comics #1 (June 1938) by Joe Shuster.
Cover of Action Comics #1 (June 1938) by Joe Shuster.

 

O que é mais revelador nesta versão inicial é o que está ausente. Nomes que hoje são sinônimos da lenda — Krypton, Kal-El, Jor-El, Jonathan e Martha Kent — estão completamente ausentes. A explicação para seus poderes é igualmente pragmática e desprovida de qualquer misticismo cósmico; a narrativa afirma que todos os habitantes de seu planeta natal possuíam sua força e que, na Terra, suas habilidades são análogas às de uma formiga ou um gafanhoto, ampliadas à escala humana.

O Foco na Ação e na Justiça Social

Essa simplicidade na origem não foi um descuido, mas uma decisão deliberada que servia a um propósito claro: impulsionar o leitor diretamente para a missão do personagem. O Superman da Era de Ouro era menos um alienígena melancólico ponderando sobre sua herança perdida e mais um “homem-dinamite” social, um cruzado populista que refletia o espírito do New Deal e as preocupações de uma América em crise. Ele não enfrentava ameaças cósmicas, mas sim proprietários de cortiços, políticos corruptos, lobistas de guerra e agressores domésticos. A origem era um meio para um fim, e o fim era a ação imediata em nome da justiça social.

A ausência de uma família adotiva amorosa e a criação em uma instituição impessoal como um orfanato reforçavam seu status de outsider definitivo. Isso o conectava diretamente com o leitor da época, muitas vezes um indivíduo que se sentia impotente diante de sistemas econômicos e sociais falhos. A ascensão do Superman de um órfão anônimo para o salvador de Metrópolis era uma poderosa fantasia de poder individual. Ao minimizar os detalhes de sua herança alienígena e de sua criação, os criadores apresentaram um herói definido não por de onde veio, mas pelo que ele escolheu fazer na Terra. Ele era o campeão do homem comum porque, em muitos aspectos, ele começou como um.

Capítulo 2: A Expansão na Era de Prata (1956-1970) – A Construção da Mitologia

Superman - Era de Prata
Reprodução (DC Comics)

A transição da Era de Ouro para a de Prata foi marcada por uma mudança sísmica na indústria de quadrinhos: a implementação do Comics Code Authority em 1954. Este código de autocensura expurgou a violência gráfica e os temas sociais sombrios que caracterizavam muitas histórias da Era de Ouro, forçando os criadores a buscar narrativas mais fantásticas, centradas na ficção científica, na fantasia e em temas familiares. Para o Superman, isso resultou não em um reboot, mas em uma expansão gradual e cumulativa que construiu a rica tapeçaria mitológica que hoje é considerada canônica.

A Solidificação do Cânone (Um Retcon Gradual)

Ao longo de mais de uma década, elementos que antes eram inexistentes ou vagos foram sistematicamente adicionados e solidificados, transformando a origem esparsa em uma saga épica:

  • A Família Kent e Smallville: Os pais adotivos de Clark foram finalmente nomeados. Em 1948, em Superman #53, eles foram chamados de John e Mary Kent. O nome de Mary foi posteriormente alterado para Marthe em 1950 e, finalmente, para a versão definitiva, Martha, em 1951. A idílica cidade natal de Clark, Smallville, foi nomeada pela primeira vez em 1949, fornecendo um cenário para sua juventude que representava o coração da América.
  • A Herança Kryptoniana: Em Superman #61 (1949), o próprio herói descobre suas origens. Viajando no tempo como um fantasma observador, ele testemunha os últimos dias de seu planeta natal, finalmente aprendendo seu nome, Krypton, seu nome de nascimento, Kal-El, e a identidade de seus pais biológicos, o cientista Jor-El e sua esposa Lara.
  • A Origem dos Poderes: A explicação definitiva para suas habilidades foi estabelecida em Action Comics #262 (1960). Foi revelado que seus poderes não eram inatos em seu mundo, mas sim um resultado da radiação do sol amarelo da Terra, que era diferente do sol vermelho em torno do qual Krypton orbitava. Isso elegantemente resolveu a antiga questão de por que os kryptonianos, se eram tão poderosos, não puderam salvar seu próprio planeta.

A “Família Superman” e a Expansão do Universo

Em consonância com o foco da era em temas familiares e na expansão de franquias, a mitologia do Superman cresceu para incluir um vasto elenco de apoio. Essa “Família Superman” não foi apenas um desenvolvimento criativo, mas uma estratégia comercial para lançar novos títulos em um mercado agora voltado para um público mais jovem. Personagens como Krypto, o Super-Cão (1955), a cidade engarrafada de Kandor e seu captor, o vilão Brainiac (1958), e sua prima Kara Zor-El, a Supergirl (1959), foram introduzidos, expandindo o universo do herói de maneiras inimagináveis.  O conceito de Superboy, que na verdade foi introduzido em 1944, foi solidificado como parte integral da juventude de Clark, estabelecendo que ele era um herói desde a infância.

Essa era também viu o estabelecimento do Multiverso DC em Flash of Two Worlds” (1961), que retroativamente designou o Superman original da Era de Ouro como o Superman da Terra-2.  Isso permitiu que a DC mantivesse a continuidade de suas primeiras histórias enquanto se concentrava na versão mais moderna e fantástica da Terra-1. A Era de Prata, portanto, transformou fundamentalmente o tema central do personagem. Ele deixou de ser o outsider lutando contra o sistema para se tornar o insider definitivo: o filho perfeito de uma América idealizada, o patriarca benevolente de uma família cósmica e um herói cujas batalhas refletiam a obsessão da era da Corrida Espacial com a ciência, a exploração e o infinito.

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Capítulo 3: A Reforma Pós-Crise (Anos 80) – O Homem de Aço de John Byrne

Superman
Reprodução (DC Comics)

Em 1985, o evento Crise nas Infinitas Terras colapsou o confuso Multiverso da DC em uma única linha do tempo, exigindo uma reinicialização coesa para seus principais personagens. Para o Superman, essa tarefa monumental foi confiada ao escritor e artista John Byrne. Com a minissérie de seis edições The Man of Steel (1986), Byrne não apenas atualizou o Superman, mas o desconstruiu e reconstruiu fundamentalmente para um público mais cínico e sofisticado dos anos 80. Sua abordagem foi uma reação direta contra o que era percebido como os excessos fantásticos e infantis da Era de Prata.

A Remoção Cirúrgica da Mitologia

 

Byrne realizou uma remoção sistemática dos elementos mais fantásticos da mitologia do Superman, com o objetivo de “aterrar” o personagem em uma realidade mais reconhecível:

  • Redução de Poderes e Racionalização: O nível de poder quase divino do Superman foi significativamente reduzido. Ele não era mais capaz de mover planetas ou viajar no tempo por conta própria. Essa vulnerabilidade recém-descoberta aumentou a tensão em suas batalhas e o tornou mais identificável.
  • Eliminação da “Família Superman”: A carreira de Clark Kent como Superboy foi apagada da história. Consequentemente, a Legião dos Super-Heróis perdeu sua inspiração original. Krypto, o Super-Cão, Supergirl e outros sobreviventes de Krypton, como os habitantes da cidade engarrafada de Kandor, foram removidos. Superman era, mais uma vez, o verdadeiro e único Último Filho de Krypton.
  • Uma Nova Krypton: A utopia científica da Era de Prata foi substituída por um mundo frio, estéril e emocionalmente reprimido. Byrne imaginou uma sociedade que havia esquecido o que era se apaixonar, tornando o envio de Kal-El para a Terra não apenas um ato de desespero, mas também um ato de esperança para que seu filho pudesse experimentar uma vida que Krypton não podia mais oferecer.

Clark Kent é a Pessoa Real

A mudança mais profunda e filosoficamente significativa de Byrne foi a inversão da dinâmica da identidade secreta. Por quase 50 anos, a suposição era que o Superman se disfarçava como o pacato Clark Kent. Byrne inverteu isso: Clark Kent era a personalidade real e dominante. “Superman” era o disfarce, o papel que ele desempenhava para usar seus dons para o bem da humanidade.  Essa alteração o tornou fundamentalmente mais humano. Ele não era um deus tentando ser homem; ele era um homem, criado com valores humanos por Jonathan e Martha Kent (que, crucialmente, permaneceram vivos e bem na idade adulta de Clark), que por acaso tinha o poder de um deus. Sua motivação para o heroísmo tornou-se uma questão de caráter e escolha, não de destino ou herança alienígena.

Lex Luthor, o Magnata Corporativo

Talvez a mudança mais duradoura e impactante de Byrne tenha sido a reinvenção do arqui-inimigo do Superman. O “cientista louco” genérico da Era de Prata foi substituído por Lex Luthor, um bilionário implacável, carismático e legalmente intocável, o homem mais poderoso de Metrópolis.  Esta nova versão de Luthor, concebida como uma mistura de Donald Trump e Howard Hughes, representava a corrupção sistêmica e o poder corporativo desenfreado dos anos 80.  Ele era um vilão que o Superman não podia simplesmente socar. Seus crimes eram tão bem elaborados que eram quase impossíveis de provar, e sua influência o colocava além do alcance da lei. Isso criou um novo tipo de conflito, um em que a força bruta do Superman era inútil, forçando-o a lutar uma batalha de inteligência e moralidade contra um inimigo que personificava o lado sombrio do sonho americano.

Capítulo 4: O Impacto da Morte (Anos 90) – Reforçando a Origem Através da Ausência

Superman
Reprodução (DC Comics)

A década de 1990 foi uma era de extremos para a indústria de quadrinhos, e nenhum evento encapsula isso melhor do que A Morte do Superman. Nascida de uma necessidade comercial para revitalizar as vendas em declínio e de uma decisão de adiar o planejado casamento de Clark Kent e Lois Lane, a sugestão de “simplesmente matá-lo” foi adotada, desencadeando um fenômeno cultural. A saga, que começou em 1992, não foi um retcon de origem, mas sim um evento narrativo que, paradoxalmente, serviu para validar e reforçar a importância da origem humanizada estabelecida por John Byrne.

A Morte e seu Impacto Cultural

A história introduziu Doomsday (Apocalypse), uma monstruosidade projetada com um propósito singular: ser a antítese filosófica do Superman. Sem uma origem complexa ou motivações compreensíveis, Doomsday era uma força da natureza, representando a destruição sem sentido e o ódio visceral pela vida, em contraste direto com a missão do Superman de proteger e preservar.  A batalha brutal que se seguiu, culminando na morte mútua dos dois combatentes nos degraus do Planeta Diário, transcendeu o meio dos quadrinhos. O evento recebeu uma cobertura massiva da mídia mainstream, tornando-se notícia em telejornais ao redor do mundo e solidificando o status do Superman não apenas como um personagem, mas como um ícone americano fundamental.

Funeral para um Amigo e o Reino dos Super-Homens

A verdadeira genialidade da saga não estava na morte em si, mas em suas consequências. O arco narrativo “Funeral para um Amigo” explorou o profundo vácuo deixado pela ausência do herói. O luto global, o funeral com a presença de heróis e até vilões, e o devastador ataque cardíaco sofrido por Jonathan Kent ao saber da perda de seu filho, tudo isso destacou o custo humano e o significado de sua existência O arco seguinte, “O Reino dos Super-Homens”, funcionou como uma tese sobre a identidade do Superman. Quatro substitutos surgiram para reivindicar seu manto, cada um representando uma faceta de sua identidade complexa :

  • Aço (John Henry Irons): Representava o legado humano e inspirador do Superman, um homem comum que, salvo pelo herói, usa sua própria engenhosidade para continuar sua missão.
  • O Erradicador: Personificava a herança kryptoniana fria e lógica, um artefato alienígena que agia com uma versão distorcida e violenta da justiça de Krypton.
  • Superboy (Kon-El): Encarnava o potencial juvenil e o aspecto comercializável do herói, um clone adolescente com uma atitude irreverente.
  • O Superciborgue: Simbolizava a corrupção do símbolo do Superman, um vilão que se passava pelo herói ressuscitado para seus próprios fins nefastos.

Ao final, a saga demonstrou que nenhum desses substitutos poderia ser o verdadeiro Superman. Sua identidade não era apenas seus poderes, sua herança kryptoniana ou sua inspiração humana; era a síntese de tudo isso, uma conclusão que validou dramaticamente a abordagem de Byrne de que ele era um homem com a alma de Clark Kent e o poder de Krypton. No entanto, o sucesso comercial fenomenal de A Morte do Superman também estabeleceu um precedente perigoso, dando início à “era dos eventos de choque”, onde a morte e a ressurreição de personagens se tornaram um tropo de marketing recorrente, levando à fadiga do leitor e à desvalorização da morte como um dispositivo narrativo significativo.

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Capítulo 5: A Busca do Século XXI por uma Origem Definitiva

Superman Capa 2025
Reprodução (DC Comics)

O século XXI foi marcado por uma instabilidade crônica na continuidade do Superman, uma “Crise das Origens Infinitas” que refletiu a incerteza da DC Comics sobre como posicionar seu herói principal para um público moderno, fragmentado e cada vez mais ciente das múltiplas versões de sua história. Em menos de duas décadas, o personagem passaria por múltiplas releituras, um reboot radical e uma fusão de linhas do tempo, tudo em uma busca por uma origem “definitiva”.

Todavia, antes da gente seguir, precisamos entender como funcionou a linha editorial até aqui da DC Comics em relação ao Superman. Por isso, fiz uma tabela para que você, leitora e leitor, possa compreender a coisa sem se perder. As vezes, é confuso mesmo. Então CLICA AQUI para ler a Matriz Comparativa das Origens Canônicas do Superman.

Seção 5.1: As Releituras do Início dos Anos 2000

Antes de um reboot completo, a DC tentou atualizar a origem Pós-Crise de Byrne duas vezes, revelando um conflito interno entre a fundação “realista” dos anos 80 e uma crescente nostalgia pela mitologia da Era de Prata e pelos filmes de Christopher Reeve.

  • Superman: O Legado das Estrelas (Birthright, 2003): Escrita por Mark Waid e desenhada por Leinil Francis Yu, esta minissérie de 12 edições foi a primeira tentativa oficial de substituir The Man of Steel. A história procurou modernizar o personagem para o público do século XXI, apresentando um Clark Kent que viajou pelo mundo como jornalista freelancer para “se encontrar” antes de vestir o traje. A mudança mais significativa foi a reintrodução da amizade de infância entre Clark e um jovem e problemático Lex Luthor em Smallville, um elemento central da Era de Prata que Byrne havia explicitamente removido.
  • Superman: Origem Secreta (2009): Apenas seis anos depois, Geoff Johns e Gary Frank fizeram uma nova tentativa de criar a origem “definitiva” para a era pós-Crise Infinita. Esta série foi um trabalho de amálgama, misturando elementos de todas as eras, mas com uma forte influência visual e temática do filme Superman de 1978, estrelado por Christopher Reeve. Johns reincorporou a carreira de Clark como Superboy e sua associação com a Legião dos Super-Heróis, elementos da Era de Prata que haviam sido descartados por Byrne, tentando criar uma síntese que agradasse a todas as gerações de fãs.

Seção 5.2: O Reboot Radical dos Novos 52 (2011)

Em 2011, a DC Comics tomou a decisão drástica de reiniciar todo o seu universo com a iniciativa “Os Novos 52”. O Superman que emergiu desta reinicialização era radicalmente diferente. Mais jovem, mais impulsivo e socialmente um  outsider, este Superman refletia uma tentativa de capturar um público mais jovem e talvez mais cínico. As mudanças em sua origem foram profundas: Jonathan e Martha Kent morreram em um acidente de carro na noite de sua formatura, deixando-o sem sua âncora moral e familiar durante seus anos de formação como herói. Seu traje não era mais feito de tecido, mas uma armadura de batalha kryptoniana que se materializava sobre seu corpo. Mais controversa foi a decisão de apagar seu romance icônico com Lois Lane, substituindo-o por um relacionamento com a Mulher-Maravilha, outra poderosa outsider. A recepção a esta nova versão foi intensamente polarizada, com muitos fãs de longa data rejeitando o que consideravam uma traição aos elementos centrais do personagem. 

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