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Analisando a nova iniciativa da Marvel (Fresh Start) – Parte 03

DUAS MEGA SAGAS NO MESMO MÊS E UM RETORNO MUITO ESPERADO

01 – O fim da contagem dará iniciou às Guerras Infinitas
Quando do lançamento da iniciativa Legacy, a editora Marvel anunciou que após Império Secreto a editora deixaria de focar em mega eventos que param seu universo ficcional todo em prol de apenas uma história. Bem, parece que isso não durou muito, pois de lá para cá  já ocorreram X-men – Phoenix Resurrection: The Return Of Jean Grey e Avengers No Surrender. Mesmo sendo eventos menores em comparação a outros que a Marvel promoveu, são histórias que juntam toda uma fatia do universo da editora.
O mesmo ocorreu com a parte galáctica da Casa das Ideias. Em fevereiro de 2018 foi lançada a edição Infinity Countdown Prime, pelo roteirista Gerry Dunggan e o brasileiro Mike Deodato Jr. Essa edição teve o objetivo de dar o ponta pé inicial da nova saga cósmica do universo Marvel, Infinity Countdown. A Contagem Infinita tem desenhos de Aaron Kuder e estaria em curso no momento que Vingadores Guerra Infinita faria sua estreia no cinema, em abril de 2018, sendo o momento perfeito para divulgar a minissérie.
Porém, parece que a Marvel não vai parar apenas na contagem. A editora ainda lançará em julho de 2018 as GUERRAS INFINITAS.

Propriedade Marvel Comics.

O roteirista ainda será Duggan, porém, o brasileiro Mike Deodato jr. volta para assumir os desenhos do mega evento que envolverá Thanos, Loki, Senhor das Estrelas, Gamora, Capitã Marvel Doutor Estranho e Adam Warlock . A Marvel parece querer lucrar o máximo possível com esse que parece ser o maior ano dos Vingadores. E está certíssima, já que o nome Guerra Infinita e Marvel irão dominar o boca a boca dos fãs por um bom tempo, seja para o bem, seja para o mal. Porém, do ponto de vista do mundo do quadrinhos, Guerras Infinitas não estará sozinho nas prateleiras americanas, já que julho de 2018 contará também com a
02 – Morte dos Inhumanos

O nome Donny Cates está em evidência na Marvel. Cuidando de títulos de como Doutor Estranho e Thanos, o escritor vem angariando o apoio da crítica especializada e dos leitores. Porém, agora o escritor encabeçará seu primeiro evento na editora e tratará logo dos polêmicos Inhumanos.
É inegável que a Marvel tentou alavancar a franquia de forma  incisiva nos últimos anos. Desde a mega saga Infinito, onde o rei Raio Negro explodiu uma bomba da névoa terrígena, a qual dá origem aos poderes dos Inhumanos latentes, para deter Thanos, a Marvel diminuiu a influência dos X-men, franquia que estava com os direitos cinematográficos com a Fox, para dar atenção aos Inhumanos.
Porém, o tempo passou, a Disney, dona da Marvel, comprou a Fox em um negócio a ser confirmado, e os X-men voltaram a ter evidência no universo da editora. Nesse meio tempo, os Inhumanos não conseguiram despertar bons sentimentos dos fãs, já que era evidente que a Marvel colocaria os mutantes para escanteio. E pior, Inhumanos teve uma série de TV odiada pelos fãs e pela crítica.
Porém, essa análise para a saga da morte dos Inhumanos, afirmando ela ocorrerá apenas para escantear os personagens e voltar os holofotes para os mutantes, é simplória. Como afirmado, só em julho a Marvel terá dois mega eventos no mundo dos quadrinhos. Quem acompanha as vendas de hqs no mercado americano sabe que a Marvel viu sua hegemonia ser ameaçada pela DC desde a iniciativa Renascimento. Ciente disso, a Marvel precisa recuperar espaço nas vendas e no boca a boca dos fãs.
Em especial porque a DC Comics lançará em junho a nova formação da Liga da Justiça, que terá roteiros de Scott Snyder, roteirista que é sinônimo de vendas. É deveras importante que a Marvel não seja ofuscada pela concorrência logo no ano que colocará seu maior evento nos cinemas e seus personagens estarão sob os holofotes do mundo.
Colocar dois eventos no mesmo mês, julho de 2018, será uma forma de mostrar força nas vendas, mesmo que seja um aumento artificial para colocá-la em primeiro lugar dos títulos mais vendidos.
03 – O retorno da primeira família da Marvel
 

Desde o mega evento Guerras Secretas, de 2015, o Quarteto Fantástico não tem um título mensal nos Estados Unidos da América. Sendo uma das decisões mais tristes da Marvel, já que o Quarteto foi o primeiro título da editora na década de 1960, criado por Stan Lee e Jack Kirby, a inexistência do título dos heróis se justificava porque os direitos de cinema não estavam com a Marvel, e sim com a Fox, situação semelhante ao dos mutantes da editora.
Devido à essa decisão mesquinha, mas mercadológica, da editora, Reed Richards, o Senhor Fantástico, e Sue Richards, a Mulher Invisível, estavam sumidos do universo Marvel, só restando o Tocha Humana, que fazia parte dos Fabulosos Vingadores e dos Inhmanos, e o Coisa, que esteve com os Guardiões da Galáxia por um tempo.
Essa situação começou a mudar com Marvel Legacy, onde o Jonnhy Storm e Ben Grimn decidiram que era a hora de procurar Reed e Sue. Dessa decisão, surgiu o título Marvel Two-in-one, que era escrito por Chip Zardansky.
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Era óbvio que um título do Quarteto estaria próximo, tendo muitos fãs apostado que Zardansky seria o escritor responsável.
Porém, a Marvel surpreendeu a todos anunciando a equipe criativa do título que seria lançado em agosto de 2018: Dan Slott e Sara Pichelli.
Slott, que passou dez anos escrevendo Homem-Aranha, já foi anunciado como roteirista de Homem de Ferro e agora assume outro título de peso para a Marvel. Pichelli é conhecida por trabalhar no Homem-Aranha Miles Morales, junto com Brian Michael Bendis. É uma equipe criativa inesperada, porém, não inusitada.
Slott e Pichelli podem trazer um clima de leveza que um relançamento do Quarteto Fantástico precisa e, com certeza, são nomes de peso do mercado de quadrinhos, garantindo um sucesso de vendas imediato para o título da primeira família da Marvel, tudo que a editora precisa nesse momento.
É inegável que a Marvel joga seguro com esses lançamentos, pois, com dois eventos de peso (Guerras Infinitas e Morte dos Inhumanos) para o segundo semestre de 2018 e o lançamento de uma edição número 01 do Quarteto Fantástico, a editora parece decidida a dominar o top de vendas americanos.

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Thiago de Carvalho Ribeiro. Apaixonado e colecionador de quadrinhos desde 1998. Do mangá, passando pelos comics, indo para o fumetti, se for histórias em quadrinhos boas, tem que serem lidas e debatidas.