Neste momento em que precisamos, mais do que nunca, fazer um reflexão sobre nosso papel social, nada mais adequado do que ver filmes como “O Poço”, uma das mais novas produções espanholas da Netflix, e que já está na lista dos mais vistos no Brasil dentro do streaming.
Neste trabalho do diretor Galder Gaztelu-Urrutia, prisioneiros são colocados em celas montadas em espécie de “poço”, onde a comida é oferecida em uma mesa de concreto. Para a cela 01 é ofertado um verdadeiro banquete preparado por um restaurante de primeira linha, como é destacado no início. Os demais “moradores” do poço comem o que é deixado por quem está na cela superior, ou seja, nesta parte a vida é melhor, já para as últimas camadas só resta fome e sofrimento. Claramente a chamada pirâmide social.
Essa é apenas uma das aberturas para amplas reflexões deixadas neste filme. Será que podemos fazer alguma coisa para mudar, ou cabe apenas a direção do “presídio” fazer alguma coisa? O que representa chegar ao “fundo do poço”?
Em cada uma das celas são colocados apenas dois detentos. E a eles é permitido escolher uma coisa para levar. O protagonista Goreng (Ivan Massagué) opta por levar a obra Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. O que o fez ter essa escolha, simplesmente ter algo para ler durante seus momentos de ócio? Provavelmente, não!
Diante de tantas possibilidades de análises críticas alguns podem pensar que se tratar de um filme chato e cansativo. Mas engana-se quem pensa assim. O Poço, ao contrário, tem momentos bem densos e fortes.
Como não poderia deixar de ser, o final abre espaço para mais debates. Como resolver tudo isso, como mandar a mensagem? Assista e tire suas próprias conclusões! Ou não!
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