Não deixe de conferir nosso Podcast!

Resenha Crítica: “K-Pop: Demon Hunters” (Guerreiras do K-Pop)

Como a animação da Sony se tornou o maior sucesso da história da Netflix e por que eu estava completamente errado sobre ela.

Guerreiras do K-Pop
Reprodução

Foi minha filha que pediu para assistir Guerreiras do K-Pop no último final de semana. Ela disse que só queria assistir um pouco para vê qual era, já que toda a sua turma não parava de cantar as músicas do filme; acabou vendo o filme todo sem sair da cadeira rs

A verdade é que “Guerreiras do K-Pop” é o resultado de uma tempestade perfeita. Pegaram a onda cultural imparável do K-Pop e a misturaram com a qualidade de animação mais inovadora que existe hoje, aquela coisa linda no estilo de Homem-Aranha no Aranhaverso, que é da mesma casa, a Sony Animation. A história em si não é complexa: um grupo feminino de K-Pop que leva uma vida dupla como caçadoras de demônios. Simples, né? Mas a execução é de outro nível. O filme consegue ser um deleite para qualquer fã de K-Pop, com uma estética que parece ter saído direto de um videoclipe de altíssimo orçamento, e ao mesmo tempo funciona como uma aventura de “garotas mágicas” para toda a família. É por isso que as crianças ficaram fascinadas; a tela explode em cores, as coreografias viram golpes de luta e a música não te deixa ficar parado. Mas o mais curioso é ver os pais na sala, também vidrados, talvez sentindo uma nostalgia da época das boy bands e girl bands dos anos 90.

E a música… a trilha sonora é praticamente uma personagem principal. A decisão de trazer membros do TWICE para as canções foi um golpe de mestre, transformando a trilha em um sucesso por si só, com músicas que escalaram as paradas da Billboard. Mas a parte mais saborosa dessa história toda é o drama dos bastidores. A grande polêmica não foi uma briga, mas sim um erro de cálculo monumental da própria Sony. Eles produziram essa mina de ouro, mas não levaram fé no potencial de bilheteria e, em vez de um lançamento massivo nos cinemas, venderam os direitos de distribuição global para a Netflix. Resultado: a Netflix pegou o produto pronto e o transformou no filme mais assistido da sua história, enquanto os executivos da Sony provavelmente ainda batem a cabeça na parede por terem subestimado o poder dessa combinação.

LEIA TAMBÉM:  Crítica | Dragon´s Dogma funcionou como uma adaptação, embora esquecível da Netflix

Dito tudo isso, o filme é bom mesmo ou é só um produto de marketing bem-sucedido? Ah, ele é muito bom. Visualmente, é um espetáculo. Cada cena de ação é uma obra de arte coreografada, e a direção de arte é de cair o queixo. Mas o que me surpreendeu foi que, por baixo de tanto glitter e neon, existe um coração. O roteiro consegue tecer críticas sutis à pressão da indústria de ídolos e à busca pela perfeição, focando na relação entre as integrantes do grupo de uma forma que soa genuína. Claro que não é perfeito. O ritmo é tão frenético que às vezes não dá tempo de respirar, e o vilão poderia ser um pouco mais profundo. Mesmo assim, “Guerreiras do K-Pop” é um triunfo. É o tipo de filme original, vibrante e culturalmente relevante que a gente sempre pede e raramente recebe. É a prova de que o público está faminto por novidades. Então, sim, eu estava errado. E que bom que estava. Assisti, adorei e agora tenho uma nova trilha sonora para ouvir em loop por pelo menos uma semana.

Os filhos de vocês podem assistir.

Título: K-Pop: Demon Hunters (Guerreiras do K-Pop) Direção: Maggie Kang, Chris Appelhans.

P,S. Eu não estava errado sobre o filme, é só um bait. Sorry!

Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.