Por Janhsen Pimentel
Ni no Kuni 2 The Revenant Kingdom é a sequência do aclamado RPG do estúdio Level 5 em março de 2018. A história do jogo se passa centenas de anos após o anterior e apenas os fãs mais atentos irão notar as poucas referências entre os dois jogos.
Agora temos como protagonista Evan, um jovem rei que sofre um golpe de Estado, já no início do game, tendo que escapar as pressas do seu reino. O garoto, com sua visão sonhadora e pura, decide não se vingar, mas sim criar um novo reino, um em que todos sejam felizes.
Após algumas horas de jogo, já se percebe o pouco carisma de Evan, que não se compara ao de Oliver, protagonista do primeiro jogo. Talvez pelo fato de estar numa jornada menos intimista do que a daquele, que buscava reviver sua mãe, tenha peso na falta de carisma do personagem principal. Bom ressaltar que, se não é carismático, tampouco é um personagem chato. Porém, os demais personagens que acompanham o jovem rei são simples e pouco desenvolvidos, sendo este o ponto fraco do game.
Por outro lado, o jogo brilha na sua arte gráfica e no gameplay. A primeira dispensa comentários, bastando dizer que ficou a cargo de designers que trabalhavam no famoso estúdio Ghibli, uma Disney nipônica, com premiadas animações.
Quanto ao gameplay temos grandes mudanças em relação ao primeiro jogo. Sai a batalha por turnos e entra um action-RPG, bem fluído e viciante, com sistema de equipamentos, armaduras e magias. Sai também os familiares – monstrinhos bem ao estilo Pokémon que podiam ser capturados e utilizados em batalha no jogo anterior -, e entram os higgledies, que auxiliam em alguns momentos nas batalhas. Falando em batalhas, são memoráveis aquelas contra os chefes do jogo, em especial os protetores dos outros reinos.
O jogo inova também ao trazer duas mecânicas complementares. Falo do sistema de gerenciamento de reino e das skimirsh.
Ao avançarmos no jogo, recrutamos cidadãos para nosso reino, cada um tendo habilidades diferentes que poderão ser aprimoradas e utilizadas para desenvolver equipamentos e magias, por exemplo. É um sistema bem interessante, sendo essencial a regular administração do reino para um bom progresso no game.
Já as skimirsh são batalhas entre exércitos, e utiliza uma mecânica jo-ken-po, em que temos que controlar os soldados para que estejam posicionados no melhor local para atacar. É bem simples, tornando-se enjoativo rapidamente.
Por fim, a campanha principal do game tem por volta de 40 horas, e para aqueles que buscam a platina podem se preparar para algo entre 80-90 horas de jogatina. A dificuldade é baixa, trazendo poucos desafios, presentes sobretudo na parte final da história e em algumas missões opcionais de pós-game, quando se termina a campanha principal. Quanto a diversão, esta é garantida.
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