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10 HQs que mudaram a história do mundo dos quadrinhos

Quando  o mundo dos quadrinhos faz e refaz sua própria história. Conheça algumas HQs que revolucionaram a forma como compreendemos seu universo único e criativo.

Marvels
Marvel Comics

Quando  o mundo dos quadrinhos faz e refaz sua própria história. Conheça algumas HQs que revolucionaram a forma como compreendemos seu universo único e criativo.

História: é provavelmente uma das partes mais importantes da experiência humana. É através da análise histórica que podemos refletir sobre as ações do passado e determinar as melhores maneiras de avançar em direção a um futuro. Como escreveu o escritor e filósofo George Santayana: “Aqueles que não conseguem se lembrar do passado estão condenados a repeti-lo”.

Pelo menos, essa é uma maneira mais positiva de enxergar o tema. Você também pode argumentar que a história é simplesmente uma notícia que ficou velha com uma variedade de datas, biografias cansativas guardadas em livros antigos e empoeirados – sendo a maioria sequer com foto! E George Santayana teria que concordar que a história humana sofre de um problema extremamente significativo: uma imensa falta de material histórico para contar sobre o mundo dos quadrinhos.

Embora existam inúmeros quadrinhos que contam a história do mundo real de maneira atraente e divertida – Persépolis e Maus são dois dos melhores romances gráficos não-super-heróis de todos os tempos e exemplos que nossos erros podem ser contatos mesmo que isso seja um pouco assustador. Porém, essa perspectiva também não acontece muito porque enquanto houver universos fictícios ricos, imaginativos e insanos, cujas vastas histórias rivalizam com a nossa, essas narrativas históricas nos quadrinhos apesar de ganharem um significativo mercado nas últimas décadas, ainda está longe de competir. Competir talvez não seja o principal objetivo aqui, digamos assim.

Com isso em mente, aqui estão dez dos melhores quadrinhos que examinam a história desses universos a partir de novas e empolgantes perspectivas. A lista não conterá spoilers, apenas uma visão geral do que lhe espera ao aventurar-se na leitura.

E tentei o máximo colocar textos sobressalentes para melhorar sua informação sobre as obras citadas abaixo:

Marvels

Marvels
Marvel Comics

Marvels é, sem tirar nem por, uma verdadeira maravilha. Não só é uma belíssima jornada pela história da Marvel Comics, como também uma das graphic novels mais bem-sucedidas em colocar o leitor no meio da ação deslumbrante. É a visão boquiaberta de nós, do homem comum, em relação a seres ou ídolos inatingíveis que estranhamente se parecem conosco. É, arriscaria dizer, o mais real que uma HQ de super-heróis mainstream pode chegar e uma verdadeira representação física do conceito da editora da mesma maneira que sua irmã mais nova, Reino do Amanhã, é da DC Comics.

Para saber mais sobre Marvels, leia a crítica completa aqui e compre aqui.

DC: A Nova Fronteira

DC Comics

Badalada série de Darwyn Cooke lançada em 2004, vencedora de alguns dos maiores prêmios da indústria dos quadrinhos (Eisner, Harvey, Shuster) e inspirada no discurso de aceitação do presidente John F. Kennedy em 1960, A Nova Fronteira procura construir uma ponte entre a Era de Ouro e a Era de Prata, aproveitando-se do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, em 1945, para nos apresentar uma série de cenários sociais, políticos e ideológicos que levariam ao desmembramento da Sociedade da Justiça após o humilhante depoimento que prestam ao Comitê de Atividades Antiamericanas no período de “caça às bruxas comunistas” durante o macarthismo.

Para saber mais sobre A Nova Fronteira, leia a crítica completa aqui e compre aqui.

Antes de Watchmen

Antes do Watchmen
DC Comics

 

Se DC: A Nova Fronteira usa super-heróis para nos oferecer uma visão mais brilhante e triunfante da América da era da Guerra Fria, Watchmen faz o contrário.

No entanto, Watchmen não é estritamente uma história em quadrinhos. Tendo sido escrita e desenhada durante o período em que foi criada, era uma crítica contemporânea do aqui e agora. Antes de Watchmen foi lançado em 2012, 26 anos após o original, como uma coleção de prequels tardias de alguns heróis da obra original. E se existe uma coisa na cultura pop que todo mundo ama universalmente, é a prequela tardia de obras amadas.

Antes de Watchmen poderia ter sido uma oportunidade interessante para explorar a história de um mundo fictício rico, com o benefício adicional de 26 anos para refletir sobre essa história. Em vez disso, trata-se de um conjunto misto de histórias desnecessárias, que variam de chatas a surpreendentemente agradáveis. Porém, foi a base para a série da HBO. Então estou dando algum mérito para a obra.

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Para saber mais sobre todas as edições de Antes de Watchmen, leia todas aqui e compre aqui se achar que seu dinheiro mereça ser gasto com isso.

X-Men Grand Design

X-Men Grand Design
Marvel Comics

Os fãs de quadrinhos sabem que todas as viagens no tempo, mudanças de realidade e retcons tornaram as histórias do primeiro e maior grupo mutante completamente inteligível se você não tiver pelo menos uma pós-graduação em suas aventuras.

O cartunista Ed Piskor (Hip Hop Family Tree, ele aparece abaixo também) pediu então permissão para a Marvel Comics para fazer uma tarefa que muitos consideram impossível: organizar a história dos X-Men e fazê-la compreensível.

O resultado: o quadrinho mais falado de 2018, X-Men Grand Design.

Qualquer fã dos mutantes percebe que a pesquisa foi numerosa e detalhada, e o cuidado em recontar as histórias foi tão detalhado que Piskor poderia ter cortado mais coisas, mas o lado fã falou mais alto.

X-Men Grand Design é recomendado a todos os fãs dos mutantes, ou mesmo os que querem conhecer a época que eles não eram tão conhecidos assim.

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Batman: Ano Um

Batman Ano Um
DC Comics

Situada em um período de um ano, a história é bem dosada temporalmente tanto por cenas-chave da concepção da personagem como por cenas breves de treinamentos e do cotidiano policial por parte de Gordon. Miller leva ao pé da letra a concepção de um ano e apresenta o lento desenvolvimento desta dupla. Batman ainda é um homem em treinamento, à procura dos primeiros contatos para testar suas habilidades, enquanto Gordon, recém-transferido, observa como funciona a polícia corrupta do local.

Miller desenvolve o roteiro com simplicidade sem perder o requinte narrativo. Equilibra-se bem entre Batman e Gordon, demonstrando que ambos são peças fundamentais que representam um mesmo ideal: a manutenção da cidade e da lei. A obra observa o amadurecimento destas personagens: Batman pela rigidez e disciplina da luta após erros e acertos em campo, e Gordon como o único policial incorruptível da corporação, tendo de arcar com a responsabilidade de ser visto como uma pária pela equipe. Em comum, ambos possuem a retidão e admiram-se mutuamente, mesmo sem ainda se conhecerem. Não à toa, boa parte deste roteiro foi inspiração para a concepção de Batman Begins de Christopher Nolan. Não só o encontro com Gordon é idêntico como também o são outras cenas chaves desta história.

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Homem-Aranha: História de Vida

 

Homem-Aranha
Marvel Comics

A maior diferença entre os leitores de quadrinhos e os personagens de quadrinhos pode ser resumida em apenas uma frase: “Eu envelheço, mas eles permanecem com a mesma idade”. Apesar de décadas terem se passado desde o início da maioria dos combatentes do crime fantasiados clássicos, os editores continuam encontrando maneiras cada vez mais complicadas de garantir que essas pessoas de sorte não precisem envelhecer com o passar do tempo.

É por esse viés e paradoxo, que nasceu Homem-Aranha: História de Vida. Semelhante a Batman: Ano Um, a história nos leva de volta aos primeiros anos de Peter Parker como Homem-Aranha. Em seis edições, vemos o Homem-Aranha e seus incríveis amigos envelhecerem em tempo real, trazendo-nos dos anos 1960 até 2019. E isso é genial.

Escrita por Chip Zdarsky (Demolidor) e desenhada por Mark Bagley (Aranha Escarlate), criaram uma nova versão da história que é certamente muito mais divertida do que a nossa e, particularmente no caso do notório arco Saga do Clone. É um presente sem precedentes para qualquer leitor do Homem-Aranha.

Marvel 1602

1602
Marvel Comics

Uma Inglaterra que corresponde ao ápice de seu estilo renascentista, na qual sua poesia e literatura ganham espaço junto às características do teatro de Shakespeare legitimando investimentos mercantilistas após a Reforma Protestante. Essa é a Inglaterra elisabetana que o autor Neil Gaiman subsidiou super–heróis do Universo Marvel na minissérie 1602. Contudo, o autor também apresenta aspectos do Tribunal da Inquisição e lendas que consagram a história colonial estadunidense. Principalmente sobre o mistério que envolve o território de Roanoke, atualmente Carolina do Norte, e acerca da menina Virginia Dare.

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Batman: O Cavaleiro Branco

Batman
DC Comics

O universo do Batman, ao longo de seus 79 anos, sempre foi explorado das mais diversas formas e jeitos. Quer seja nas HQs, ou até mesmo nos filmes, sempre tivemos um herói que alternava do vigilante implacável ao maior detetive dos quadrinhos.

Contudo, ainda faltava uma abordagem mais focada em desmistificar o mito sem torná-lo um real vilão. Era preciso criar uma trama onde víssemos o homem-morcego como um perigo à sociedade. E, para esse feito, foi chamado Sean Murphy, que nos deu a história mais fora da curva do vigilante de Gotham.

O autor nos entregou a história do Cavaleiro Branco, que basicamente nos mostra um mundo onde o Batman passa dos limites e chega às vias de matar seu maior rival, o Coringa. Porém, após dopá-lo com remédios, o palhaço do crime é curado e aí que temos todo um enredo trabalhando a persona normal do vilão, cujo nome real é Jack Naiper.

Muito do mérito que a série carrega, principalmente sua narrativa ágil, se deve à capacidade de Murphy em conseguir trabalhar com todo o universo do herói sombrio da DC Comics – e, mais do que isso, em como ele domina com maestria este enredo que mostra a redenção do principal vilão do panteão do morcego. Afinal, estamos falando daquele antagonista que possui uma relação de amor e ódio com o Batman, e isso já foi abordado em diversas histórias fora da cronologia básica do personagem. Saiba mais aqui e compre aqui.

HIP HOP GENEALOGIA

Hip Hop Genealogia
Distribuído no Brasil pela editora : Veneta (Reprodução)

‘HIP HOP GENEALOGIA ( Hip-Hop Family Tree) é escrita e ilustrada por ED PISKOR. O jovem quadrinista ficou famoso com sua parceria com o veterano roteirista underground Harvey Pekar, na série American Splendor. Mas o seu sucesso veio mesmo com Hip Hop Genealogia, inicialmente publicada em capítulos na revista Boing Boing e depois reunida em livro pela editora americana Fantagraphics e lançado no Brasil pela Veneta em 2016.

Esse livro traz uma narrativa impressionante sobre como nasceu o movimento hip hop nos Estados Unidos na virada dos anos 70 pros 80. Além de apresentar farto conteúdo sobre esse contexto e sobre os principais personagens do movimento, a edição brasileira de ‘Hip Hop Genealogia’ traz um prefácio do rapper Emicida.

Essa primeira edição foi premiada pelo Eisner Awards, um dos principais prêmios dados a histórias em quadrinhos, e entrou rapidamente na lista dos mais vendidos do The New York Times.

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A História do Universo Marvel

História do Universo Marvel
Marvel Comics

A História do Universo Marvel será uma minissérie em seis edições com roteiro de Mark Waid (Reino do Amanhã) e artes de Javier Rodriguez (Demolidor) e Alvaro Lopez (Exiles).

Segundo o release da editora:

Tudo o que você sempre quis saber sobre o Universo Marvel em uma linda série ilustrada! Do Big Bang ao fim da existência, A HISTÓRIA DO UNIVERSO MARVEL conta completamente, pela primeira vez, tudo que foi, é ou será!

O texto lindamente ilustrado conta a história completa do Universo Marvel, revelando segredos previamente desconhecidos e servindo como o guia de referência supremo para os fãs da Marvel! Testemunhe a maior história já contada – e se prepare para algumas chocantes revelações!”

A História do Universo Marvel tenta ser o equivalente em quadrinhos de O Silmarillion, de JRR Tolkien, um relato detalhado e completo da história de um mundo completamente fictício. Claro que é insano. Claro que nem sempre faz sentido lógico. E, é claro, é uma prova definitiva de que, por mais que aprendamos sobre a história de nosso povo, nosso planeta e nosso universo, nunca será tão divertido quanto algumas bobagens que um grupo de pessoas inventou para vender gibis.

Ainda está em andamento. Mas guarde sua grana, essa valerá cada centavo para o fã da Marvel.

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Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.