“Os lobos do Colorado” é uma narrativa certeira de Claudio Nizzi, auxiliado pela arte vigorosa de Fernando Fusco.
Nesta história, iniciada em Tex Coleção nº 481 e concluída na edição seguinte, encontramos Tex e seu pard Kit Carson às voltas com a quadrilha dos Kimball, que vêm espalhando o terror pelo estado do Colorado com uma série de assaltos a bancos, diligências e o que mais for rentável aos canalhas.
Após incursões frustradas do exército pelas zonas de atuação da quadrilha visando sua captura, a missão é repassada para os rangers, que iniciam uma investigação com o auxílio de Kit Willer e Jack Tigre. E justamente quando os patifes decidem executar mais um roubo, em Walden.
Tudo corria segundo o planejado até um funcionário do banco alvo dos Kimball conseguir dar o alarme, provocando então um intenso tiroteio tiroteio do xerife e alguns populares contra os patifes. O membro mais novo da gangue, Jesse, acaba preso, embora os demais consigam escapar, matando uma criança durante a fuga e prometendo retornar para libertar o irmão preso.
Levado para um forte militar próximo, vira um trunfo nas mãos de Tex que, ciente que os criminosos tentariam um resgate de Jesse, decide se antecipar aos fatos e impor um ataque inesperado, armando um plano que envolve o transporte do prisioneiro para Denver e uma encenação de seu filho Kit para “libertar” o jovem Kimball e assim, conquistada sua confiança, ser levado por ele ao covil do bando.
Nizzi foge um pouco da representação unidimensional que os vilões costumam ganhar e se aprofunda no psicológico de Jesse, um criminoso forjado pelas tragédias da vida. Os diálogos que trava com Kit o fazem pensar além e sonhar com a juventude que lhe foi privada e a chance de uma nova vida, uma vez que o filho de Tex busca tirá-lo da trilha maldita cavada por seus irmãos.
Quando a ação final eclode e a “toca dos lobos” é atacada, torcemos pelo destino de alguns personagens, ainda que o signo da morte paire sobre todos. Afinal, no mundo texiano, a punição tarda… Mas não falha.
