A primeira coisa importante a se dizer sobre o filme “A Queda” (2022), do diretor Scott Mann, é que ele é extremamente proibido para as pessoas que têm fobia de altura. A não ser que esteja passando por um período de tratamento e precise enfrentar alguns desafios, nesse caso ele é perfeito.
A segunda coisa é: sabe aqueles atividades de “lazer” que qualquer pessoa de sã consciência sabe que vai dar problema (para evitar dizer algo mais censurável)? Este filme retrata bem uma delas. As amigas Becky (Grace Caroline) e Hunter (Virginia Garder) são alpinistas. Becky sofre um grande trauma e, 51 semanas depois, sua melhor amiga Hunter a convida para enfrentar seu medo e tristeza, exatamente escalando.
Só que desta vez o desafio a ser enfrentado é uma antiga e enorme antena de TV instalada em local isolado e, como qualquer poderia ver, há muito tempo sem receber qualquer tipo de manutenção. De imediato percebe-se muita ferrugem, parafusos soltos e muita estrutura corroída.
Mas para quem “ama o perigo” problema pouco é bobagem. Para o espectador mais, digamos, criterioso, a análise destes detalhes pode ser motivo para tirar o realismo de “A Queda”. Afinal de contas, quem iria escalar uma estrutura como essa e não observaria esses mínimos detalhes?
Mas quem também se deixar levar pela emoção do momento, como fizeram Becky e Hunter, vai se divertir muito com um filme de tirar o fôlego em vários momentos. Vai se juntar as duas amigas na busca da melhor solução para tamanha enrascada e, sem dúvida, sofrer junto a cada tentativa frustrada.
Mais de 90% da trama se passa com essas duas personagens, mas podemos citar ainda a breve participação dos atores Mason Gooding e Jeffrey Dean Morgan, o famoso Negan da série The Walking Dead.
