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Crítica Ligeira | 13 Reasons Why (2º Temporada)

As resenhas CRÍTICA LIGEIRA são análises sucintas dos nossos colaboradores visando que o leitor do site tenha conhecimento sobre determinado filme/série/quadrinho/game. Nada impede que, no futuro, uma resenha analisando todos os pontos seja lançada no site da Quinta Capa.

Texto por Luis Davi Araújo Barros

A segunda temporada de 13 Reasons Why, produção da Netflix, chegou em 18 de maio de 2018, e, como já era de se esperar, continua dando um tapa na cara da sociedade no que se refere ao bullying, ao suicídio e outros dramas  comuns entre os adolescentes.

Essa temporada, que conta com 13 episódios, ocorre cronologicamente 05 meses depois do fim da primeira, que inclusive  deixou o cenário todo pronto para a chegada da segunda temporada, o que é uma surpresa para aqueles que falaram que a série morreu a partir do momento em que material original foi modificado, o livro de Jay Asher.
Mas será que essa segunda temporada realmente foi necessária?
Bem isso é algo difícil de se falar, pois trata-se de uma adaptação que vai além do material original, o que deixa os produtores livres pra trabalharem com os personagens e acontecimentos sem seguir a obra em que se basearam a risca.
Mas vamos por partes. Primeiramente, sim, ela é necessária, se for levado pelo ponto de vista de que é uma série adaptada do livro original, pois a profundidade e contexto que 13 Reasons Why da Netflix tomou é bem maior do que a do livro de Jay Asher.
Nessa segunda temporada, ao contrario da primeira em que tudo era contado pela ótica de Hannah em suas fitas, aqui vemos a história na visão dos “porquês”, ou seja, dos personagens que envolviam a motivação do suicídio dela. Dessa forma é possível ter uma melhor noção de tudo aquilo descrito nas fitas deixadas a Clay.
Mas nem tudo são flores, já que com essa mudança na narração nota-se uma clara divergência nas várias partes da história e isso provoca alguns furos no roteiro em relação à temporada anterior. Nada muito grave, mas ainda sim incômodo para quem vem acompanhando cada detalhe da produção da Netflix.
Um fato que incomodou bastante foi o apelo dos produtores em querer fazer a personagem Hannah aparecer em mais cenas, além dos flashbacks. Para isso, eles a posicionaram como uma espécie de consciência gerada pela mente conturbada de Clay Jenhsen. Infelizmente essas cenas acabam destoando um pouco do real foco desta temporada que é contar a história de uma forma diferente e concluir os acontecimentos em desenvolvimento desde a primeira temporada.
Em resumo, essa segunda temporada de 13 Reasons Why tem um resultado positivo, já que apresenta o tema do suicídio de forma sucinta e outros problemas enfrentados pelos adolescentes. Porém, o roteiro não trás grandes surpresas e é  por vezes  monótono. Mesmo assim, a série se constrói pelo significado que tem: debater temas espinhosos para o público jovem.
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Thiago de Carvalho Ribeiro. Apaixonado e colecionador de quadrinhos desde 1998. Do mangá, passando pelos comics, indo para o fumetti, se for histórias em quadrinhos boas, tem que serem lidas e debatidas.