Nascidos ainda na década de 60, os super-heróis brasileiros ainda não ocuparam grandes espaços na mídia e no mercado nacional de histórias em quadrinhos. A grande maioria caminha ainda pelas produções independentes. Mas, de acordo com Lorde Lobo (cujo nome verdadeiro é Alexandre, mas segundo ele, nem em casa é chamado dessa forma), desenhista, quadrinhista e produtor do canal Grandes Heróis BR, no Youtube, “a produção de quadrinhos de super-heróis brasileiros é efervescente e vem recebendo cada vez mais a atenção de editoras nacionais”.
“Para você ter uma ideia, atualmente tenho uma pilha com mais de 50 quadrinhos para ler e falar sobre eles no nosso canal. É algo que ainda não podemos chamar de mercado propriamente dito porque ainda é uma luta muito ideológica, mas já temos editoras como a Spitterdragon e a Quimera que já dão uma atenção especiais a produção dos super-heróis brasileiros”, conta.
Lobo ressalta ainda que esse processo de evolução está sendo construído de forma responsável, com uma produção constante, mesmo que ainda de forma alternativa. “A grande diferença é que lá fora os artistas ganham para produzir, e aqui ainda pagamos para produzir”, lembra.
O super-herói nacional
Para quem ainda não conhece os super-heróis brasileiros, assim os estrangeiros, eles também podem ter capa, roupa colante e colorida e superpoderes. Uma das principais diferenças são os cenários onde esses personagens atuam. “O meu personagem, por exemplo, o Penitente, vive uma cidade fictícia. Criei uma ilha, a Nova Virtude, que fica exatamente na divisa de Rio de Janeiro e São Paulo”, explica.
O canal
O Canal Grandes Heróis BR tem hoje cerca de 3 mil inscritos e já conta um programa constante aos domingos, com quadros específicos e participações especiais. “Nunca falei dos heróis da Marvel e DC Comics, mas, claro, não tenho nada contra, afinal de contas se produzimos e falamos de super-heróis nacionais é porque lemos muitos dos super-heróis importados. A questão é que esse é um espaço dedicado aos nacionais. Ninguém precisa deixar de ler os quadrinhos importados, mas vamos abrir a mente para os nossos super-heróis. Quem fizer isso, com certeza vai encontrar muita história boa”, garantiu.
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