Não deixe de conferir nosso Podcast!

Crítica | Raio Negro: Tudo que Luke Cage não foi.

Black Lightning, que estreou semana passada no CW e Netflix é um cara que não está muito afim de ser um super-herói, e isso deveria ser chato, mas não é. Também não é uma série perfeita, mas sabe contar uma boa história. Escolher o Luke Cage como pararelo não foi algo aleatório, Raio Negro foi criado em 1977, um personagem negro e urbano da DC, porém não fez o sucesso que deveria fazer. O lance da cotas ainda era algo engatinhando quando ele surgiu e a repercurssão não fez o efeito esperado para a editora. Lembrando que nessa época estava estreando na TV os “Superamigos” e um cara meio parecido com o Raio Negro as vezes aparecia por lá, ele se chamaba Trovão Vulcão Negro. Mas porque o Raio Negro não apareceu no desenho, Pikachu? Por causa do seu criador, Tony Isabella, na época, ele estava em disputa com a DC sobre os diretos do personagem. O lado positivo que o Trovão Vulcão Negro não era o Aquamanan.

Raio Negro nos Quadrinhos da DC Comics

Na série da CW Raio Negro é Jefferson Pierce, 9 anos aposentado depois de perder seu casamento por causa das aventuras de ser herói e perguido pela polícia. Agora ele é um respeitável membro da sociedade, diretor de uma escola e tem que lidar com os problemas do dia a dia, incluindo duas filhas adolescentes, e como é uma série de TV, uma é certinha, a outra é a clássica retardada que gosta de ser gótica suave.
A série se passa em um universo isolado, então ao menos por enquanto não há conexão com o resto dos personagens das séries da CW/DC, por enquanto. É um mundo onde há super-heróis, mas não chega a ser um exagero de gente voando pra todo lado.
Durante uma cerimônia em homenagem ao pai uma das filhas do Jefferson foge pra uma boate reduto da gangue dos 100, onde conhece o ‘dono da boca’, por causa de um amigo que se acha o aprendiz de traficanante, ela acaba tendo que ‘trabalhar’ para pagar o que seu amigo/namorado devia aos bandidos.
Jefferson descobre que a filha não está em casa usando um aplicativo espião de celular e vai atrás. Chega no clube e com seus poderes elétricos, desce o cacete elétrico em todo mundo. No final, a filha foge e todo mundo de volta à normalidade da vida. Mas é aí que coisa toma outro rumo. Tem a ex-mulher.
Jefferson está tentando se reaproximar dela que, fica feliz pela filha ter voltado pra casa mas desconfia que Jefferson voltou a ser o Raio Negro. Coisas diárias de uma família normal até agora.
Na escola o pivete do mal vai atrás da filha de Jefferson, mas é impedido, sem que nem fosse preciso usar superpoderes. Só que mais tarde ele invade a escola e rapta a menina e a irmã. Na polícia ninguém está muito disposto a fazer nada. Jefferson levanta decidido, a ex pergunta aonde ele está indo.
Jefferson vai até Peter Gambi, seu antigo parceiro, mistura de Microchip com Alfred. Peter já tem pronto o novo uniforme para seu amigo.
Em paralelo uma trama onde é apresentado Tobias Whale, um vilão misterioso que achava que tinha matado o Raio Negro e agora quer terminar o serviço.
A série tem uma pegada Ao Mestre Com Carinho com o diretor da escola tendo superpoderes, o que faz sentido, afinal na versão original do Raio Negro foi desenhado com base em Sidney Poitier. Vocês não sabiam, disso.
Como é uma série do CW, não espere violência e discussões sociais sérias como as séries da Netflix, mas em compensação temos algo raro naquelas séries: heróis fantasiados que não se sentem completamente miseráveis por ter que defender a Verdade, Justiça e sei lá mais o quê.
Raio Negro é uma série de super-heróis tradicional, com uma excelente trilha sonora, nos moldes da de Luke Cage, mas o ritmo é muito mais ágil. O protagonista é fácil de simpatizar, e mesmo a ex-esposa não é a antagonista malvadona.
As cotações estão boas. 7,1 no IMDb, 79% no Metacritic em incríveis 100% Fresh no Rotten Tomatoes, e mesmo dando o desconto do politicamente correto, a média está excelente.
A série passa toda quarta-feira na CW e já está disponível na Netflix.
LEIA TAMBÉM:  Resenha | Tex nº 591 & 592 (Editora Mythos)

Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.