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D&Dezembro| Cyberpunk nos jogos de RPG

Cyberpunk é uma das temáticas mais usuais para jogos de RPG, e um dos clichês que o gênero demonstra é uma imersão no Cyberespaço.

O Cyberespaço surge pela primeira vez no clássico “Neuromancer” de William Gibson (esperem um texto sobre no Janeiro literário), e é um genérico para esta foderosa rede mundial de intrigas que é a internet. Dentro do livro de Gibson que faz parte da trilogia do Sprawl, a internet (ou cyberespaço) é o lugar para onde você vai ao se conectar na internet com um console ou diretamente em alguma modificação corporal que o permite fazer isso.

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Mas e nos jogos?

Em RPG, isso não é diferente. Em Shadowrun por exemplo, a internet é um ambiente muito semelhante ao plano “astral” dos RPGs de fantasia, onde os Hackers conseguem se conectar e facilmente adquirir informações. Um grande clichê (e algo que eu não goste muito) é que normalmente estes jogos se esforçam para fazer com que este espaço seja seu próprio sistema fechado. Um “minijogo” dentro do jogo, se é que vocês me entendem.

Isso talvez seja uma coisa que me irrite dentro da mídia que se declara Cyberpunk de uma forma geral, que é colocar o visual acima da substância. Sistemas de RPG mais antigos, como o Cyberpunk 2020, costumam se focar mais em “como estas armas funcionam” e “como o cyberespaço é um minijogo” do que em de fato tratar como essas coisas refletem dentro do universo e cenário do jogo.

Talvez isso seja uma coisa mais frequente em jogos de RPG mais “Gamistas” (focados em Regras, ao contrário de jogos mais narrativistas), mas certamente é um “clichê” do gênero dentro do mundo dos RPGs. Mesmo o “The Sprawl”, que usa a Apocalipse World Engine foca-se em funcionar a partir de “missões”, tal qual “Shadowrun”.

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“Mas é um jogo!”

Sim, e ainda sim encontramos jogos focados no interior dos personagens e como eles reagem com o mundo. Vampiro: A Máscara por exemplo, faz com que atitudes “seguras” sejam mais bem recompensadas do que as mais arriscadas (pelo próprio sistema, relativamente punitivo).

Raros são os jogos que abordam a parte “punk” do Cyber, e talvez eu possa recomendar um dos jogos que não só o recompensam por interpretar seu personagem, como torna quase obrigatório: “The Veil”, ou “O Véu” que saiu pela Fábrica Editora (fizemos um texto sobre ele aqui).

E vocês? Recomendam algum RPG que atinja mais o cerne da literatura Cyberpunk? Deixem nos comentários!

 

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