Buzzkill – O Poder é uma Droga, lançado pela editora Devir, com roteiro de Donny Cates e arte de Geoff Shaw, é uma história curtinha, com uma premissa que me faria acompanhar o título por umas 50 edições a mais.
![Arte de Buzzkill](https://i0.wp.com/quintacapa.com.br/wp-content/uploads/2022/02/imagem-2-5.jpg?resize=750%2C417&ssl=1)
Buzzkill – O Poder é uma Droga conta a história de um herói que só acessa seus poderes ao consumir álcool ou drogas. Na verdade, várias substâncias afetam Ruben, como cafeína. Porém, o texto de Donny Cates deixa claro que há um vício envolvendo o personagem. E quando falamos Ruben, ou personagem, é porque esse nem é o nome dele e nem sabemos qual é o verdadeiro. E isso é uma sacada boa no quadrinho. Nós nunca nem sabemos o nome desse herói, só o que ele se apresentou em uma roda do Alcoólicos Anônimos, o AA.
![Buzzkill](https://i0.wp.com/quintacapa.com.br/wp-content/uploads/2022/02/Imagem-3.jpg?resize=750%2C421&ssl=1)
Eu gosto do trabalho de Donny Cates em geral. Ele me fez ler Venom depois de quase duas décadas, e só derrapou feio com Rei das Trevas. E ele acerta em 75% de Buzzkill – O Poder é uma Droga. Não que o final seja ruim, mas existem muitas lacunas em aberto (quais foram as batalhas de Ruben? Como foi o convívio dele com a equipe que é uma mistura de Vingadores e Liga da Justiça? Quais foram os traumas que ele causou a sua ex-namorada?) e a quarta parte termina muito rápida. São apenas 100 páginas de um quadrinho que poderia render muito mais.
É como falei, eu toparia ler umas 50 edições do calvário de Ruben e o seu problema com álcool e drogas dentro de um universo de super-heróis.
![Buzzkill](https://i0.wp.com/quintacapa.com.br/wp-content/uploads/2022/02/imagem-4-2.jpg?resize=750%2C420&ssl=1)
Geoff Shaw, que trabalhou com Cates em Thanos, é uma cópia até boa do Adam Kubert. Ele tá lá pra dar aquele impacto visual, com o traço estilizado e pancadaria de super-heróis. E funciona, pois ele divide bem entre o franzino Ruben sóbrio do cabeludo e bombado herói bêbado. Faltou só uma degradação maior para quando Ruben estivesse complemente drogado. Essa degradação está mais presente em uma espécie de Doutor Estranho hippie que aparece na trama.
![Arte de Buzzkill](https://i0.wp.com/quintacapa.com.br/wp-content/uploads/2022/02/imagem-5.png?resize=750%2C288&ssl=1)
Existem muitas lacunas em Buzzkill – O Poder é uma Droga, até demais pra fazer esse quadrinho virar uma obra obrigatória, que desconstruiria o gênero de super-heróis. Mas é inegável que é uma boa história. Torcer para Cates e Shaw voltarem a esse universo, trabalhando de forma mais detalhada o passado e os vícios de Ruben.
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