A busca por um segredo que envolve os megálitos da região de Carnac, na França, é a grande obsessão da vida do professor Stukeley, embora caiba ao bom e velho tio Martin descobrí-lo finalmente, tendo um misterioso perseguidor em seu encalço.
A trama “As rochas de Carnac” costura os elementos clássicos da série, como História, teorias da conspiração e uma jornada por diferentes partes do mundo, ao resgatar a figura real de Pedro, o Eremita, e cruzá-la com os enigmáticos monumentos rochosos forjados pelo homem.
Ditos como local de cura e religiosidade, os menires localizados na França são alvo de profundo interesse do professor Stukeley. Mas suas pesquisas têm um custo e, temendo pela própria segurança, decide compartilhar com Mystère suas descobertas e conhecimento coletado.
E antes que possa explicar melhor as razões de seu estudo, acaba morto por criminosos que procuram seus arquivos. A saída que nosso protagonista encontra é partir com um grupo que envolve a filha de Stukeley, Esmeralda, e um galante aventureiro, Adam Falk, atrás de respostas para o caso que tem em mãos.
O roteiro de Alessandro Bilotta é aventuresco na medida certa, com uma pegada arqueológica que remete ao terceiro filme da saga cinematográfica de “Indiana Jones“. O traço de Luigi Coppola é competente, se destacando ao retratar lugares históricos, como a Catedral de Amiens.
Os mistérios que envolvem as rochas megalíticas concentradas na região de Carnac, na França, até hoje são objeto de estudo, e a falta de consenso sobre as reais intenções dos homens que as puseram alinhadas (Homenagens funerárias? Estudos astronômicos? Rituais religiosos?) abre flancos para criações ficcionais como esta trama.
Se o terço final da trama peque por buracos nas explicações sobre o mistério de Carnac, ao menos a conclusão é fiel às motivações de alguns personagens. Ainda que seja duro para Martin aceitar certas escolhas tomadas.
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