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Música: Uma conversa com a banda Tchandala

Tchandala

Conversamos hoje com Dejair Benjamim frontman da banda de Heavy Metal sergipana Tchandala. A banda que lançou recentemente seu terceiro álbum intitulado “Resilience” tem uma vasta experiência na cena nacional contando com, além dos álbuns, participações em coletâneas e tributos ao Anthrax e Edu Falaschi.

Opa! Agradeço por nos disponibilizar um tempo para responder algumas perguntas. Conte-nos um pouco de como foi o início do Tchandala.

Dejair: A banda surgiu no início dos anos 90, a partir da vontade que Hemerson Pidele e eu tínhamos de ter uma banda de metal. Hemerson é um grande amigo que fez parte no início. Ele cantava e eu tocava baixo.

Quais principais influências da banda? São muito divergentes entre os membros?

Dejair: São bastante diversas, e o conjunto contribui muito para a identidade das músicas. Gosto muito de Savatage, Dark Avenger, Nevermore, Symphony X, Judas Priest e muitos outros. Pablo é fã de Rush, Enchant, Aghora, Cynic, Dave Matthews Band e bandas indie dos anos 90, como a Brincando de Deus. Sandro gosta de Nocturnal Rites, Hibria, Savatage, Manowar e Avantasia. Thâmise de Judas Priest, Dio, Malmsteen, Doug Aldrich e Jimmy Hendrix. Siuari ouve Children of Bodom, Kreator, Epica, Dark Tranquility, Dream Theater e Angra.,

Tchandala já passou por algumas mudanças no line-up. As mudanças na formação influenciaram muito no som e direcionamento da banda?

Dejair: Sim, com certeza. As pessoas que saíram geralmente o fizeram por motivos pessoais, não relacionados à banda. Temos contato com a maioria e inclusive frequentam nossos shows. Como cada um traz suas influências para as composições, a troca de integrantes faz diferença. Talvez uma das maiores tenha sido quando Tony saiu, porque decidimos que em lugar de um novo tecladista teríamos um segundo guitarrista. As músicas ficaram mais pesadas e com riffs durante os solos.

Fale um pouco sobre o atual trabalho “Resilience”? Como escolheram as músicas?

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Dejair: Na verdade não escolhemos, já que nenhuma ficou de fora. Fomos compondo com apenas uma regra: as músicas tinham que fazer sentido para todos na banda.

Tchandala - Capa Resilience

E para a divulgação do mesmo, a Banda pretende trabalhar em algo para impulsionar este trabalho? Um videoclipe, quem sabe?

Dejair: Sim, lançamos o lyric vídeo da música Resilience, e em breve lançaremos videoclipes de algumas músicas. Além disso estamos agendando shows e Pablo (baterista) está escrevendo um tourbook sobre o processo de composição do cd, as letras e a arte do mesmo.

Falando um pouco sobre composição, como funciona essa parte? Qual processo de composição do Tchandala? Existe algum tipo de divisão entre os membros?

Dejair: Nos preparamos mais para este cd. Thâmise e Will compuseram as músicas inicialmente, e gravamos uma base que serviu para que cada integrante fosse compondo a partir disso. Sandro tem excelentes ideias sobre a estrutura das músicas. Pablo e eu compusemos as letras, e dedicamos muito tempo a isso. Marcos Franco e Dan Loureiro produziram o cd e contribuíram muito. Ter feito uma pré-produção fez muita diferença no resultado, e é algo que faremos sempre a partir de agora.

A Banda tem um tema específico na hora as composições?

Dejair: Não, mas partimos sempre de algo que nos chama a atenção e nos provoca emoções. Neste cd todas as músicas têm foco em algo que de alguma forma estamos vivendo. As letras falam sobre superação, a importância do desenvolvimento de empatia, a influência da música em nossas vidas, corrupção, a batalha de um amigo dependente químico, a necessidade de equilíbrio entre progresso e preservação, e os processos do Universo e da vida, entre outros.

Tchandala - Banda

Qual a importância das letras no som da Banda?

Dejair: Desta vez escrevi as letras junto com Pablo, e gostamos tanto do resultado que com certeza vamos manter isso! Manter uma banda de metal ativa tem um preço alto, especialmente em relação ao bem mais precioso que temos, o tempo. Por isso todo o esforço perderia o sentido se as letras fossem superficiais e não nos provocassem emoções intensas. As letras têm muitos elementos importantes para nós, e quem tiver interesse poderá ler sobre isso no tourbook.

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Como anda a cena Local?

Dejair: A cena local, especificamente em Aracaju, está pouco ativa em relação a shows. Muitas casas fecharam, e outras não abrem espaço para bandas de metal, ou cobram preços altos e disponibilizam somente os domingos para o estilo. Em relação à parte musical, temos excelentes bandas por aqui. Nos interiores os shows acontecem com mais frequência, e o público vai.

Quais bandas que vocês têm ouvido recentemente?

Dejair: Sandro e eu voltamos às origens e atualmente temos ouvido as bandas que citei.

Siuari está ouvindo Mayan, At the Gates, Megadeth e Dream Theater.

Pablo tem ouvido Evergrey, Evanescence (gosta muito da voz dela), Judas Priest, Sylvan, Symphony X, Porcupine Tree e Threshold.

Como está o andamento de shows? Existem planos para turnê?

Dejair: Temos shows agendados em várias cidades pelo Nordeste, e estamos negociando outros.

O que o futuro (próximo) reserva para o Tchandala?

Dejair: Trabalharemos intensamente na divulgação do Resilience, esperamos conhecer novas pessoas, bandas, cidades, e continuar fazendo cds que sejam motivo de orgulho quando olharmos para trás.

Alguma consideração final para a galera que acompanha o trabalho de vocês ou que estão conhecendo agora?

Dejair: Obrigado pelo espaço! Esperamos que gostem do cd e venham aos shows. Pela nossa página no Facebook podem acompanhar as atividades na banda e entrar em contato. O Resilience tem várias camadas, então sugerimos que ouçam as músicas com o encarte em mãos e acompanhem as letras e a arte, assim terão a experiência completa que queremos transmitir com o cd.

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Com formação em análise e desenvolvimento de sistemas, assume o desenvolvimento desse site e mais alguns outros. Pai de Valentina, Edgar e Raul, escreve algo aqui sobre games, música ou tecnologia sempre que os pequenos deixam.