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Knights of the Zodiac: Saint Seiya – Primeiras impressões

Knights of the Zodiac: Saint Seiya
(Netflix/Toei Animation)

Os fãs mais velhos odiarão a nova versão da Netflix de Cavaleiros do Zodíaco, Knights of the Zodiac: Saint Seiya, mas a nova geração abraçará a ideia fortemente. Esta resenha não contém spoilers. Mesmo que 90% das pessoas que lerão ela já saber toda a história.

Funcionando mais como um remake de uma das franquias mais importantes e famosas da história dos animes: Knights of the Zodiac: Saint Seiya da Netflix, leva a ideia original com bastante CGI com apenas seis episódios. A história, apesar da pressa, e, por causa disso, quase cair na mesma armadilha da tragédia que foi A Lenda do Santuário, 2014, se saiu razoavelmente bem em conseguir adaptar os personagens e as ideias do anime original. Mas o grande problema para mim, foi a animação. Ela fica diversas vezes sem vida. Talvez seja os filtros de cores, cenários e alguns elementos 2D que foram usados na animação, mas somando tudo que anotei neste quesito, a coisa não foi satisfatória.

A história começa com um breve prólogo antes de dar um salto no tempo mostrando o jovem e órfão Seya vivendo quase na clandestinidade. Todos esses anos, ele está a procura de alguma informação que leve o paradeiro de sua irmã Seika – na versão americana ficou Patrícia. Por causa disso, Seya acaba sendo recrutado por Alman Kido (Mitsumasa Kido na versão original do anime) para cumprir seu destino e se tornar um lendário Cavaleiro de Bronze que lutará na guerra secreta entre os Deuses para conquistar a Terra. Na primeira metade dos seis episódios, os Cavaleiros Negros e as forças das trevas fazem o papel dos vilões e acontecimentos que levam Seya para seu treinamento para desenvolver seu poder e virar um guerreiro de Atena, depois de lutar com vários guerreiros prolíficos. A segunda metade mostra o início da luta que culmina em um confronto final entre Nero e Seiya antes de terminar com a possibilidade de uma segunda temporada.

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Knights of the Zodiac: Saint Seiya
Esta imagem eu peguei na internet (créditos para seu criador ou criadora), só achei legal colocar ela no meio do texto para dar um ar especial. =)

Para quem ainda não sabe, a Netflix tem mais 6 episódios programados para serem lançados em algum momento, com essa primeira temporada cobrindo a história do arco da Guerra Galática até o arco dos Cavaleiros de Prata. Eu imagino que a Netflix, está avaliando a reação do público primeiro antes de liberar a segunda parte. E honestamente, a animação funciona bem, crianças adorarão, mas o que pode causar problema é estilo estético e a CGI usada. Mas isso dependerá de cada pessoa que está vendo pela primeira vez ou não. Pessoalmente, quebrou todo o prazer nostálgico quando assisti, mas minha a faixa etária ficou para trás, nos anos 90, já venceu.

Em Knights of the Zodiac: Saint Seiya os personagens principais são dublados por Hermes Baroli (Seiya), Élcio Sodré (Shiryu), Francisco Bretas (Hyoga), Úrsula Bezerra (Shun), Leonardo Camilo (Ikki) e Letícia Quinto (Saori Kido). Eles conseguiram trazer quase todos os dubladores originais e isso é uma das coisas positivas para falar. Na verdade, lá no fundo, eu assisti para rever essas lendas redublando esses personagens tão icônicos. Mesmo que a legenda tenha as mudanças dos nomes, os dubladores decidiram manter tudo da forma original.

Pessoalmente, não sou fã de 3D/CGI e assisti inúmeras animações nesse estilo, Knights of the Zodiac: Saint Seiya, flui bem e muitas vezes os modelos de personagens parecem relembrar o mais recente jogo Dragon Quest, enquanto tentam manter os embates, dramas e ideias do anime original no processo. O resultado é algo que realmente parece que a nova geração de crianças podem realmente gostar de assistir, rapazes e moças lutando por uma Deusa que gosta as vezes de usar a violência, ossos quebrados e golpes legais para provar seu valor como Deusa da Paz.

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Como qualquer remake, é sempre difícil capturar o coração e a essência do original. Mesmo que seja algo positivo trazer de volta os personagens e ideias de um anime tão nostálgico para o ocidente, Knights of the Zodiac: Saint Seiya não tem a mesma profundidade e coração. Eu sinto que a animação ajustou alguns elementos desnecessários, a introdução ajuda muito uma criança entender todo o folclore que ela vai assistir, mas a Netflix tem Saint Seiya: The Lost Canvas, 2009, com todos os 26 episódios incluídos em sua plataforma, como ela vai recomendar esse anime para uma criança que acabou de assistir sua versão em CG? Meio difícil conseguir encontrar um bom caminho para responder essa pergunta.

Knights of the Zodiac: Saint Seiya
Élcio Sodré (Shiryu), Francisco Bretas (Hyoga), Úrsula Bezerra (Shaun).

Veredito

Knights of the Zodiac: Saint Seiya poderia perigosamente ser uma série que não conseguiu decidir que público-alvo quer alcançar. Visualmente, o 3D/CGI não atinge bem seu propósito final e os fugazes 6 episódios não conseguem realmente mergulhar profundamente no coração e ideias que a animação quer apresentar. Eu acredito que Knights Of The Zodiac parece mais um experimento para testar as reações do público a esse no novo estilo de contar as aventuras do Seya e sua trupe, a adaptação terá um grande público – No Brasil principalmente. Mas, por incrível que possa parecer, Saint Seiya não será o pior anime do ano e muito menos o melhor.

Termino com uma frase adaptada do Capitão Planeta toda que vez que ele ia embora: “O Poder é de Vocês!”, neste caso, o poder será de vocês decidirem se gostarão ou não dessa animação.

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Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.