Al Ewing continua aqui seu trabalho planejado para o Gigante Esmeralda, em parceira com Joe Bennett nos desenhos, e, necessário reconhecer, o faz com brilhantismo inquestionável.
Nas cinco edições originais americanas compiladas neste volume, ao contrário do primeiro tomo, temos uma história contínua, apresentando novos coadjuvantes no elenco. É o caso do general Fortean, que coordena a Base Sombra, organização secreta governamental empenhada em caçar e estudar a natureza de Hulk de todas as formas possíveis. Para isso, instiga os Vingadores a prender o alter-ego de Bruce Banner, numa ação espetacular que varre uma cidade inteira do mapa, tamanha a força empregada no embate.
Mas os mesmos heróis que assim ajem começam a suspeitar do destino dado ao antigo aliado, em vista do silêncio por parte do governo após receber Hulk sob custódia. E partem em sua busca, curiosos sobre o que está realmente acontecendo. Mal podem imaginar as bizarras experiências ocorridas na Base Sombra, que literalmente desmembram o Golias Verde, de modo a compreender seus novos poderes.
Dada a inevitável fuga de Hulk, após dantesca cena de revanche consumida contra o cientista que o torturava, outro adversário se interpõe em seu caminho, o Homem Absorvente, o desafiando em seu próprio domínio, sem imaginar que isso abriria passagem para o desconhecido…
Ewing surpreende o leitor com os conceitos apresentados, ampliando pontos sugeridos no volume anterior, como o poder de regeneração do Hulk; e encadeando cenas de ação cinematográfica com passagens de escatologia horripilante, dando mostras que o quadrinho transita com folga entre gêneros.
Bennett segue com suas splash pages que pedem minuciosa apreciação, tal a riqueza de detalhes, em geral nos pontos da história em que o horror se destaca. O título é, enfim, um ponto fora da curva na Marvel Comics.
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