Tem certas coisas que por mais que leia sobre, por mais que pesquise, continuam sendo difíceis de compreender, muito menos de aceitar. Uma das principais é a maneira como as mulheres são tratadas em países do oriente médio, como o Iémen, um dos locais citados na HQ “O Mundo de Aisha” – A revolução silenciosa das mulheres no Iêmen (Nemo), de Ugo Bertotti.
Obrigadas a casar meninas e a dar filhos aos maridos, de “preferência” do sexo masculino. E durante esse tempo são tratadas como escravas, obrigadas a usar roupas que deixam apenas os olhos expostos, e em qualquer “deslize” são violentadas, com o apoio social, quando não terminam mortas.
Nesta obra, o italiano Ugo nos apresenta cinco exemplos. A primeira história já deixa o leitor muito impactado, mesmo sendo uma realidade que não é escondida do mundo.
Na segunda, o exemplo de Hamedda emociona o leitor com amplitude semelhante, mas de uma forma diferente, ou seja, mostra que mesmo diante de tanta crueldade existem verdadeiras heroínas que conseguem superar situações simplesmente absurdas.
Todas as histórias ganham o reforço de fotos de Agnes Montanari, fotógrafa e documentarista.
Mudanças
É complicado ter esperanças de que realidades com essas vão mudar, afinal de conta estamos falando de séculos de história, mas essas “revoluções silenciosas dessas mulheres” deveriam ter mais força aos olhos do mundo e provocar mudanças mais eficientes.
Leituras como a dessa história em quadrinhos também são fundamentais neste caminho. Em outras palavras, “O Mundo de Aisha” deveria ser obrigatória.
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