Aproveitando os embalos tanto da PSN Plus oferecendo o jogo no serviço, quanto a postagem nova do site sobre P.H. Lovecraft, venho aqui falar pra vocês sobre Bloodborne. Jogo exclusivo de Playstation 4, lançado em março de 2015, produzido pela FromSoftware e publicado pela Sony.
Falar sobre Bloodborne sem fazer comparações com Dark Souls e Demons Souls é praticamente impossível, mas vamos lá, em entrevistas, o diretor Hidetaka Miyazaki, o diretor das três séries deu declarações esclarecedoras, “Bloodborne possue o mesmo DNA de Demons Souls”, para os conhecedores de génetica básica sabem que isso não quer dizer igualdade, e que, apesar da semelhança, “Nunca foi produzido com a intenção de ser um Demons Souls 2”, afinal a Sony queria uma IP nova para apresentar na nova geração de consoles que na época estava por vir, pois a produção de Bloodborne começou paralela a de Dark Souls 2.
Com carta branca da Sony, Miyazaki colocou muito do seu gosto pessoal no título, que rendeu um jogo excelente em todos os aspectos, se inspirando em Drácula e especialmente Lovecraft, o ultimo em especial por ser de muito estima para o diretor, ele ambientou todo o jogo em um clima que chega ser mais agressivo daquele visto em Dark Souls, particularmente eu defino Dark Souls como “pesado”, Bloodborne chega a ser “grotesco”, pois além de mais denso visualmente, o gameplay é mais agressivo, que serão detalhados nos tópicos mais a frente:
ENREDO
Bem vindos a Yharnam, a cidade mais famosa do mundo pelas suas curas as mais diversas enfermidades, contando com uma arquitetura gótica exuberante e única. Muitos viajantes se aproximaram em busca das curas milagrosas e por muito tempo houve apenas a paz, mas com o tempo, uma forte doença chegou a cidade, com ela, tanto moradores quanto viajantes passaram a se tornar feras grotescas e ensandecidas por sangue. Para combater esse mau que apenas a cura não dava mais conta, um grupo de caçadores foi criado com o objetivo de eliminar todas essas criaturas e limpar a cidade e é aí que entra o jogador, como mais um visitante em busca da cura de suas enfermidades, é necessário provar o seu valor em caçada para receber a cura.
Como dito antes, diversas referências a P.H.Lovecraft estão presentes, mas inseridas de maneira bem sistemática e sutil, como todo bom jogo do Miyazaki, aberto a interpretações. A internet está cheia de teorias que são muito boas de ver pois ajuda até mesmo você a criar sua própria interpretação, além de fica uma recomendação de leitura.
GAMEPLAY
Como é possível observar na imagem, Bloodborne é aquilo que a comunidade gamer chama de soul’s like, ou seja, semelhante a Dark Souls, mas ele não é igual, diferente do seu primo mais velho, Bloodborne conta com um gameplay mais acelerado e agressivo e com um sistema de risco recompensa mais atrativo, onde após levar um dano, o personagem tem a chance de “tomar de volta” seus pontos de vida em um prazo curto de tempo gerando dano no inimigo. Para equilibrar mais ainda, foi inserido armas de fogo, que tem por função, desarmar os inimigos, permitindo mais fugas rápidas, contra-ataques e ataques críticos.
As armas são mais versáteis e tecnológicas comparadas as fantasiosas de Dark Souls, tendo uma transformação disponível para cada arma que altera completamente seu método de uso mas permite ainda mais interação no combate, que conta com um sistema de cura rápido com o uso de um botão apenas. Não há a presença de armaduras, apenas trajes que auxiliam nos status do personagem, afinal o uso de armadura prejudicaria a mobilidade que é a chave do jogo, assim como também há escudos presentes no jogo, mas fica a conta e risco do jogador usar, palavras dos desenvolvedores do jogo: “Não adianta nada usar escudo contra inimigos agressivos”.
DLC
Em novembro de 2015 foi lançada a dlc: The Old Hunters, que transporta o jogador para o Pesadelo do Caçador, onde tem que lidar com o terrível passado da era das caçadas, um ambiente ainda mais brutal com as mais diversas revelações.
A expansão conta com um mapa gigantescos, novos inimigos, novas armas, novos boss e ainda mais conteúdo para a rica história.
TRILHA SONORA
A trilha sonora foi uma co-produção entre a divisão de música da Sony Computer Entertainment, neste caso tanto da SCEA como da SCEJ, e a produtora do jogo, a From Software. Gravada nos estúdios Abbey Road, e nos estúdios AIR, ambos em Londres, a banda foi criada com uma orquestra de 65 pessoas, com um coro de 32, juntamente com vários artistas e instrumentos solo. Foram compostos cerca de 94 minutos de música na From Software e as misturas foram feitas na sede da PlayStation na Califórnia. Nomes de peso fazem parte dessa composição: Yuka Kitamura (Dark Souls II), Ryan Amon (Assassin’s Creed Unity), Cris Velasco (God of War, Borderlands 2, Mass Effect 3), Nobuyoshi Suzuki, Tsukasa Saitoh da From Software (King’s Field IV, Armored Core 3) e Michael Wandmacher (Drive Angry, Piranha 3D, Punisher: War Zone, Twisted Metal). Depois também foi feita uma trilha sonora inédita só para a dlc.
CONCLUSÃO
Eis aí uma obra de arte na área de games, digno da atual geração de games, pega uma fórmula já usada e consegue aplicar de uma maneira única, uma história profunda que usa a obra de P.H.Lovecraft de maneira maestral, então para aqueles donos de PS4 que inclusive possuem PSNPlus, aproveitem que o jogo está disponível no serviço, usufruir dessa obra de arte chega quase a ser uma obrigação como gamer.
Texto do Mateus Batista
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