Para quem ainda insiste em acreditar que histórias em quadrinhos é coisa exclusiva para crianças existem algumas histórias que são perfeitas para convencê-los do contrário. Essa foi a principal sensação que tive ao reler “Crise de Identidade” (Painini), de Brad Meltzer (roteiro), Rags Morales (desenhos) e Michael Bair (arte-final).
A começar pelas capas de Michael Turner (para quem tiver a primeira versão em sete volumes). Na primeira, por exemplo, podemos ver um caixão e heróis como Arqueiro Verde, Flash, Gavião Negro, tristes, e o Superman derramando uma lágrima.
Ainda neste primeiro volume temos um acontecimento que deixa a todos impactados, principalmente para aquele leitor que deixou de ler gibis de super-heróis ainda no início da década de 80. Sue, a esposa do Homem-Elástico, é assassinada dentro de casa.
Esse acontecimento é responsável por gerar vários conflitos dentro da Liga da Justiça. Um deles é um medo generalizado entre praticamente todos os heróis, que temem por suas esposas e familiares. Afinal de contas, se alguém teve a coragem e audácia de atingir uma dessas esposas, por que as demais estariam em segurança? E qual seria o motivo?
A única coisa que se sabe no início é que só poderia ser um super-vilão! Isso porque não deixaram rastros, nem pistas!
A investigação
Entre um todo o grupo, um número reduzido de heróis tinha informações que indicavam para um “principal suspeito”. Começa, então, a correria para captar esse suspeito, obter todas as provas, e, ao mesmo, proteger quem supostamente estava em perigo e esconder um grande segredo que poderia abalar as estruturas da Liga da Justiça.
Na virada do século, a DC Comics passou a buscar talentos de fora do meio tradicional. E foi assim que surgiu o nome de Brad Meltzer, autor de livros que continuam assassinatos misteriosos, tramas policiais e teorias da conspiração. E deu certo: todas essas temáticas se encaixam perfeitamente em Crise de Identidade, um dos crossovers mais sombrios e polêmicos das histórias em quadrinhos.
Leave a Reply