Não deixe de conferir nosso Podcast!

Crítica | Muse – Simulation Theroy (2018)

Capa do novo álbum do Muse

Em novembro chegou a trama mais diabólica do trio de mercenários do reino unido. A coisa está completamente dentro de um mundo cibernético. A proposta e tema do álbum é que adquirir as contas da Netflix, HBO Go e Amazon Prime, alcançamos a singularidade tecnológica no meio de uma festa no mundo de “Stranger Things”. Sério mesmo.

Se isso soa como o enredo típico de qualquer álbum do Muse, ele se torna essencialmente autobiografia. Lançado no começo do bem-vindo ao oitavo trabalho deles, bem-vindo ao Simulation Theory. O álbum mais divulgado e mais implacavelmente com maior tempo do Muse até agora, acredito que seja uma tentativa de reproduzir a onipresença Spotify, a primeira faixa é chamada “Algorithm”. Se é uma pessoa que passa horas na internet saberá o que isso significa. Finalmente o vocalista Matt Bellamy admitiu que, apesar das ambições operísticas de Muse, eles sempre foram uma banda pop.

 

O álbum é uma pirotecnia instrumental praticamente produzido pelo trio de músicos. Eles realmente fizeram tudo ou quase tudo nesse álbum.

Os vocais conhecidos de Bellamy estão cheios de discursos triviais sobre se libertar e superar uma coisa ou outra: há pouca diferença funcional entre Muse e a músicas da contora Rachel Platten (procurem a faixa Fight Song). Não entendeu? Digamos que o Muse é uma banda que faz muitos singles, juntam todos eles e falam que aquilo é um álbum.

Eu não estou de forma alguma criticando a banda e seu novo álbum, não gastaria meu tempo com isso, mas Simulation Theory é algo que você precisa muito gostar da banda para engolir. É um álbum atual em sua proposta, tem coisa que toca fácil em rádio, mas as faixas não são originais e as vezes me soou muito simples. É como se fosse proposital para apenas vender, o enredo tecno distópico é muito parecido com o filme Jogador Nº 1, não é? Até a capa é meia parecida.

LEIA TAMBÉM:  Crítica | Alquimia das Almas - Luz e Sombra (Segunda Temporada)

É até meio difícil engolir que uma banda que já fez algo incrível como os álbuns Drones e The Resistance, fizessem algo que parece AdSenses que ninguém nunca clica.

Esta é uma banda que desistiu de tentar parecer legal para a maioria de seus fãs. Muse faz aqui o que sempre fez e provavelmente sempre fará – acharem que ainda são adolescentes indiscriminados. Eles costumavam pensar que eram Batman de Christian Bale e estão começando a aceitar que não há problema em ser Adam West. É um álbum divertido, lotado de referência pop, coisas eletrônicas e que agradará os jovens, os velhos como a maioria de nós, esquecerá Simulation Theory para sempre em algumas semanas.

Nota: 3.0 de 5.0

 

Muse – Banda
Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.