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Dica de Leitura | Adam Wild Vol. 01: Os Escravos de Zanzibar (Editora Saicã)

Do coração da África vem… Adam Wild! Esse escocês destemido, inimigo ferrenho da escravidão e apaixonado por aventuras finalmente chega ao Brasil pela novata editora Saicã, que lançou o primeiro volume, “Os Escravos de Zanzibar“, via financiamento no Catarse.

Criação do mestre italiano Gianfranco Manfredi, conhecido por títulos como “Mágico Vento“, “Face Oculta” e “Shangai Devil”, “Adam Wild” foi lançado originalmente pela Sergio Bonelli Editore em 2014, durante 26 edições. A versão brasileira terá 8 volumes no total, compilando entre 3 a 4 edições italianas por volume.

Quem conhece os trabalhos autorais de Manfredi sabe como o autor costura de maneira engenhosa ficção com fatos históricos. Aqui, o cenário de fundo é o continente africano no século XIX, época de conflitos coloniais e intensa exploração dos recursos locais pelos países (supostamente) desenvolvidos.

A trama abre sem muitos rodeios, com o conde italiano Narciso Molfetta procurando Wild para que este sirva de guia em uma expedição curiosa: seguir os passos do lendário David Livingstone por terras africanas, de modo a descobrir mais sobre obscuros episódios de sua vida.

Figura real de relevante importância na causa anti-escravista, a trajetória de Livingstone acaba servindo como “mapa” para os primeiros números da série.  Afinal, é com o propósito de chegar na vila de Ujiji que Adam parte na companhia do Conde, embora este logo descubra que seu guia tem interesses próprios ao longo do caminho. O embate com os traficantes de marfim e de escravos é constante, e armado sem trégua. E dessa forma vão surgindo personagens como a princesa Amina, o fiel ajudante Makibu, o caçador Frost e a misteriosa Lady Winter.

Capa do primeiro volume de “Adam Wild”. Todos os direitos reservados a editora Saicã.

A arte é um deleite à parte, compartilhada por 3 nomes. Alessandro Nespolino desenha o primeiro número, sendo o responsável pela criação gráfica de Adam Wild. Darko Perovic, parceiro de Manfredi em vários trabalhos, responde pelo segundo enquanto Vladimir Krstic é o responsável pelo arco em duas partes que conclui o volume brasileiro. Todos são competentes ao retratar a savana e seus animais, as tribos e os mistérios que se encontram em pontos distantes da selva como Nyangwe.

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A editora Saicã está atualmente com a campanha para a publicação do segundo volume em curso no Catarse, com opções de combo que incluem marca-páginas colecionáveis e cards.

Parnaibano, leitor inveterado, mad fer it, bonelliano, cinéfilo amador. Contato: rafaelmachado@quintacapa.com.br