Em mais uma entrevista, conversamos dessa vez com a banda maranhense ALCHIMIST. Com uma pegada sólida, diversas influências bem marcantes e com passagens bastante inovadoras conseguem mesclar o Power e Prog Metal com maestria.
5C: Opa! Agradeço por nos disponibilizar um tempo para responder algumas perguntas. Conte-nos um pouco de como foi o início do ALCHIMIST.
ALCHIMIST: Que nada, nós que agradecemos a oportunidade. Na verdade, o ALCHIMIST surgiu da união entre interesses em comum e um pouco de sorte. Nós queríamos fazer algo diferente pela nossa cena e pela nossa vida através da música, e tudo meio que convergiu pra que pudéssemos realizar esse trabalho. E demos sorte por acharmos as peças mais do que perfeitas pra fazê-lo funcionar. O começo sempre é bem difícil. O acesso à informação era difícil, os custos pareciam ser sempre acima do que poderíamos pagar, mas nossos objetivos dependiam de um esforço ainda maior que essas barreiras. Depois de inúmeros ensaios e algumas apresentações, pegamos o jeito. Estudamos não só nossos instrumentos, mas o cenário local e nacional pra finalmente batermos o pé: Vamos fazer dessa banda o projeto de nossas vidas.
5C: Quais principais influências da banda? São muito divergentes entre os membros?
ALCHIMIST: Há bastante divergência, mas as coisas em comum meio que nos conectaram. Bandas nacionais como o Angra, Almah, Hangar, Sepultura, Sarcófago e Stress são exemplos de que nós com certeza olhamos pro nosso país antes de tudo. E, claro, as referências imediatas internacionais como Masterplan, Symphony X, Adagio, Helloween, Gammaray… Mas cada um tem sua particularidade. O Daniel (guitarra) sempre foi um cara de muita virtuosidade e passeia muito bem entre o fusion e metal. Já o Ruan (guitarra) tem uma veia ainda mais moderna, tendo em vista que ele é uma pessoa muito conectada com as músicas mais atuais. Ele trabalha com produção musical, então isso o mantém a par do que tem de mais novo sendo lançado. O Dã (bateria) veio do Death Metal, então é um diferencial gigantesco quando se fala em blast beats e pedal duplo. O João (baixista) tem uma veia dividida entre o progressivo (tanto o rock quanto o metal) e o heavy tradicional do Black Sabbath e Motörhead. E eu (Cássio) já tenho praticamente toda a minha formação musical no heavy metal dos anos 80 como Dio, Judas Priest, Saxon, Anthrax, Riot. Apesar desse espectro bem amplo, nós conseguimos ter uma linha de composição bastante unificada.
5C: Fale um pouco sobre o atual trabalho “The Wisher”? Como escolheram as músicas?
ALCHIMIST: O ‘The Wisher (EP – 2016)’ foi um material feito de algumas composições antigas com algumas ideias que posteriormente seriam continuadas no futuro. A faixa-título, por exemplo, foi uma de nossas primeiras composições. Outras como ‘Narcissus’ vieram um bom tempo depois, justamente pra somar forças pra constituir um trabalho sólido e com um resumo do que podemos fazer pelo Metal Nacional.
5C: E para a divulgação do mesmo, o Alchimist pretende trabalhar em algo para impulsionar este trabalho? Um videoclipe, quem sabe?
ALCHIMIST: Com certeza! Estamos trabalhando arduamente na produção de nosso primeiro videoclipe, que encerrará o ciclo do EP e nos dará uma direção a seguir para o próximo material. Estamos trabalhando internamente para que esse trampo possa sair o melhor possível.
5C: E falando em composição, como funciona essa parte? Existe algum tipo de divisão na parte lírica e instrumental?
ALCHIMIST: O João Lobo (baixista) fica com essa parte de letras e conceito, no sentido de dar a cara artística da banda nesse aspecto, no entanto a composição bruta fica a cargo do João e do Daniel (guitarra) porém as músicas só conseguem atingir um resultado final muito bom, quando os outros integrantes colocam suas ideias e todos tocam juntos a música, experimentando como a música soa com todos os integrantes e isso é muito importante para a identidade sonora da banda.
5C: O Alchimist tem um tema específico na hora as composições?
ALCHIMIST: No “The Wisher” por ser um primeiro trabalho, não exploramos uma temática central, mas as músicas tem conceitos individuais,sobre sentimentos humanos e ocultismo por exemplo. Em nosso próximo trabalho, um full lenght, exploraremos um cd totalmente conceitual e isso dará início a uma nova fase da banda.
5C: Como anda a cena Maranhense? Existem algumas bandas que vocês tem ouvido recentemente?
ALCHIMIST: Atualmente a cena vive um momento de incertezas, assim como o resto do país. Muita coisa vem afetando a mobilização de shows do estilo aqui na região, seja pela situação econômica do país, seja pela falta de apoio, seja pela falta de interesse. Mas acreditamos que a qualidade e o trabalho sério podem sobrepujar qualquer adversidade. Sempre nos apoiamos na ideia que um trabalho bem feito motiva o público a ir nos shows. E quem tem capital pra investir em cultura precisa ver coisas assim. Se as bandas trabalharem pra devolver essa motivação ao público, investimentos passam a ser viáveis, aquecendo toda a cena. E uma cena aquecida é propícia ao surgimento de outras bandas muito boas. É como um grande ciclo, que precisa ser iniciada de algum ponto. Então, chamamos essa responsabilidade pra nós. E aqui tem muita banda boa, de nível nacional, e que com certeza vão adentrar nesse meio underground pra fazer o que sabem fazer de melhor.
5C: Como está o andamento de shows? Ou vocês pretendem focar na finalização do álbum nesse momento?,/p>
ALCHIMIST: No momento o nosso foco é finalizar a gravação do clipe, arrumar nosso caixa, terminar nossas músicas e conseguir reunir uma equipe profissional que nos ajude a espalhar nosso trabalho na mídia especializada. O momento é de elaborar nossas estratégias e de preparar um bom alicerce pro que vem a seguir.
5C: O que o futuro (próximo) reserva para o Alchimist?
ALCHIMIST: Sinceramente, não sabemos. Lógico que devemos ter cautela com o futuro ainda desconhecido, mas a coragem é nossa aliada desde sempre.
5C: Alguma consideração final para a galera que acompanha o trabalho de vocês ou que estão conhecendo agora?
ALCHIMIST: Um recado: Confiem na gente. Estamos fazendo tudo de baixo pra cima. Todo mundo aqui acredita muito no potencial disso tudo e o apoio de todos vocês é realmente muito importante. O ALCHIMIST está só começando, mas não pretendemos parar tão cedo. Stay Heavy!
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