Em “Batman – O Impostor”, DC Black Label, de Mattson Tomlin (Roteiro), Andrea Sorrentino (Arte) e Jordie Bellaire (Cores), lançada pela Panini Comics em três partes, mais uma vez questiona a sanidade, os métodos e os resultados das ações do Homem Morcego são questionados.
A história inicia com o Batman/Bruce Wayne desmaiando, após uma ação complicada, justamente na casa de uma psiquiatra, ou seja, a profissional mais indicada para iniciar esse processo. Imagina-se que o próprio Bruce teria interesse nesse debate, já que quase sempre sabe os passos que dá, mas ele só concorda em “ser consultado” depois que a Dra Leslie Thompkins ameaça ligar para a polícia e revelar sua identidade secreta.
Mas se já tivemos esse debate em outras ocasiões, o que Batman – O Impostor traz de diferencial? A começar pelo modo como o roteirista Mattson Tomlin (um dos responsáveis pelo roteiro do novo filme do Batman, protagonizado por Robert Pattinson) trata o assunto. Já no primeiro volume o tema sai do simplório e apresenta a discussão de forma mais complexa.
Bruce, claro, usa dados da redução dos crimes violentos e garante que o motivo é o Batman e seus métodos de “trabalho”, contradizendo as sugestão da Dra Leslie, que acredita que o poder de Bruce Wayne poderia fazer muito mais eficiente se utilizando pelos meios políticos ou solidários.
Ao mesmo tempo, um poderoso empresário cobra da polícia, no caso do DPGC – departamento policial responsável por criminosos “diferenciados” – ações de combate ao Homem Morcego. Um de seus principais argumentos são os prejuízos econômicos causados à cidade exatamente por esses métodos aplicados pelo Batman, muitas vezes explosivos.
A arte
O desenho e a quadrinização de Andrea Sorrentino (Gideon Falls) se encaixam perfeitamente ao clima que o roteiro de Mattson Tomlin tenta imprimir a história. E as cores de Jordie Bellaire fecham bem esse ciclo. Tudo isso deixa bem claro que o momento é soturno e que apesar de muitos defenderem o herói, a loucura de Bruce Wayne, que perdeu os pais em um momento de extrema violência, é real e tem suas consequências.
Aguardem o resultado deste debate nos próximos volumes!
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