O Esquadrão Suicida não tão engraçado como aparenta ser, conheça as histórias mais sombria do super grupo de vilões da DC Comics.
O Esquadrão Suicida tem uma história bem sombria e nada engraçada. Claro, isso não é surpresa para ninguém. Eles são uma equipe composta por alguns dos piores (e melhores) super vilões da DC Comics. Unidos e dominados pelas mãos da formidável Amanda Waller para serem enviados em missões perigosas para o bem maior…digamos assim. A primeira versão do Esquadrão foi na HQ “The Brave And The Bold” nº 25 de 1959 (Origens Secretas – Volume 2). Mas só teria seu arco mais famoso e querido pelos fãs em 1987 pelo escritor John Ostrander. O nome da equipe acabou se transformando em Força-Tarefa X, mas o que pegou mesmo foi Esquadrão Suicida, que era um apelido que os personagens se autodenominavam quando saiam para fazer algum serviço debaixo dos panos para a Waller.
Muita coisa sobre história e origem do Esquadrão ainda é feita nesses moldes que o John Ostrander escreveu: eles são super vilões forçados a fazer o bem em troca de sentenças de prisão reduzidas, supervisionados por Amanda Waller.
A Força-Tarefa X contou com muitos membros ao longo dos anos. Porém, o grupo ganhou uma legião de leitores no reboot Novos 52 (2011), principalmente quando Harley Quinn se junta à equipe, ao lado de outros membros famosos, como Pistoleiro, Tubarão-Rei e a Magia. Outros vilões de DC serviram na equipe ao longo dos anos, incluindo Exterminador, Nevasca, General Zod, Capitão Bumerangue e Hera Venenosa, por exemplo.
O Esquadrão Suicida fez parte de alguns dos capítulos mais assustadores e divisivos da história da DC Comics. Quer estejam envolvidos em decisões criativas polêmicas, quase matando o Superman ou comendo acidentalmente seus companheiros de equipe, então aqui estão alguns momentos sombrios da Equipe durante sua história que você pode se interessar em saber.
Amanda Waller é a mente por trás de Tudo
A personagem de Amanda Waller é sinônimo de Esquadrão Suicida, graças à sua longa gestão como líder da equipe. Apelidada de “a parede” devido à sua natureza inabalável, Waller provou ser um dos personagens mais ferozes da história da DC Comics. Quer esteja enfrentando o Batman ou colocando supervilões na linha, ela é impiedosamente determinada, o que a torna a única pessoa capaz de gerenciar a Força-Tarefa X.
Waller apareceu pela primeira vez no quadrinho “Legends” nº 1 de 1986, foi aqui que ela sofreu um comentário racista de Rick Flag. Flag pergunta a Waller se ela “perdeu a cabeça de colhedor algodão” depois de ouvir seus planos de formar uma equipe de supervilões.
Waller responde: “Se você voltar a chamar qualquer coisa sobre mim com ‘colhedor de algodão’, senhor – vou enfiar aquelas águias brilhantes em seus ombros até o rabo…” Este momento serve para cimentar Waller como uma mulher dura que é, ao mesmo tempo em que destaca um aspecto polêmico da história do Esquadrão Suicida. A estreia de Waller é um marco para a representação e diversidade na indústria de quadrinhos e se tornando uma das personagens mais populares da DC.
A polêmicas roupas da Harley Quinn
O traje tradicional de Harley Quinn é bem conhecido, especialmente para os fãs de “Batman: The Animated Series“. Criado por Bruce Timm e Paul Dini, Quinn estreou no episódio “Joker’s Favor” de 1992 como a capanga e interesse amoroso do Príncipe Palhaço do Crime. Na animação, o visual e marca registrada de Quinn inclui uma fantasia de “bobo da corte” vermelho e preto que cobre da cabeça aos pés.
A fantasia “bobo da corte” ficou com Harley por anos. No entanto, em Os Novos 52, mudaram todo o aparato visual da personagem, incluindo um novo traje. Em sua estreia no quadrinho Esquadrão Suicida (2011), Harley se tornou quase irreconhecível para os fãs da animação dos anos 90. A fantasia icônica foi esquecida, em vez disso, Harley era abertamente sexualizada, seminua com um corpete revelador e calças apertadas.
O novo visual de Harley atraiu críticas de muitos fãs (mulheres e homens), que sentiram que a personagem foi objetivada. Essa hipersexualização acompanhou a personagem até a tela grande: o filme de 2016 de David Ayer, “Esquadrão Suicida”, também foi criticado pelo guarda-roupa extravagante de Harley, bem como pelas inúmeras fotos da personagem em posições provocantes.
Harley Quinn faz Pistoleiro usar a cara do Coringa
Uma personagem caótica como Harley Quinn está fadada a ter uma história sombria. A terapeuta que se tornou super vilã junta-se à Força-Tarefa X no quadrinho “Esquadrão Suicida” de 2011 depois de ser capturada por Canário Negro e recrutada por Amanda Waller, isso foi algo muito comentato na época. Harley provou ser uma carta na manga selvagem nos arcos que participou nos quadrinhos: apesar de seus melhores esforços para superar seu passado com o Coringa a levarem a muitas situações complexas. Isso inclui um confronto terrível entre ela e seu novo interesse amoroso, o Pistoleiro.
Nos Novos 52, o Coringa tem seu rosto removido cirurgicamente pelo Mestres das Bonecas para provar ao Batman que, ao contrário dos membros da família Bat, Coringa é quem ele é, mesmo sem sua máscara. O rosto decepado acaba finalmente nas mãos de Harley Quinn.
Lutando com a suposta morte de seu pudim, Harley usa Pistoleiro como modelo para o resto do Coringa, prendendo ele numa cadeira. Ela então passa a ter uma das sessões de terapia mais horríveis de todos os tempos, falando com Pistoleiro como se ele fosse o Coringa até que ele consegue se libertar. Este momento fica pior quando os leitores se lembram da cena de sexo de Harley e Pistoleiro no inicio do arco.
Amanda Waller foi redesenhada e ninguém aprovou a ideia
A estreia de Amanda Waller na DC Comics foi um grande negócio para a editora. Durante uma época em que as personagens femininas tendiam a ser jovens, brancas e magras, o criador John Ostrander queria algo diferente para Waller. Em entrevista ao Vulture, Ostrander descreveu o processo criativo por trás das origens de Waller: “Para começar, eu queria alguém que fosse afro-americano, porque na época não havia tantos personagens afro-americanos nos quadrinhos. E eu queria uma personagem feminina porque não tínhamos muitas personagens femininas também … E eu pensei que ela deveria ser um pouco mais velha. “
É provavelmente por isso que muitos fãs se sentiram traídos quando Amanda Waller estreou novamente como parte do reboot dos Novos 52 da DC. A renovada Amanda ainda era uma mulher negra, porém magra, musculosa e muito mais jovem. Mas ninguém concordou com isso por muito tempo.
Principalmente Ostrander que criticou a nova aparição de Waller em uma coluna que ele escreveu para a Comic Mix intitulada “Up Against The Waller”. Ele classificou as mudanças como “equivocadas”, explicando: “Havia e há razões pelas quais ela parecia ter o que era. Eu queria que ela parecesse formidável e visualmente diferente de qualquer outra pessoa por aí. Torná-la jovem, esbelta e sexy acaba perdendo isso.” Muitos fãs concordam.
Nevasca quase matou o Superman
O Esquadrão Suicida tem uma história sombria dentro e fora das páginas dos quadrinhos, com personagens e criadores tendo grandes controvérsia de ideias ao longo dos anos. Um dos momentos mais sombrios da história da equipe envolve Superman quase encontrando sua morte nas mãos da Nevasca.
A série “Liga da Justiça vs. Esquadrão Suicida” de 2017 mostra a Liga da Justiça perseguindo Amanda Waller e a Força-Tarefa X depois de descobrir sua existência. Fiel à forma, Waller e a equipe não desistem sem lutar. Na segunda edição desse arco, a Magia e Nevasca derrotam o Superman em uma impressionante demonstração de força.
A Magia enfraquece o Kryptoniano com seu poder, e Nevasca, agindo sob as ordens de Amanda Waller, usa seus poderes para absorver a força vital do Superman. O herói é rapidamente enfraquecido, murchando como uma concha semelhante a um cadáve, enquanto Nevasca recebe todo aquele poder surpreendente. A experiência de quase morte do Superman serve para lembrar os leitores da diferença mortal entre as duas equipes, resumida melhor pelo o Pistoleiro nesse mesmo quadrinho: “A Liga da Justiça não mata … mas nós matamos!”
Hera Venenosa controlou a mente do Conde Vertigo e o fez seu escravo
Os poderes da Hera Venenosa a tornam uma adição valiosa ao Esquadrão Suicida quando ela se alia à equipe. Uma botânica talentosa, Hera pode secretar toxinas incapacitantes de sua pele, sobreviver ao contato com todos os tipos de venenos, controlar a vida das plantas com sua mente e, talvez o mais intimidador, manipular outras pessoas por meio de feromônios que alteram a mente. Se Hera quiser que você faça o que ela quer, ela vai conseguir o que quer.
Sua lista de vítimas inclui o Conde Vertigo, que se juntou ao Esquadrão Suicida em 1989.
Depois que ela é enviada por Waller para libertar Vertigo do controle dos rebeldes Vlatavianos, Hera aproveita a oportunidade para colocá-lo sob seu próprio comando. Ela o força a obedecê-la e permanecer leal contra sua vontade. As implicações éticas do controle da mente de Hera são questionadas por Waller, que apropriadamente rotula Hera de “proprietária de escravos”. Waller finalmente consegue quebrar o controle da mente de Hera e restaurar o livre arbítrio de Vertigo, embora Vertigo compreensivelmente guarde um rancor contra ela até hoje.
General Zod um dia já foi do Esquadrão Suicida
A série “Esquadrão Suicida” de 2016 leva a equipe a um novo patamar com a adição de um supervilão lendário: General Zod. Neste arco, Amanda Waller despacha a equipe para a Zona Fantasma, bem a tempo de Zod estava fugindo de lá. A equipe enfrenta o tirano Kryptoniano, mas eventualmente, Waller consegue subjugá-lo com uma bomba de criptonita implantada cirurgicamente em seu cérebro. Zod obedece a vontade de Waller e é forçado a se juntar ao Esquadrão Suicida por um breve período.
Sem ser subjugado, Zod se liberta do controle de Waller em uma terrível demonstração de força de vontade. Usando sua visão de calor e um espelho para fazer uma cirurgia cerebral em si mesmo. O processo é sangrento e brutal, mas o general não para até que a bomba seja removida. A cirurgia cerebral realizada pelo próprio Zod destaca a violência que diferencia o Esquadrão Suicida de outras equipes de quadrinhos como a Liga da Justiça e os Jovens Titãs, enquanto destaca os riscos de empregar supervilões.
Tubarão-Rei costuma comer seus colegas de equipe
Sem surpresa, o Esquadrão Suicida nem sempre se dá bem. No “Esquadrão Suicida” nº 5 de 2012, Amanda Waller envia um membro da equipe Yo-Yo para resgatar o Tubarão-Rei para ajudar a conter um motim na prisão em Belle Reve. O plano dá errado, no entanto, Tubarão-Rei sem cerimônia afunda seus dentes em Yo-Yo e o devora inteiro. Esta não é a primeira vez que ele se banqueteou com as pessoas, embora isso mostre que nem mesmo os membros do Esquadrão estão a salvo de se tornarem a próxima refeição do meio-deus humanóide.
Para tornar as coisas mais sombrias, mais tarde foi revelado que Yo-Yo sobreviveu quando foi comido pelo Tubarão-Rei. O elástico anti-herói retorna depois de sair da boca inconsciente do Tubarão-Rei, para espanto de El Diablo. Ele revela que passou meses dentro homem-peixe sendo lentamente digerido pelo ácido do estômago. Yo-Yo confronta Amanda Waller, que revela que isso fazia parte de seu plano o tempo todo: ela queria testar os limites de seus poderes. Mas o retorno de Yo-Yo é de curta duração.
Em “Esquadrão Suicida” # 18 de 2013, ele se sacrifica para impedir sua irmã malvada, Orquídea Vermelha, enrolando-se em seu pescoço e permitindo que o Pistoleiro os matasse atirando na bomba em seu pescoço.
Harley Quinn ganhou uma nova origem
A história de origem da Harley Quinn é uma parte icônica da personagem. A Dra. Harleen Quinzel, uma psiquiatra do Asilo Arkham, é designada para tratar e estudar o Coringa, o problema que ela acaba se apaixonando pelo vilão. Cega de amor, Harley arranca seu pudim de Arkham e logo abre mão de sua antiga identidade. A partir desse momento, ela começa a se chamar Harley Quinn.
Os quadrinhos do “Esquadrão Suicida” de 2011 alteram consideravelmente a origem da Harley. Em vez de ser ingênuo e moralmente duvidoso, Harleen Quinzel é uma autoridade mais severa aqui, que vê através das tentativas de manipulação do Coringa.
No entanto, ela ainda se apaixona por ele e o tira de Arkham. O Coringa então a joga em um tanque de ácido numa fábrica de produtos químicos, imitando sua própria (possível) história de origem. Harley emerge do tanque com pele branca descolorida, cabelo ruivo e preto e uma atitude totalmente nova.
Muitos fãs criticaram essas mudanças, argumentando que sua nova origem remove a essência da personagem. Em vez de escolher se tornar Harley Quinn, a transformação de Harleen é controlada pelo Coringa, com seu relacionamento se tornando ainda mais sombrio e abusivo.
A nova morte da Picanço
Muitos membros da Força-Tarefa X morreram ao longo dos anos. A morte da Picanço, Vanessa Kingsbury, no entanto, é uma das mortes mais sombrias e trágicas que o Esquadrão Suicida já viu.
A Picanço que estamos falando aqui foi que apareceu pela primeira vez em 1985 em “Justice League Of America” # 235 (Esquadrão Suicida 25). Com uma aparência infantil e ingênua, Vanessa tinha uma mente atormentada e maleável, sendo manipulada facilmente. Ela também revela ao Esquadrão Suicida que foi agredida e abusada durante sua infância, levando a uma vida inteira de problemas de saúde mental.
O escritor John Ostrander dá à personagem uma nova profundidade e um final trágico em “Esquadrão Suicida” nº 25 de 1989. Enquanto tenta resgatar uma freira em cativeiro, Vanessa é baleada várias vezes e é deixada para morrer. Ferida e morrendo, ela diz suas palavras finais: “Estou indo, Jesus”. O momento é ainda mais chocante quando se considera a vida triste que essa personagem levou.
Amanda Waller manipula o Esquadrão de forma cruel
Pistoleiro interpretado no filme pelo Will Smith fala uma coisa sobre Amanda Waller: “senhora má” em “Esquadrão Suicida 2016”. Ao longo de sua história, a líder da Força-Tarefa X tomou decisões moralmente duvidosas enquanto trabalhava para o bem maior, principalmente formando o Esquadrão em primeiro lugar. Waller é uma mestre da manipulação, o que se evidencia melhor por sua astuta manipulação do ditador Edwardo “Guedhe” Guzmanem “Esquadrão Suicida” nº 66 de 1992.
O líder tirânico de uma ilha remota é usado por Waller para salvar sua vida e impedir que cometesse mais atrocidades. Waller diz a Guedhe que ela contém um “metagene” mortal em humanos – e ela usa seu “poder” na esposa de Guedhe, Maria, para provar isso.
Sem saber que Waller realmente deu a Maria algumas das toxinas da Hera Venenosa para deixá-la inconsciente, Guedhe sucumbe ao desespero e a segue até seu suposto túmulo.
Isso mesmo: como Padmé Amidala em “Star Wars”, Guedhe aparentemente perde a vontade de viver depois de supostamente perder um ente querido. Um movimento genial da parte de Waller, talvez, mas também uma visão chocante dos extremos a que ela está preparada para ir.
O Esquadrão Suicida Original
O Esquadrão Suicida é moralmente ambíguo desde o início. Conforme revelado em “Star-Spangled War Stories” # 116 de 1964, a equipe é originalmente formada pelo governo com soldados condenados por crimes, que são considerados “dispensáveis”. Essa iteração inicial da equipe, é enviada em missões de alto risco com poucas chances de sobrevivência, como lutar na Ilha dos Dinossauros. O time se sai melhor sob a liderança do Rick Flag Pai, cujo filho se tornaria o líder da segunda versão do time, bem como o elenco moderno mais conhecido dos fãs.
Ao longo dos anos, o Esquadrão Suicida apresentou uma mistura diversa e mortal de supervilões. Mas há algo excepcionalmente triste sobre esta primeira linha de “defensores”: sem o drama e a teatralidade de personagens como Tubarão-Rei e Harley Quinn, a realidade de sua desesperança é ainda mais aparente. Alguns personagens encontram a redenção na Força-Tarefa X, enquanto outros encontram a morte. Mas ninguém realmente quer estar lá em primeiro lugar.
O diretor de O Esquadrão Suicida, James Gunn revelou que quase todos os personagens morrerão no longa da equipe. Sem entregar detalhes, Gunn fez a declaração em seu Instagram, em resposta a um fã que lhe questionou diretamente quantos personagens morrerão: “Quase todos eles”, respondeu o diretor.
O Esquadrão Suicida usará alguns dos mesmos personagens do longa de David Ayer, como a Arlequina (Margot Robbie), Rick Flagg (Joel Kinnaman), Amanda Waller (Viola Davis) e Capitão Bumerangue (Jai Courtney), mas não terá tantas conexões com a trama.
O longa vai se inspirar nas HQs do grupo na década de 1980, escritas por John Ostrander e Kim Yale. Com roteiro também de Gunn, a estreia está marcada para 5 de agosto nos cinemas.
Fontes: Looper, Comic Vice
Revisão e pesquisa e informação sobre nomes e edições corretamente: Weverson Oliveira
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