Até a década de 1990, provavelmente a meta de pelo menos 80% dos desenhistas brasileiros que sonhavam em atuar no mercado de histórias em quadrinhos era trabalhar para a Marvel ou DC Comics. Atualmente, outros mercados se abriram, inclusive com melhores resultados dentro do Brasil, mas com certeza esse sonho ainda faz parte de um bom número de desenhistas nacionais.
No caso do jovem Lukas Werneck, de São Paulo, segundo ele mesmo conta, o sonho foi ainda mais direcionado: “Minha meta sempre foi desenhar X-Men”. Hoje, Lukas se destaca justamente como ilustrador da Saga Immortal X-Men, e ainda em X-Men – The Trial of Magneto, e já colocado como um dos maiores da atualidade.
“Me apaixonei muito por X-Men. Depois também por outros quadrinhos, claro. Também gosto muito de outras editoras, adoro Mulher Maravilha, gosto muito do Quarteto Fantástico, mas o que me toca mesmo é X-Men”, destaca.
Mas mesmo com tanto talento, ao contrário do que se possa imaginar, o caminho não foi tão fácil. Em entrevista exclusiva, o artista destacou que para realizar essa conquista fez alguns cursos antes de enfrentar os primeiros testes. “Comecei a alimentar meu instagram como se fosse um portfólio, foi quando passei a ganhar um pouco de visibilidade. Os testes foram acontecendo. Comecei desenhando um quadrinho bem desconhecido, bem horroroso, ganhando muito pouco”, afirmou.
Antes de chegar a abraçar de vez os personagens que sempre almejou, Lukas desenhou a Arlequina, da DC Comics, Power Rangers, fez mais duas edições da Arlequina, antes de chegar na Marvel. A primeira a desenhar na nova casa foi X-Men Next Generation, depois Marauders, participou de uma edição do Capitão América, fez Quarteto Fantástico, Julgamento do Magneto, até finalmente chegar ao Immortal X-Men.
“Quando consegui desenhar X-Men foi muito incrível. Demorei algum tempo para entender que isso estava acontecendo. Na verdade, a ficha ainda hoje cai”, brinca.
Lukas Werneck, na verdade, está cheio de trabalho novo, mas infelizmente não pode revelar nada.
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