Quadrinista faleceu depois de uma luta duríssima contra um câncer terminal.
A luta contra o câncer finalmente levou George Pérez para Aruanda. Um dos artistas mais importantes da história dos quadrinhos, faleceu aos 67 anos.
Sua morte foi anunciada na sua página oficial da rede social Facebook, dizendo que o lendário artista havia morrido de complicações devido ao câncer. George Pérez havia anunciado que já estava em estágio terminal de um câncer de pâncreas ainda em dezembro de 2021. O artista deixou para trás sua esposa, Carol, que fez aparições públicas com ele no passado. Um serviço memorial para Perez está sendo realizado no MEGACON em Orlando, Flórida, no domingo, 22 de maio, de acordo com o site. Ele será aberto ao público, embora nenhum outro detalhe esteja disponível no momento sobre o serviço.
Perez nasceu no Bronx em 1954 e começou sua carreira na Marvel como assistente ainda adolescente. Seu primeiro trabalho profissional publicada veio apenas em 1974 com “Astonishing Tales” # 25 – uma história em quadrinhos com o personagem ciborgue Deathlok – depois disso sua carreira se tornou numa das carreiras mais significativas da história dos quadrinhos, com o artista trabalhando para DC e Marvel. Seus desenhos eram brilhantes, vibrantes, grandiosos e com detalhes verdadeiramente inacreditáveis. Ele é talvez mais conhecido por trabalhar em “Crise nas Infinitas Terras” da DC, bem como nos “Novos Titãs” na década de 1980, duas séries que continuam influenciando os quadrinhos até hoje.
Como dito acima, George Pérez começou sua carreira na Marvel, trabalhando de assistente artístico ainda adolescente, mas apenas na década de 1970 que ele finalmente começou a desenhar e a arte finaliza os heróis mais famosos da editora na época (Os Vingadores e o Quarteto Fantástico). Seu trabalho mais influente, no entanto, veio na década de 1980, quando Perez trouxe seu estilo para os maiores super-heróis da DC desenhando “Liga da Justiça da América”, consagrou a “Mulher-Maravilha” e fez “Crise nas Infinitas Terras“, uma revolução editorial nunca vista até aquele momento na indústria dos quadrinhos americano. Onde ele colocou todos os personagens já criados da história da DC – muitas vezes na mesma página – e matando personagens icônicos como Barry Allen (Flash). É considerado o primeiro grande evento cósmico da DC e um dos mais importantes já criados de sua história.
Trabalhando “Jovens Titãs” na década de 1980 com o escritor Marv Wolfman, Perez também ajudou a apresentar vários personagens ainda hoje famosos, como Cyborg e Estelar. George Perez continuaria trabalhando para DC e Marvel ao longo dos anos, embora seu último trabalho tenha sido “Siren” para Boom! Studios em 2014. Alguns dos outros quadrinhos notáveis em que ele trabalhou incluem o mega evento da Marvel e DC de 2004 “JLA/Avengers”, a história pós-apocalíptica do Hulk “Futuro Imperfeito” e “Manopla do Infinito” da Marvel em 1991.
Perez anunciou uma aposentadoria oficial em 2019 devido a problemas de saúde. Apenas dois anos antes, ele foi introduzido no Hall da Fama com o Prêmio Will Eisner. Perez estava com a humildade de sempre quando recebeu o prêmio mais importante dos quadrinhos. “Fui abençoado além do meu valor”, disse ele. “Recebi muito amor e respeito de meus colegas e posso fazer o que sempre quis fazer desde criança. Quantas pessoas podem dizer isso?”
George Pérez foi um artista dos detalhes, de cores vibrantes. Do olhar além do seu tempo. Ele foi notável e desenhou o que sempre sonhamos em ler nas histórias em quadrinhos. Vá em paz, Mestre.
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