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Richard Ashcroft E Sua Charmosa Rebeldia

Sem muito alarde, chegou às lojas e plataformas digitais o mais novo lançamento de Richard Ashcroft, intitulado Natural Rebel. O disco foi uma grata surpresa para seus fãs e admiradores, uma vez que seu trabalho anterior saiu há apenas dois anos.

A bolacha vem recheada daquilo que Ashcroft sabe fazer melhor: baladas finas, letras reflexivas com refrãos irresistíveis e melodias calcadas em arranjos de cordas que lhe dão uma classe característica.

Logo na faixa de abertura, All My Dreams, Richard entrega com seu vozeirão versos matadores como “I need to touch your skin/To know I’m alive” numa batida guiada pelo violão. Já o single Surprised By The Joy, que abre com uma slide guitar dando ecos de um country rock, celebra as pequenas alegrias da vida.

E enquanto That’s How Strong é romântica até a medula, Born To Be Strangers aposta numa levada cheia de swing e malemolência que remete aos Rolling Stones na sua fase noventista para declarar que “some of us are born to be strangers/Alone in this world, we seek out danger”.

Ashcroft mantém assim o nível alto de sua carreira solo, iniciada em 2000 após marcar era com sua antiga banda, The Verve (revivida brevemente em 2008). Desde Alone With Everybody que o trovador inglês entrega verdadeiras gemas, canções do calibre de A Song For The Lovers, You On My Mind In My Sleep, Check The Meaning, Break The Night With Colour (conhecida no Brasil por integrar a trilha da novela Páginas da Vida) e They Don’t Own Me.

Uma força criativa que, se não alcançou as grandes plateias a exemplo do Coldplay (Chris Martin, por sinal, é grande fã de Ashcroft, que considera “o melhor cantor do mundo”), mantém um público cativo. Inclusive no Brasil, onde se espera que finalmente passe com sua nova turnê.

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Parnaibano, leitor inveterado, mad fer it, bonelliano, cinéfilo amador. Contato: rafaelmachado@quintacapa.com.br