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80 Anos | 8 vezes que o Robin foi melhor que o Batman

Robins

80 anos sendo o ajudante ou não do Batman, Robin se tornou o símbolo máximo do que significa companheiro no mundo dos quadrinhos, veja algumas vezes que ele foi maior que o Homem-Morcego.

Robin em 2020 completou 80 anos de existência. Sabiam disso? Claro que não! 80 anos de manto do maior e mais importante ajudante de um herói da história dos quadrinhos.

Apenas um ano após a criação do Batman, em 1939, a revista em quadrinhos Detective Comics # 38 lançou Robin para “ajudar” na luta contra o crime ao lado do cruzado encapuzado.

Por décadas, onde quer que tenha havido um Batman, haverá um Robin ao seu lado. Assim como houve várias pessoas de diferentes personalidades utilizando a máscara do Batman, é claro, também houve várias encarnações diferentes de Robin desde a estreia do personagem em abril de 1940.

Na narrativa padrão do cânone aceito pela DC Comics, Dick Grayson, Jason Todd, Tim Drake, Stephanie Brown e Damian Wayne já foram, em um ponto ou outro, Robin, enquanto mundos alternativos e histórias diferentes viram uma série de outras pessoas utilizando o manto do menino ou menina prodígios.

Alguns Robins foram ótimos, outros Robins foram péssimos – e alguns conseguiram provar que são tão inteligentes, se não mais inteligentes, quanto o maior detetive do mundo.

Dando uma olhada nas várias pessoas que adotaram o manto do Robin ao longo da história da DC Comics e também uma forma de homenagem, aqui estão oito exemplos de momentos em que Batman foi superado por seu suposto ajudante.

8. Tim Drake descobre a identidade do Batman – Um lugar solitário para morrer

Batman
DC Comics

Dentre os momentos mais emblemáticos na história de todas as publicações relacionadas ao homem-morcego, está a transição entre a década de 1980 para a década de 1990. Nos quadrinhos, Frank Miller concebe uma nova perspectiva sobre o herói que jamais será visto da mesma maneira após Batman: O Cavaleiro das Trevas e Batman: Ano Um. Allan Moore não fica atrás e chega com A Piada Mortal, aquela que ainda é considerada por muitos o momento de maior amplitude na relação Batman – Coringa até então. No entanto, a popularidade ganha corpo e dimensão inimagináveis após o lançamento do longa de Tim Burton, recordista de bilheteria e uma das maiores referências a filmes de super-heróis de todos os tempos antes dos filmes da Marvel.

Batman – Um Lugar Solitário Para Morrer chega com a missão de ambientar um novo Robin, Tim Drake.

Tim Drake, que se torna mais popular que Todd por duas razões simples. A primeira é que Drake reflete os anseios e práticas do público leitor. O jovem não é um lutador exímio, tampouco tem grandes ambições em trilhar seus próprios caminhos. Tim é mais inteligente e sabe muito bem que a cautela tem mais valor que a impulsividade. A segunda razão é óbvia: qualquer um seria mais popular que Jason Todd.

A trama e vários outros elementos destaca a manutenção da parceria com Robin como elemento de equilíbrio psicológico à conduta de Batman, além marcar um importante momento: a mais expressiva criação de um Robin que adquire o título por mérito e feitos próprios.

(Felipe Monteiro, Plano Crítico)

7. Jason Todd causa caos psicológico em Batman – Silêncio

Batman Silencio
DC Comics (Divulgação)

Jeph Loeb escreveu obras brilhantes como O Longo Dia das Bruxas e Vitória Sombria na DC e a série das “cores” na Marvel. Trabalhou também em um sem número de publicações em andamento de diversos heróis em diversas editoras, notadamente DC e Marvel, mas seu trabalho em graphic novels fechadas sempre foi superior.

Apesar disso, o arco Silêncio (Hush), publicada na revista mensal Batman, entre os números #608 e 619, é normalmente reconhecida como um de seus melhores trabalhos, além de uma das melhores histórias do Batman. Basicamente, Silêncio é um whodunit escrito com uma misteriosa figura com bandagem no rosto e sobretudo que manipula os vilões e amigos de Batman em uma intricadíssima história que faz o Homem-Morcego revisitar seu passado e, por conseguinte, seus piores pesadelos.

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E quem estava por trás de tudo isso? Ele mesmo. Jason Todd. Toda vez que Bruce pensava que ele havia resolvido o mistério da trama, de repente ele ficava perplexo quando essa história tomava outra reviravolta. É legal ler algo que levou Jason a voltar como uma figura genial e brutal, que foi muito importante até para o Batman nos cinemas.

6. Damian Wayne dando trabalho para Jim Gordon – A Sombra do Batman: Guerra dos Robins

Guerra dos Robins
DC Comics (Reprodução)

Os acontecimentos dessa HQ aconteceu 2016, então é coisa nova. Depois que Bruce Wayne teve perda de memória e foi dado como morto, Jim Gordon assume o manto do Batman.

Gordon ficou até famoso, mas apesar de todo o esforço, ele não estava convencendo, principalmente porque se utilizava de um robô para combater o crime e manteve-se de qualquer relação com a família Batman. Em vez disso, Jimbo não passava de um garoto de recado de empresas que estavam dominando Gotham.

Por causa disso e outras coisas envolvendo a família batman, começa a Guerra dos Robins, tendo seu líder nada menos que Damian Wayne.

Na ausência de Batman – como em, o próprio Batman – os moradores de Gotham City começaram a se levantar e se declarar “Eu sou Robin” e claro que isso toma ares extremistas, a força policial e o Batman de Jim Gordon precisam colocar ordem na cidade e qualquer coisa relacionada ao símbolo R. Uma guerra civil de jovens e adultos usando o R e camisas verdes explode. Gordon acaba sendo sequestrado e sofre o pão que o morcego amassou com Damian.

5. Dick Grayson mata o Batman – Titãs

Titans
DC/Warner (Reprodução)

Pode ter sido uma fantasia distorcida sonhada pelo demoníaco Trigon, mas a primeira temporada de Titans terminou com Dick Grayson tendo que usar toda sua habilidade e inteligência para derrubar permanentemente o Homem-Morcego.

O Batman em Titans matou geral e sem escolha, é Dick quem é forçado a confrontar seu mentor e acabar com sua sede de sangue.

Usando sua inteligência, Robin decide que a melhor maneira de dar fim ao Batman é revelar a identidade secreta do Cavaleiro das Trevas à polícia. Isso não funciona muito bem, Batman mata geral de novo. Mas Dick decide, por fim, explodir a Mansão Wayne e ele mesmo meter uma bala no seu mentor e pai postiço para acabar com todo aquele pesadelo.

Tudo isso, como dito, seria uma criação de Trigon, enquanto tentava convencer Dick Grayson a abraçar a escuridão – mas foi mais um exemplo do Robin superando Batman.

4. Tim Drake muda seu futuro – Titãs do Amanhã

DC Titas do Amanha
DC Comics

Em vários pontos ao longo dos anos, os leitores de quadrinhos sempre consideraram num futuro vê Tim Drake assumir o manto do Batman.

Ao olhar para todos os Robins, Tim é facilmente o mais parecido com Bruce Wayne. Um intelecto de nível genial, as habilidades de um verdadeiro mago da tecnologia, uma infinidade de estilos de luta e uma predileção por trabalhar sozinho. O terceiro Robin é um dos mais queridos entre a maioria dos leitores.

Em 2004 e 2005, a história de Titans do Amanhã (Titans Tomorrow), de Geoff Johns e Mike McKone, foi uma história que deu uma ideia do futuro – e, de fato, esse foi um futuro em que Tim assumiu o papel de Batman.

Este futuro Tim Drake tem uma diferença notável na versão de Bruce Wayne de Batman, pois o Cavaleiro das Trevas de Tim usa uma arma para derrubar criminosos. E não apenas qualquer arma, pois Drake modificou exatamente a mesma arma usada para matar Thomas e Martha Wayne, e ele a usou para matar todos os bandidos importantes que Gotham tem a oferecer.

Os acontecimentos da trama de Titans do Amanhã fazem os dois Drake (futuro e presente) se encontrarem, o mais velho com medo do mundo sombrio que ele jovem enfrenta, porém a mensagem que Drake dá para seu eu do futuro derruba o cinismo que tantas vezes vem com a experiência

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3. Damian Wayne não tem medo de matar – A Batalha Pelo Manto

A Batalha pelo manto
DC Comics (Reprodução)

Em A Batalha Pelo Manto (Battle for the Cowl, 2009) Gotham entrou de vez em estado de crime após a morte de Bruce Wayne em Crise Final.

Enquanto Dick Grayson relutava em assumir o manto do Batman, uma pessoa que estava mais do que feliz em fazer isso, era Jason Todd. E o cara finalmente se tornou o Homem-Morcego definitivo.

O Batman de Jason era assassino. Tanto que Tim Drake caçou Todd com todas suas forças. No embate entre os dois, Tim quase foi morto, assim pensou Todd.

Tendo deixado Tim com ferimentos fatais, a atenção de Todd logo se voltou para Dick Grayson em uma luta que Dick venceria – Grayson finalmente aceitando seu destino como o próximo Batman.

Apesar de Damian Wayne ter sido ferido por Jason, Damian, sem o conhecimento do Batman de Todd, retornaria à cena da luta de Tim/Jason e resgataria inconsciente Drake da morte certa.

Drake acaba desistindo do manto e Damian assume de uma vez por todas o manto de Robin. O primeiro Robin que não se importa em matar criminosos e vilões.

2. Jason Todd mata um estuprador – O filho do diplomata

Batman 424
DC Comics

De certa forma, os eventos da HQ Filho do Diplomata foram o começo do fim para Jason Todd.

Apenas duas questões depois que O Filho do Diplomata apareceu em Batman # 424, o impressionante arco Morte em Família começaria – um arco que culminaria na morte de Jason Todd nas mãos do Coringa. O problema é que parte do motivo da morte de Jason se deveu à sua atitude impetuosa e seu pensamento precipitado.

Foi essa mesma atitude impetuosa e pensamento imprudente, no entanto, que Todd superou Batman na história da HQ Batman # 424.

Depois que Felipe Garzonas conseguiu escapar judicialmente de ter cometido um ataque sexual devido à sua imunidade diplomática, Jason decidiu tomar o assunto como pessoal. Apesar de Batman dizer claramente a Todd que suas mãos estavam infelizmente ligadas a essa questão, Jason não se importou.

Quando Batman chegou ao apartamento de Garzonas, Felipe havia morrido e Jason Todd era a única pessoa no local.

Aquele era Jason Todd em um de seus momentos mais sombrios, empurrou predador sexual para a morte. Errado ele não estava e mostrou que estava acima de seu mentor.

1. Dick Grayson superou Batman – O Cavaleiro das Trevas 2

Cavaleiro das Trevas
DC Comics (como eu acho a arte do Frank Miller ruim, meu deus do céu)

Batman – O Cavaleiro das Trevas 2, de Frank Miller, nunca corresponderia ao icônico O Retorno do Cavaleiro das Trevas, mas essa sequência direta de 2001 ofereceu pelo menos um toque único e interessante em Dick Grayson.

Com o Coringa morrendo durante O Retorno do Cavaleiro das Trevas, um dos pontos centrais da trama da Parte 2 é o ressurgimento de um novo príncipe do crime. Como o velho Bruce Wayne e sua equipe são surpreendidos pela onda de crimes assassinos desse Coringa ressuscitado, logo fica claro que talvez esse não seja o Coringa que Batman passou tantas décadas combatendo.

Quando esse conto de Frank Miller galopa em direção ao seu clímax, a grande revelação é que esse Coringa é de fato Dick Grayson.

Esse Robin original não apenas passa a maior parte da narrativa liderando o Cruzado Encapuzado em uma dança de mentiras e conspirações, seu impacto é tão sinistro e clínico que ele consegue matar O Caçador de Marte, o vilão Rastejante e o policial/herói Guardião.

Essa pode ser a visão distorcida do mundo alternativo de Frank Miller, mas essa ainda é uma encarnação superinteligente e supermaligna de Dick Grayson, que superou o Batman a todo momento até sua morte final.

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Editor de Contéudo deste site. Eu não sei muita coisa, mas gosto de tentar aprender para fazer o melhor.