Assisti ontem ao melhor filme em cartaz no shopping Rio Poty. Sem dúvidas! É claro que a concorrência não era muito competitiva: tinha Rei Leão, Cabeça de Teia, Velozes e Furiosos 1000 e algumas animações quaisquer.
Assistir ao Jornada da Vida no dia dos pais foi uma grande surpresa e prazer. Um filme delicioso, com belas imagens da África sobre um homem reencontrando o tempo místico de seus ancestrais e reaprendendo a ser pai.
Seydou Tall (Omar Sy) é um famoso ator e escritor de Senegal que mora na França desde pequeno. Em uma viagem promocional de seu novo livro em sua terra natal, conhece o jovem Yao (Lionel Louise Basse), uma criança fã do escritor e que viajou quase 400km escondido dos pais para conseguir um autógrafo. Quando Tall descobre essa história acaba envolvendo-se com o garoto, que estava sozinho e distante de sua casa, e decide leva-lo de volta para sua família. Pronto! Essa é a receita do melhor roadie movie que verá nos próximos anos.
O mais curioso desta experiência cinematográfica foi assistir ao filme sem saber nada sobre ele. Apenas uma imagem do cartaz. Pensei que seria algum drama de terceiro mudo, como os que estamos acostumados a ver, com a estética da miséria tão peculiar ao cinema brasileira.
Mas, apesar de sermos apresentados a uma África extremamente populosa, bagunçada e suja, o filme é leve e divertido, apresentado também paisagens de amplos horizontes recortados por lindos baobás (árvore símbolo de Senegal) e povoados por pessoas que são extremamente reconhecíveis por nós, brasileiros. Sabe quando dizem que nós viemos da África? Pois é! Existe uma magia e carisma africano com a qual nos identificamos de alguma forma.
Assistam, pois é o tipo de filme tão bom que não deve ficar mais que uma semana em cartaz.
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