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D&Dezembro| Lições que podemos aprender com Critical Role

Já elogiamos muito as partidas ao vivo do Critical Role aqui em textos passados, mas este daqui é especialmente dedicado ao que podemos tirar do entretenimento e aplicarmos na nossa mesa.

Parte das coisas que fazem Critical Role ser o que é, é o nível de preparo dos jogadores e do mestre, assim como diversas posturas in-game que podemos facilmente aplicar nas nossas mesas para elevar a qualidade dos jogos nela. Algumas são pequenas, outras são grandes, mas todas fazem uma grande diferença.

Talvez o que eu mais use de tudo seja o método do Matt Mercer de pedir iniciativas, onde ele pede de 5 em 5 de maneira decrescente, o que facilita a escrita organizada do negócio. Por exemplo: “25 a 20, alguém? 20 a 15?” e assim vai, anotando os nomes. É muito mais eficiente do que esperar que os jogadores joguem o número de suas iniciativas e esperar que você, pobre GM, anote tudo com seu poder intelectual de Charles Xavier.

Sobre os personagens

Parte do que faz os personagens de CR tão memoráveis é o esforço dos jogadores para não só falar como eles, mas também se comportar como eles durante a mesa. Liam por exemplo, nunca olha diretamente nos olhos das pessoas enquanto interpreta Caleb, seu mago traumatizado. Travis também nunca deixou seu sotaque bobalhão de lado enquanto jogava com seu bárbaro Goliath Grog, mesmo que para descrever suas ações.

Uma coisa que também faz com que os personagens pareçam incríveis é a narração do GM, que ao invés de limitar ataques a somente roladas de dados de acerto e dano, escolhe também narrar os acertos e os erros dos personagens, mantendo uma imagem vívida do combate na mente de todos os jogadores.

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Algo que também pode animar os jogadores é a famigerada frase “How you want to do this?” (Traduzido para: “Como você quer fazer isso?”) que basicamente significa que a criatura morreu e o mestre está dando uma oportunidade para que você narre a vitória da forma que bem entender. Isso pode ser bastante divertido pros jogadores e pro narrador também, além de dar oportunidade para assentar bem que tipo de personalidade o personagem tem.

As interações cooperativas entre os personagens também são muito boas, construindo diferentes relações para cada um dos personagens, mas sem dificultar a mesa (como algum personagem ficando terminantemente puto com o outro e os dos se separando permanentemente).

Além disso, os jogadores serem relativamente autônomos nesse aspecto de desenvolvimento de personagens, iniciar como alguém traumatizado e à medida que as sessões passam ir desenvolvendo-o é algo que pode-se fazer.

Sobre o mestre e o universo em que se passa o jogo

Parte do que faz Matt Mercer um bom mestre, além de um domínio sobre as regras exemplar e uma narração invejável, é nunca podar a imaginação dos jogadores. Sempre que eles perguntam algo mirabolante, ele responde com o bordão: You can certainly try (Traduzido para “Você pode tentar”). Além disso, conhecer bem as regras não só do D&D 5E como também do Pathfinder (que é o RPG que eles jogavam antes do Stream e o que existe a maior quantidade de suplementos no mercado) fazem com que ele consiga também criar Homebrews para satisfazer as ideias de alguns jogadores (Ou seja, do Taliesin Jaffe.), como por exemplo as classes Gunslinder e Bloodhunter.

Ser fã dos personagens de sua própria mesa também é um fator determinante para o quanto ele deixa eles se expressarem e falarem consigo mesmos. Embora para alguns pareça uma perca de tempo, isso eleva a dramaticidade da mesa em vários momentos, e cria pequenos plots (relações entre os personagens) que são satisfatórios para um GM ou outras pessoas assistirem.

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Ter um universo grande e conseguir tratar sobre vários temas também é algo bacana, especialmente sabendo interpolar entre os dois. Uma história de vingança pessoal de um personagem pode sim ser uma parte de uma enorme campanha épica, desde que tanto o mestre quanto os jogadores contribuam para a dramaticidade da escala disso.

E você? Acredita que exista mais alguma coisa que se possa facilmente aplicar em sua mesa? Deixe nos comentários!

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