Cowboy – Primeiras Histórias (1970-1971) não é só uma edição de colecionador que resgata a obra de Pedro Mauro no começo de carreira nos anos 1970. É um volume que demonstra a evolução de um desenhista em começo de carreira, como podemos ver nas 7 histórias aqui presente.
Quando paro para pensar, sou um leitor novato e de leitura restrita ainda. Mesmo lendo e colecionando desde 1998, 23 anos em agosto de 2021, essas duas décadas de leitura são uma gota d’água perto de um oceano que é a produção cultural dos quadrinhos, meio que se popularizou no século XX.
E, quando penso que meu foco é mais voltado para o gênero super-heróis, aí que vejo o quanto estou limitado. Porém, há uns 5 anos, busco expandir meu horizonte de leituras. E o site de financiamento coletivo @catarse tem me ajudado muito, além dos vários grupos de quadrinhos que frequento, em especial, o da Confraria Bonelli.
E foi nestes grupos e no site do Catarse que uma campanha chamou muito minha atenção em 2020: Cowboy.
Um resgate, promovido com o apoio da @confrariabonelli e editado por @renatofrigo, da obra de Pedro Mauro, em especial, suas primeiras histórias nos anos de 1970/1971.
A capa era chamativa, o preço convidativo (R$ 50,00) e uma imposição que me fez correr para apoiar logo: não seria comercializada! Quem apoiou, levou.
E a campanha foi um sucesso, com uma meta batida de 431%!! R$ 94.965,00 (noventa e quatro mil novecentos e sessenta e cinco reais)!!!
A edição chegou ainda em 2020, em novembro. Mas minha pilha de leitura é insana e, só agora, em abril de 2021, pude ler e entender que esta bela edição (recheada de brindes que fazem os olhos brilhar, como mostrado na edição acima) não é só um resgate de um desenhista brasileiro famoso no país e fora dele, sendo que Pedro Mauro é notório por ser desenhista da editora italiana Bonelli (casa de Tex).
Não, Cowboy é a demonstração de como um artista vai se aperfeiçoando com o tempo. Nas 7 histórias do volume (6 da década de 1970 e 1 especial para esse volume, tendo sido feita especialmente para a edição), podemos ver a evolução de um desenhista jovem, evoluindo quando se trata de narrativa, perspectiva e troca de quadros. Foi o que mais me chamou atenção, pois, por mais que as histórias estejam datadas em certo ponto, nota-se a evolução do artista a cada edição.
Cowboy é daqueles resgates histórias que valem cada centavo. Uma pena que, no momento, está restrito a poucos apoiadores, já que a tiragem foi de apenas 1000 exemplares, que são verdadeiros sortudos em ter em mãos o começo da carreira e obra de Pedro Mauro.
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