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Dica de Leitura | Mágico Vento: O retorno (Manfredi & Perovic)

Mágico Vento: o retorno vem pelas mãos de seu criador Gianfranco Manfredi, com a arte de Darko Perovic,  nos contando uma boa história de faroeste. Porém, pecando muito ao esquecer o terror e o sobrenatural, uma das marcas da série de western da Bonelli.

Arte de Mágico Vento: o retorno
Poe irá atrás do auxílio de Ned Ellis, o xamã que se aposentou das aventuras e vive uma vida dividida, pois, não consegue se adaptar com a paz que conseguiu ao final do título principal.

Sou um fã recente de Mágico Vento, vou começar o texto já falando isso. O título me conquistou de primeira, tendo acompanhado até o momento através das graphic novels lançadas pela Mythos. Juntar terror e faroeste é uma fórmula que eu não sabia que precisava como leitor, mas estou me deleitando com cada edição que chega às minhas mãos.

Como bem afirmou nosso colega Rafael Machado:

O personagem bonelliano foi o terceiro a ganhar publicação pela editora brasileira, após os clássicos “Tex” e “Zagor“. O primeiro número foi lançado em 2002, seguindo firme nas bancas até a conclusão do título na edição 131, publicada por essas bandas em 2013. Nesse meio tempo, outras investidas da Mythos como “Dylan Dog” e “Martin Mystère” ficaram pelo caminho, mostrando que a base de fãs de Ned Ellis, um soldado acolhido por uma tribo indígena após um acidente e que assume o papel de xamã, e seu companheiro Poe era fiel e suficientemente numerosa.

Sim, o título bonelliano teve um fim nas bancas do Brasil lá em 2013, tendo agora Mágico Vento: o retorno trazido a esperada continuação pelas mãos de seu criador, Gianfranco Manfredi.

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Capa de Mágico Vento
Corrupção, massacre de índios pela expansão americana e terror. Mágico Vento é um dos clássicos da Sergio Bonelli Editore.

É tudo muito pesado quando o assunto é Mágico Vento, e a saga de Ned Ellis não se furta a apresentar, também, questões sociais e a perseguição que os indígenas sofriam no século XIX, um dos pontos que volta em Mágico Vento: o retorno.

Por isso, minha expectativa era grande quando anunciaram o lançamento no Brasil de Mágico Vento: o retorno, história em 4 partes.

E eu vou ser direto, novamente, Mágico Vento: o retorno é uma boa saga, pois bem nos apresenta uma grande saga onde Gianfranco Manfredi, o roteirista, vai costurando fatos reais à história de Mágico Vento, e é ótimo perceber isso após uma breve pesquisa após a leitura.

Capas de Mágico Vento
Mágico Vento: o retorno é um grande western para deixar os fãs de Tex felizes. Não sei os de Mágico Vento.

Porém, o roteirista erra em dois pontos principais:  ao abordar o grande vilão da história, já que ele sempre aparece muito distante e, quando há a conclusão, ela é bem decepcionante, além  de Manfredi esquecer bastante do sobrenatural, em especial do terror, para contar a história de O Retorno.

Mágico Vento: o retorno é um excelente faroeste, com bom desenhos de Darko Perovic, mas não tem nada de terror, e pouco de sobrenatural. E isso me decepcionou demais, mesmo estando diante de uma ótima história. Mágico Vento sempre foi um misto muito bom dos dois temas com o faroeste. A expectativa é que esse retorno seja um ponta pé inicial para novas histórias de Ned Ellis.

Thiago de Carvalho Ribeiro. Apaixonado e colecionador de quadrinhos desde 1998. Do mangá, passando pelos comics, indo para o fumetti, se for histórias em quadrinhos boas, tem que serem lidas e debatidas.