Um carregamento de armas, perdido durante a Guerra Civil americana, começa a aparecer nas mãos dos índios comanches, que praticam sucessivos ataques aos ranchos da região próxima ao rio Pecos. Apesar das buscas empreendidas pelo exército a fim que se descubra o responsável pelo tráfico, nenhuma pista é encontrada, restando aos rangers Tex Willer e Kit Carson a missão de liquidar o problema.
Escrita por Claudio Nizzi e com arte fantástica de De La Fuente, “Springfield Calibre 58” foi publicada originalmente em 1997 na Itália e saiu integralmente nos dois números mais recentes de Tex Coleção (edições 494 e 495). Ao seguir os rastros de um índio preso pelo exército e solto propositalmente, nosso herói começa a desatar o nó desse caso, chegando à cidade de Lagoa Grande, onde encontra Sid Ketchum, responsável por intermediar a venda dos rifles aos indígenas.
Não demora para que a dupla de rangers descubra quem é o líder do bando e comece uma caçada implacável para capturá-lo. Mas não imagine que será fácil: no caminho haverá emboscadas, belas mulheres, traições e muito chumbo quente.
Nizzi elabora uma trama movimentada, com pouca gordura, que aproveita bem os personagens introduzidos. O patife Ketchum, apesar das ameaças de Tex para que suma do mapa, aparece em seu caminho algumas vezes durante a investigação, disposto a tudo para eliminá-lo como forma de vingar os sopapos que leva a cada encontro. Acaba sendo, desse modo, o principal vilão, tendo mais destaque que o próprio chefe da quadrilha, Will Kinkaid, um pouco omisso durante a movimentação da saga.
Mesmo que o velho recurso “deus ex machina” ao final da trama seja usado como forma de eliminar os adversários do nosso protagonista, a história é interessante, ganhando vida com a arte de De La Fuente, expressiva, com movimentos elaborados, cenários ricos em detalhes e alvos abatidos com uma dramaticidade digna de cinema.
Leave a Reply