O novo volume da série texiana que remete, em proposta e forma, às bandas desenhadas francesas, apresenta a trama “A Chicotada“, escrita por Pasquale Ruju e desenhada por Mario Milano, em seu melhor trabalho com o ranger. As cores ficaram por conta de Matteo Vattani.
Aqui, conhecemos Diego Portela, um homem tomado por um desejo de vingança que não encontra limites. Marcado (inclusive fisicamente) por uma humilhação imposta pelo antigo patrão, Portela caça e pune um a um os envolvidos no trágico episódio. Tex e Kit Carson, às voltas com uma investigação sobre tráfico de armas e prata, acabam na trilha de Dom León Alvarado, um rico proprietário mexicano de terras. Mas, ao chegarem em sua hacienda, se deparam com o seu funeral, morto após um acidente com o cavalo.
Para piorar, Portela também alcança a propriedade e a cerca, em seu ato final de revanche. No entanto, sabendo da morte de seu principal alvo, mandante do flagelo imposto, volta sua ira para a filha dele, algo que Tex não permitirá.
Pasquale Ruju constrói uma narrativa enjuta e célere, onde as perseguições e tiroteios se alternam com os flashbacks do castigo que tanto atormenta Portela em sua consciência, além de revelações que dão um toque quase sobrenatural à história. Milano traça uma paisagem mexicana além da aridez costumeira, dando a opulência apropriada à hacienda de Alvarado, por exemplo.
Ambientada ao longo de um dia, “A Chicotada” sela com sangue rancores antigos, como a revelar uma predestinação de planos submetidos à tragédia, algo conhecido muito bem por Tex e Carson.
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