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Pantera Negra – Vingadores do Novo Mundo

Chega às bancas e livrarias o encadernado do Pantera Negra – Vingadores do Novo Mundo Livro Um. Nesse livro, o rei T’Challa precisa encontrar os deuses de Wakanda que desapareceram, para isso ele vai contar com a ajuda da mutante Tempestade que está de volta ao país.

Se você não leu o arco anterior leia a resenha aqui ou nada do personagem e só assistiu ao filme conseguirá entender esse, mas é necessário ter algumas informações. O contexto em que ocorre a história, T’Challa ainda está retornando como o rei e tem a necessidade de reconquistar a confiança do seu povo como visto no arco anterior; a irmã do Pantera Negra desenvolveu novos poderes com a sua mãe; Pantera Negra e Tempestade foram casados e tiveram o fim dessa relação durante a saga Vingadores versus X-Men.

O argumento

Ta-Nehisi Coates é quem assina os argumentos, é o mesmo do arco anterior. Aqui o foco da história está na cultura de Wakanda com detalhes que misturam ficção com cultura real africana, os detalhes deixam a obra bem enriquecida. Coates aproveita o fato de Tempestade ser uma deusa africana e consegue inserir isso para reforçar a esperança dos wakandanos ainda desiludidos pela recente crise politica ocorrida lá. O vilão é o Doutor Faustus que tem uma aparição escassa e que promete ter um maior destaque na próxima edição. Para quem espera uma história de herói com muita ação vai se decepcionar. Para mim, o enredo é ótimo pelo autor saber mesclar a ação com a história em si, o que a distancia de muitas revistas dessa fase Totalmente Diferente Nova Marvel.

Os desenhos

Os desenhos são de Wilfredo Torres em algumas edições do encadernado e Chris Sprouse em outras. Sprouse faz uma arte mais detalhada porém a diferença entre eles não é tão grande a ponto de deixar a narrativa estranha. Um traço limpo e expressivo que combina com a seriedade que Coates traz.

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Veredicto

“Maciel mas você não falou dos Vingadores!” Eu não falei porque o único presente na obra é o Pantera Negra, talvez nas demais edições apareça mais algum. Eu particularmente não gosto dessa mania da Marvel de usar “Vingadores” para qualquer história ou qualquer agrupamento de heróis. Apesar dessa frustração, o arco vale a pena tanto na construção cultural de Wakanda, quanto a ação e o tempero de amor. O clima de Pantera Negra e Tempestade me fazia torcer para que eles voltassem ao namoro, Coates soube deixar um clima sem pieguice. A história não se encerra aqui mas o que se apresenta mostra que vale a pena acompanhar.

Sou psicólogo por profissão e um nerd em tempo integral. Eu gosto de cinema, séries, filmes, livros mas a minha paixão são as histórias em quadrinho que estão presente em minha vida desde a infância. Atualmente cismei em querer escrever, opinando sobre essa minha paixão.