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Resenha | Conan, O Bárbaro – Livro II (Editora Pipoca & Nanquim)

O Livro II de Conan, da editora Pipoca & Nanquim, continua o trabalho impecável do livro anterior em trazer a obra original de Robert E. Howard em prosa. Confira aqui o porquê da importância do cimério de bronze para o gênero e porquê tantos autores dão o máximo de si para não falharem com o personagem

Mark Schultz
Arte de Mark Schultz.

Quem conferiu o volume I(o qual resenhamos aqui), não vai se decepcionar com a qualidade deste novo volume. Conan, O Bárbaro Livro II chega exatamente como o seu predecessor: temos a capa de acrílico com o título, autor e editora para que possamos apreciar a arte de capa de Frank Frazetta(sempre ele), os marcadores de página(uma fita amarela e uma espadinha de papelão bem bonita), as capas originais da Weird Tales… adiciona-se, além da arte de Mark Schultz, as ilustrações de Gary Gianni e Gregory Manchess.

Sobre os extras, as únicas diferenças são a ausência dos Anais da Era Hiboriana e da introdução ; convenhamos, é desnecessário repeti-los. Por outro lado, temos mais dois contos originalmente rejeitados pela revista Weird Tales e publicados muito posteriormente em outras publicações. São eles: A Filha do Gigante de Gelo(que vimos adaptada em quadrinhos por Kurt Busiek e Cary Nord) e O Estranho de Preto. Este último é uma autêntica história de pirataria e caça ao tesouro, cheio de intrigas em que ninguém confia em ninguém. Se você já viu Piratas do Caribe ou Três Homens em Conflito(esse é western, mas o espírito de desconfiança é o mesmo), já sabe o que pode esperar.

Quanto aos contos, diferente do livro anterior que abrangeu várias facetas de sua vida, este volume de Conan, O Bárbaro foca mais em sua fase de ladrão e pirata. Inimigos em Casa, Sombras de Ferro ao Luar, Os Profetas do Círculo Negro e O Demônio de Ferro focam no lado saqueador terrestre do bárbaro, enquanto A Rainha da Costa Negra(onde Conan conhece um dos grandes amores de sua vida, Bêlit) e O Estranho de Preto(citado anteriormente) focam a fase pirata do personagem.

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Bêlit dançando para Conan. Arte de Gary Gianni.

Fãs dos quadrinhos de longa data vão reconhecer algumas destas histórias, que já foram adaptadas majestosamente para os quadrinhos. Mas ler tais histórias com as palavras de Howard, um narrador eficiente e encantador, é uma experiência única e é possível imergir ainda mais no personagem. A fúria de Conan  e a violência que ele é capaz de infligir, é melhor descrita nas palavras de Howard, por melhor que os quadrinhos tenham sido bem desenhados ao longo de décadas.

Em suma, a qualidade vista no Livro I de Conan, O Bárbaro, se vê repetida neste caprichado segundo livro. É uma leitura que nos leva a refletir o quanto criadores e editores se inspiram tanto que não se deixam levar por caminhos que desvirtuem este maravilhoso personagem. Outras mídias(como o cinema, vide a fracassada adaptação com Jason Momoa) podem fracassar, mas os quadrinhos e a literatura sempre continuarão fazendo jus ao cimério de bronze!

E que venha o Livro III!

Ficha Técnica

  • Capa dura, com 320 páginas
  • Editora Pipoca & Nanquim
  • Lançamento em setembro de 2018
  • Preço de capa: R$ 42,90
  • Dimensões: 24,2 x 16,2 x 2,8 cm
Formado em administração e radiologia, professor por vocação e geek de coração!