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Resenha – Deadpool & Wolverine

Há piadas que funcionam (Deadpool 1), e há piadas que não funcionam (Deadpool 2). Para alegria dos fãs, Deadpool e Wolverine é uma piada que te deixa gargalhando por um tempo bom, e os responsáveis são seus atores excelentes, não o seu roteiro fraco e a direção preguiçosa.

Wolverine e Deadpool. Imagem promocional
Hugh Jackman e Ryan Reynalds fazem aquilo no que é o seu melhor: esbanjar carisma como Wolverine e Deadpool.

CRÍTICA LIVRE DE SPOILERS.

O fã de filmes de super-heróis, ou o expectador casual, pode até assistir o terceiro filme do mercenário desbocado com “o cérebro desligado”. Mas o critico, não. Cabe a quem se dignar a analisar Deadpool e Wolverine o papel do chato, aquele que olha os detalhes. Dito isso, o filme se segura em seus bons atores, que é seu ponto forte, porque roteiro é um fiapo, e a direção deixa a peteca cair em várias vezes.

Sim, Hugh Jackman deve fazer Logan até os 90 anos. Ele se tornou a cara e a personalidade do mutante canadense da Marvel. E Jackman é a força matriz que faz a trama andar, apesar de ser um Wolverine com uma das piores histórias trágicas mostradas em tela. É pueril e sem emoção a história do fracasso do herói, que reluta em buscar redenção, até merecê-la. Se não fosse o carisma do ator (Sim, irei afirmar muito isso durante o texto), nada ia se segurar nesse grande filme evento.

Hugh Jackman como Wolverine.
Hugh Jackman tinha aposentado as garras em Logan (filme que o novo Deadpool faz questão de “profanar”). Mas, mesmo em um mercado cinematográfico focado em marcas poderosas, em detrimento do ator, o star power de Jackman sempre brilha como Wolverine.

Ryan Reinalds é Deadpool. Ele alonga várias piadas ? Demais! Porém, o novo Jesus da Marvel tem uma presença de cena magnética, mesmo sendo insuportável (no bom sentido). Há coração e parceria entre os atores, já que o roteiro não ajuda.

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E o roteiro não ajuda, também, os vilões. Paradox e Cassandra Nova fazem com que seus atores segurem nas costas um fiapo de roteiro (eu sei, estou me repetindo). Mas, Emma Corrin, por exemplo, é segura de si e ameaçadora, com um sotaque britânico charmoso, como deve ser uma boa vilã. Na verdade, Nova seguiu a regra dos filmes de heróis modernos, onde o vilão(ã) é desperdiçado(a), mesmo com um ótimo ator segurando as pontas. A fila é longa nesse quesito.

Emma Corrin como Cassandra Nova
Desperdiçada,? Sim. Apaga? Jamais. Emma Corrin faz uma vilã charmosa, com o pouco de argumento que é dado a ela.

Assim como é longa as cenas das entradas das participações especiais, utilizando quase sempre uma câmera por baixo, em um slow motion brega. É uma piada ? Provavelmente, mas se não fossem os bons atores (olha o talento deles aí), causaria sono essas participações, por pura preguiça do diretor.

Mas as cenas de ação são boas. Assim como os efeitos especiais são aceitáveis.

Ryan Reynalds e Hugh Jackamn como Deadpool e Wolverine.
“Nada pode deter Wolverine e Deadpool de mãos dadas, e ouvindo Madonna”. Sim, essa é uma das piadas que vai ficar na cabeça do expectador. E funciona.

Caro leitor dessa humilde resenha, saiba que Deadpool e Wolverine é uma carta de amor aos seus atores, ao universo cinematográfico da Fox e aos fãs dos heróis mutantes da Marvel. Poderia ser melhor escrito e dirigido, mas vai te arrancar um sorriso no rosto, que os filmes de heróis estavam devendo há um tempo.

Thiago de Carvalho Ribeiro. Apaixonado e colecionador de quadrinhos desde 1998. Do mangá, passando pelos comics, indo para o fumetti, se for histórias em quadrinhos boas, tem que serem lidas e debatidas.