Quando a cultura pop moderna não existia, os eventos épicos já funcionavam bem nos quadrinhos , conheça um pouco sobre DC vs Marvel: O Conflito do Século.
Sem querer ser chato, mas a década de 90 foi o coração da história dos quadrinhos para a cultura pop. Tanto a Marvel quanto a DC Comics estavam experimentando as maiores vendas que a indústria já viu no início daquela década, mas também sentiram na pele quando as vendas de uma para outra começaram a cair. Então o que eles fizeram? Um evento épico e muito improvável: DC vs Marvel: O Conflito do Século.
O início dos anos 90 foi uma época absolutamente movimentada para a indústria de quadrinhos, impulsionada em grande parte por grandes eventos como a Morte do Superman, bem como o mercado de colecionadores que de uma para outra começaram especular que algumas cópias raras de alguns quadrinhos valeriam alguns milhares de dólares. Essa bolha acabou virando uma bola de neve e afetou a venda das linhas editoriais da Marvel e DC naquela época; e como sabemos, qualquer bolha estoura um dia.
Quando isso aconteceu, as duas editoras e rivais, sentaram juntas na tentativa de salvar a situação com um gigantesco crossover: DC vs Marvel: O Conflito do Século. Este ousado gibi de quatro edições colocaria os heróis de ambos os universos um contra o outro pela primeira vez. Claro, Superman vs. O Espetacular Homem-Aranha já existia, mas não em uma batalha monumental e extensa. Isso era diferente. Isso era grande.
A história era densa e bem dinâmica (eu li recentemente). Foi o encapsulamento perfeito do excesso de quadrinhos mainstream nos anos 90. Para completar, os fãs norte-americanos participaram votando como algumas dessas batalhas aconteceriam, determinando o “vencedor” de uma vez por todas da rivalidade Marvel/DC por votação. Numa época que a internet ainda engatinhava.
A premissa de DC vs Marvel: O Conflito do Século era simples: O universo perdedor seria apagado da existência. Isso nunca iria acontecer, claro, mas os quadrinhos pelo menos precisam ter um gancho, mesmo ele sendo um pouco ridículo. Mesmo com uma enorme trama de colisão de universos em seu centro, as questões realmente se concentram quase exclusivamente nas contrapartes de cada universo. Os universos se misturam e vários personagens são transportados de uma dimensão para outra. O caos se instala. J. Jonah Jameson está trabalhando com Clark Kent e Lois Lane. Jubileu e Robin têm um romance relâmpago. A quantidade de pequenas interações destruidoras do universo como essas que estão amontoadas nas questões é, por um lado, incrível e, por outro, quase vertiginosa. Ele se move intensamente rápido. É absolutamente caótico, com o leitor mal tendo tempo de acompanhar Thanos lutando contra Darkseid antes de passar para a próxima luta.
Mas as lutas que determinavam qual universo era o vencedor foram:
Aquaman vs. Namor
Elektra vs. Mulher-Gato
Flash vs. Mercúrio
Robin vs. Jubileu
Surfista Prateado vs. Lanterna Verde
Thor vs. Shazam/Capitão Marvel
Superman vs. Hulk
Spider-Man vs. Superboy
Batman vs. Capitão América
Wolverine vs. Lobo
Tempestade vs. Mulher-Maravilha
Os cinco finalistas foram votados pelos leitores e o foco principal foi Tempestade vs. Mulher Maravilha, pois era o único embate em que a DC e a Marvel realmente não tinham dados concretos suficientes para descobrir como os leitores votariam. No final, Tempestade saiu vitoriosa, dando à Marvel a vantagem de ter vencido seis das lutas. Aquaman, Elektra, Flash, Robin, Surfista Prateado, Thor, Wolverine, Superman, Homem-Aranha e Batman também ganharam seus embates individuais.
Além disso, Batman, Capitão América e um personagem chamado Access (Axel Asher) deram um embaralhada na história e O Tribunal Vivo e o Espectro acabam decidindo restaurar os universos como eram. Mas o que restou foi uma semente plantada na edição final, com o surgimento do Universo Amálgama.
Bagunçado, um pouco emocionante, a cara da década 90 e um verdadeiro evento de cultura pop há mais de 20 anos, DC vs Marvel: O Conflito do Século mostrou os limites absolutos da colaboração entre duas corporações gigantes em uma era pouco antes de Hollywood perceber o quão valiosos esses personagens poderiam ser. Esse crossover gigantesco foi singular e, o mais importante, só aconteceu porque era mutuamente benéfico naquele momento. Hoje o cinema mostrou que a Marvel encontrou um grande nome (Kevin Feige) para transformá-la na marca mais poderosa do entretenimento, enquanto a DC ainda procura um equilíbrio lucrativo dentro da Warner Bros. E isso acaba refletindo nos lançamentos editoriais das duas empresas atualmente.
Como dito acima, uma bolha sempre estoura. A bolha de filme de super-herói ainda tem bastante força nos próximos anos, mas ela também vai estourar. Quem sabe teremos um crossover desses nos cinemas? Já foi provado que é impossível já não existe.
Fonte: HR
Tive a satisfação de acompanhar esses quadrinhos nos anos 90, com muita empolgação, gostei demais.
Também descobri que o melhor m quadrinhos não é a Marvel e nem a DC, mas sim a mistura dos dois, como foi bom o Universo do Amalgama.
Queria muito mais, um desenho animado do Amalgama seria muito bom. Se a Disney compressa a DC e fizesse isso… não custa sonhar.