Injustiça: Ano Zero é um dos melhores quadrinhos do escritor Tom Taylor, que acrescenta mais um elemento para o rico universo do game: A Sociedade da Justiça.
Tom Taylor é um dos meus roteiristas favoritos da atualidade, e a lista de quadrinhos bons dele é imensa para mim. Então, afirmar que Injustiça Ano Zero é um dos seus melhores trabalhos é porque realmente esta história é boa para quem vos escreve.
Taylor sabe fazer uma história com todos os elementos que conectam a Liga da Justiça e Sociedade da Justiça, enquanto costura as pontas nesta prequel para o game Injustice: god among us. Para os fãs da DC Comics que sentem falta daquele período onde as duas equipes conviviam juntas e passavam por excelentes fases, com Joe Kelly na Liga e Geoff Johns na Sociedade, este quadrinho é a escolha certa, apesar de ser de partir o coração, pois é o último encontro das duas equipes, antes que os desastres do jogo ocorram e o Superman se corrompa.
Quando a DC começou a lançar os quadrinhos do jogo, eu possuía o costume de ficar conferindo as notas que alguns sites americanos, como IGN, davam para os quadrinhos da semana. E Injustiça (que começou como uma web série) sempre obteve notas altíssimas. Então, quando o encadernado saiu no Brasil, comprei imediatamente, apesar do medo de ser uma história ruim, por ser baseada em um jogo de luta.
Porém, a história mostrou que tanto o quadrinho quanto o jogo (feito pelo mesmo estúdio de Mortal Kombat) tem uma história e um universo coeso, com boas tramas. E muito se deve nas HQs à escrita por Tom Taylor, que voltou para Injustiça 2.
E a qualidade das histórias dessa realidade não decai em Injustiça: Ano Zero. Ao contrário, é um dos pontos altos, onde Taylor mistura elementos da cronologia da DC com uma trama bem perturbadora envolvendo o Coringa, e que levará aos atos do Superman que darão origem à trama principal.
Os dois desenhistas,
estão ótimos, misturando elementos clássicos da DC e seu vasto rol de bons personagens. E a troca de desenhistas quase não é sentida, mantendo a qualidade da edição.E cabe um apontamento aqui: os personagens ainda não usam aqueles designs dos jogos, que são bem chamativos e diferem da Terra Primordial. Não é explicado o porquê.
Há algumas coisinhas que incomodam neste encadernado, mas nada muito grave, como exemplo, o Lanterna verde Hal Jordan desaparece da história sem mais menos, assim como não há construção nenhuma da Mulher-Maravilha, personagem que sempre chamou atenção nos jogos e nos quadrinhos de Injustiça. É o problema de escrever uma história com duas grandes equipes, afinal, nem todo personagem poderia ter destaque.
Com tantas boas histórias, e, levando em consideração que o quadrinho de Injustiça 2 foi mais uma prévia do jogo 2, a torcida é imensa pra Taylor, que é roteirista exclusivo da DC, continuar nesta realidade tão rica, pois entregou um ótimo quadrinho em Injustiça Ano Zero.
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